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O Sinédrio do Porto

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Mensagem  Portugal Qui Jul 14, 2011 1:07 pm

Em Gaia nas Caves do Vinho do Porto, um grupo de conjurados reúne-se regularmente. Chamam-lhe o Sinédrio, pois é uma espécie de congregação de diversas lojas maçónicas portuguesas, e até espanholas, mais indivíduos que simpatizem com os ideais liberais. Mesmo sendo uma "corrente do contra" ou de "governo", o Neo-Liberalismo marca pontos em grandes países, como Athaulphia, Grã Bretanha, Brasil... Em suma, no mundo "não-socialista" os Liberais têm a sua quota de poder, e influência, e até nos países socialistas ainda fazem o seu barulho...

Em Portugal, o "Integralismo Saudosista", como lhe chamam depois da fusão das duas grandes correntes intelectuais portuguesas nos anos 20, mostra sinais de podridão. E ninguém se digna a reparar. O Integralismo Lusitano, ideologia que gerou em parte o actual regime, deu poder exacerbado ao Rei, sendo que cada vez mais se nota que Portugal caminha para um centralismo régio. Há monárquicos que temem que muita gente se revolte com possíveis abusos da coroa, e deiam poder aos Republicanos, que semi-extintos, ainda pairam por Portugal como almas penadas.

Havia que por um "STOP" na "Lei Fundamental do Reino", a Constituição "Integralisto-Saudosista" que era o garante e fonte de legitimidade do Regime... Mais o Rei! Uma confusão... Mas no meio desta bandalheira com requintes medievais, Portugal geria-se, graças á estabilidade política. Era um risco impor de novo a velha e liberal Constituição de 1822. Primeiro porque nunca ninguém gostou dela, segundo porque dava imenso poder ás Cortes... Aos monarcas, era sempre motivo de azia ter semelhante "coisa. A "Carta Constitucional" era considerada um aborto realista, e mais aborto era considerada a Constituição de 1838... A Republicana de 1912, era motivo para fazer espumar qualquer monárquico fosse qual fosse o seu quadrante político!

Este grupo de indivíduos, podem-se classificar de "Neo-Setembristas", em virtude das suas ideias liberais que querem recuperar, nomeadamente o legado dos Setembristas do século XIX, que constituíam a ala mais progressista do Liberalismo Português. Contudo rejeitam a ideia de Passos Manuel, que teve em arranjar uma "Constituição de Compromisso" entre a Constituição de 1822 e a Carta Constitucional de 1826, que era precisamente a Constituição de 1838. Os "Neo-Setembristas" literalmente querem a Constituição de 1822...

No geral os conjuras do "Sinédrio do Porto" provêm na sua maioria da burguesia, quer sejam políticos quer sejam militares. Dos militares contam-se com os Artilheiros, por causa de Corte-Real, o cabecilha dos conjuras. Ainda metido á mistura, está do Duque de Loulé, sempre conhecido por ser Liberal, e um clássico foragido...

Os Duques de Loulé, depois da morte de D. Manuel II, sempre foram considerados pretendentes ao trono. Mas os Braganças da linha Miguelista chegaram-se á frente durante a Monarquia do Norte. Os Duques de Loulé foram activos membros da restauração da Monarquia, contudo eram Liberais... Nos anos 20, o Liberalismo era considerado um "asco da política" e grandes nomes do monarquismo, como Paiva Couceiro, foram afastados ou afastaram-se por causa das novas correntes ideológicas anti-liberais. Os Duques de Loulé durante muito tempo viveram, ora em Portugal, ora em Inglaterra, dependia das perseguições movidas pela coroa e dos movimentos...

Agora, o Duque de Loulé, aparece para os "Neo-Setembristas" como um "seguro de vida", caso seja preciso depor o Rei, depõe-se! E não têm pudor em fazer-lo...

Preparam um golpe de estado, coisa que em Portugal, só se conheceu uma acha a 25 de Abril de 1974, de uma ultima tentativa de militares de depor o regime, eram militares republicanos, mas acabaram todos fuzilados em Tancos por "alta-traição" e crimes de "lesa-majestade" e "Lesa-pátria"...

Foi um golpe relâmpago, mal programado... O novo golpe terá de ser muito bem programado pois o Regime em quase 100 anos de vida, 50 deles debaixo do terror de regresso do Republicanismo tornou-se um "perito internacional" na contra-insurgência.

O golpe-de-estado liberal só pode ir avante com a ajuda estrangeira, neste caso da Grã-Bretanha, onde todos aguardam stressados pela chegada de Corte Real que foi negociar com os golpistas britânicos que querem destruir o quase poder-absoluto de Meredith I. Depois de instalados no poder, aí Corte Real poderá mover-se militarmente... Mas só no momento em que atracar e bloquear a barra do Tejo um porta-aviões britânico, de preferência com muitos... E muitos marinheiros a bordo.

É um risco descomunal, que poderá deflagrar em guerra civil. Guerra certa será em Espanha... Contra o Carlismo, e os Carlistas aí, irão coligar-se aos Falangistas, o que será um fim de mundo... Tirando a ajuda britânica, os "Neo-Setembristas" vêm o resto do mundo com suspeita...
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Mensagem  Portugal Sáb Jul 16, 2011 6:15 am

A medida que a tertúlia de conjuras discute o "Destino da Nação", chegam as boas novas de Inglaterra. Os conspiradores britânicos se tiverem sucesso irão auxiliar o golpe de estado Neo-Setembrista.
Enquanto isso há balbúrdia, bem ao estilo português na sala... Constituição de 1822 ou Constituição 1838... Heis a questão? Há dúvidas, defensores, atacantes, e detratores...
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Mensagem  Portugal Sáb Jul 16, 2011 1:11 pm

Depois de uma acesa discussão, parece que chegaram a um consenso... É a Constituição de 1822 que se exige. Contudo com emendas, em certos pontos críticos... A ideia de um regime com duas câmaras faz confusão aos "Neo-Setembristas" temperados com requintes de radicalismo liberal. A Constituição de 1838 tem um cheirinho a "Cartismo" pelo meio, e consequentemente segundo a sua lógica pessoal a: "Fiasco da Monarquia". Ninguém quer arriscar de novo. Depois o adversário de peso, o regime, tem pontos sobre a população, apesar do desgoverno vigente, e de uma certa anarquia administrativa.

As Cortes são a face da nação, e representam a vontade viva da nação, e não se pode repartir o seu poder com outra câmara que "estranzandará a realismo", ou seja, a Câmara dos Senadores (Constituição de 1838), apesar de cerca de metade ser por eleição...

Corte Real fica feliz por finalmente o Sinédrio do Porto se ter decidido pela Constituição de 1822 e os seus princípios, especialmente o conceito "mono-camarário", conceito esse também adoptado pelo actual regime em 1922.

Nos conceitos de Corte Real, hábil político, crê piamente que se poderá implantar o liberalismo com o mínimo de impacto possível, o que irá divertir a visão da população, e afastar o povo da política, enquanto o regime se solidifica. A Lei Fundamental do Reino de 1922, é muito tributária da Constituição de 1822, mas diverge também radicalmente dela... A Carta Constitucional de 1826, e a Constituição de 1838 mais uma vez não passam de memórias da História do Liberalismo...


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Mensagem  Portugal Ter Jul 19, 2011 12:25 pm

O Governador de Angola coloca-se do lado do Sinédrio. Grande conquista, com o Dr Gustavo Ruas do lado de Corte Real, há um porto seguro, visto que Angola é fácil controlar. Horas depois, o choque do século, o Governador da Guiana coloca-se do lado do Sinédrio. Nunca ninguém pensou que o velho Gonzaga iria tomar o partido dos liberais. Menos mal... A Guiana desenvolve-se de forma boa, apesar das rebeliões populares na Nova Colômbia.
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Mensagem  Portugal Ter Jul 19, 2011 1:28 pm

A tensão aumenta entre os golpistas... Muitos querem arrancar com a rebelião pela calada da noite, visto que o governo está em standby, ou então entretido em ajudar Espanha na rebelião dos Boxers na Nova Colômbia...

Corte Real no entanto já estava no Porto... Na sala do Sinédrio, os ânimos extravasam as marcas.


Dr. João Melo: Sr Brigadeiro, até quando vai demorar a espera?

Brigadeiro Corte Real: Já vos disse... Os conspiradores britânicos estão a aprontar uma das boas aguentai... Enquanto isso ambos os regimes, quer o Carlista quer o Saudosista afundam-se no lodo das Américas.

Coronel Faria de Castro: Mas que sejam céleres... Sabeis bem que a rebelião vai ser esmagada, e o entretenimento na América acabará! Os regimentos regressarão a Espanha, assim como o Carranca (Generalíssimo Vidal)!

Brigadeiro Corte Real: Pelas contas dos britânicos... Tudo acabará a tempo de fazer-mos o Pronunciamento e tentar avançar sobre Lisboa...
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