Fundação dos Estados Democráticos de Leporida
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Fundação dos Estados Democráticos de Leporida
Quarto do Rei Codomano VI, no Palácio Real
Ministro do Interior Lopo Cardim: E que fazemos agora, Excelência? Sua Majestade morre sem herdeiros directos; vamos ter de ir buscar o...
Primeiro Ministro do Reino Marcelo Caiado: Mas é que nem pense nisso! Não aceito leis vindas de estrangeiros!
Mas... Então, o que sugere?
Sugiro que, para já, deixemos os acontecimentos fluir. Sua Majestade há-de ter deixado alguma instrução escrita, uma espécie de testamento. Ele falou-me uma vez nisso.
Onde estará tal documento?
Não sei, mas, antes de tomarmos decisões precipitadas, vamos tratar de enterrar o defunto com todas as honras que o Estado lhe deve. Depois planearemos o próximo passo. Aliás, mande chamar o resto do Ministério; vamos reunir o Conselho ainda hoje, para decidirmos o que fazer.
Sala do Conselho, no Palácio do Ministério
Meus senhores, hoje estamos aqui, porque Sua Majestade faleceu há poucas horas atrás. A notícia já corre pelo País, pelo que rapidamente teremos de mostrar o caminho que vamos seguir doravante. Reuni este Conselho para vos ouvir.
Ministro do Estado Fabrício Carmona: Senhor Primeiro-Ministro, Sua Majestade confiou-me há alguns meses um documento, sobre o qual me disse que gostaria de que ganhasse força de Lei no dia da sua morte, se tal nos aprouvesse. Ao saber da funesta notícia, trouxe comigo o envelope, que abrirei agora, pela primeira vez, na vossa presença. Passo a lê-lo:
Um pouco vago, como Lei, não concordam?
Pelo contrário: dá-nos total liberdade de reorganizar o Reino. Há coisa melhor?
Acho que o objectivo de Sua Majestade era promover uma transição para um novo regime político livre de conflitos. Apesar do seu poder quase absoluto, Sua Majestade preocupava-se com o Povo. A leitura que faço desta Lei, se vier a ser aprovada tal e qual, é de que devemos o mais rapidamente possível convocar eleições para uma Assembleia Constituinte.
Isso é uma loucura! Nós não temos um sistema partidário nem uma tradição eleitoral ou democrática. O nosso Povo não saberia o que fazer com um boletim de voto!
Não temos de convocar eleições para amanhã! Quando disse rapidamente, obviamente que contava com essas e outras vicissitudes. No entanto, acho que não será irrealista propor um prazo de um ano para a realização das eleições. Quem vota comigo?
Levantam-se todos os braços dos presentes na sala, excepto os do Primeiro Ministro e do Ministro do Interior.
Pois, se assim querem, nada posso fazer quanto a isso. Mas podem estar certos de que contarão com um adversário temível no dia da ida às urnas!
O Primeiro Ministro levanta-se e abandona a sala. Depois duns segundos desconfortáveis, o Ministro do Interior despede-se educadamente e sai também.
Passa então a ter força de Lei.
OOC:
Tentei utilizar um código de cores, para se saber quem diz o quê sem ter de escrever sempre os nomes à frente. Se acharem que está muito confuso, digam e eu ponho os nomes.
Ministro do Interior Lopo Cardim: E que fazemos agora, Excelência? Sua Majestade morre sem herdeiros directos; vamos ter de ir buscar o...
Primeiro Ministro do Reino Marcelo Caiado: Mas é que nem pense nisso! Não aceito leis vindas de estrangeiros!
Mas... Então, o que sugere?
Sugiro que, para já, deixemos os acontecimentos fluir. Sua Majestade há-de ter deixado alguma instrução escrita, uma espécie de testamento. Ele falou-me uma vez nisso.
Onde estará tal documento?
Não sei, mas, antes de tomarmos decisões precipitadas, vamos tratar de enterrar o defunto com todas as honras que o Estado lhe deve. Depois planearemos o próximo passo. Aliás, mande chamar o resto do Ministério; vamos reunir o Conselho ainda hoje, para decidirmos o que fazer.
Sala do Conselho, no Palácio do Ministério
Meus senhores, hoje estamos aqui, porque Sua Majestade faleceu há poucas horas atrás. A notícia já corre pelo País, pelo que rapidamente teremos de mostrar o caminho que vamos seguir doravante. Reuni este Conselho para vos ouvir.
Ministro do Estado Fabrício Carmona: Senhor Primeiro-Ministro, Sua Majestade confiou-me há alguns meses um documento, sobre o qual me disse que gostaria de que ganhasse força de Lei no dia da sua morte, se tal nos aprouvesse. Ao saber da funesta notícia, trouxe comigo o envelope, que abrirei agora, pela primeira vez, na vossa presença. Passo a lê-lo:
O Reino de Leporida adopta como sua a seguinte Lei:
- Passa o poder político a ser detido pelo Povo de Leporida.
- Executará o Povo de Leporida esse poder segundo a sua discrição, nos termos da Constituição que vier a ser aprovada.
- Fica o Ministério em funções encarregue de assegurar o cumprimento da presente Lei e demais legislação em vigor até à aprovação da nova Constituição.
Um pouco vago, como Lei, não concordam?
Pelo contrário: dá-nos total liberdade de reorganizar o Reino. Há coisa melhor?
Acho que o objectivo de Sua Majestade era promover uma transição para um novo regime político livre de conflitos. Apesar do seu poder quase absoluto, Sua Majestade preocupava-se com o Povo. A leitura que faço desta Lei, se vier a ser aprovada tal e qual, é de que devemos o mais rapidamente possível convocar eleições para uma Assembleia Constituinte.
Isso é uma loucura! Nós não temos um sistema partidário nem uma tradição eleitoral ou democrática. O nosso Povo não saberia o que fazer com um boletim de voto!
Não temos de convocar eleições para amanhã! Quando disse rapidamente, obviamente que contava com essas e outras vicissitudes. No entanto, acho que não será irrealista propor um prazo de um ano para a realização das eleições. Quem vota comigo?
Levantam-se todos os braços dos presentes na sala, excepto os do Primeiro Ministro e do Ministro do Interior.
Pois, se assim querem, nada posso fazer quanto a isso. Mas podem estar certos de que contarão com um adversário temível no dia da ida às urnas!
O Primeiro Ministro levanta-se e abandona a sala. Depois duns segundos desconfortáveis, o Ministro do Interior despede-se educadamente e sai também.
Passa então a ter força de Lei.
OOC:
Tentei utilizar um código de cores, para se saber quem diz o quê sem ter de escrever sempre os nomes à frente. Se acharem que está muito confuso, digam e eu ponho os nomes.
Leporida- Número de Mensagens : 73
Data de inscrição : 09/09/2009
Re: Fundação dos Estados Democráticos de Leporida
Sala do Conselho, no Palácio do Ministério
Ministro do Estado Fabrício Carmona: Na ausência do Primeiro-Ministro, manda o protocolo que seja o Ministro do Estado a presidir ao Conselho. Mas alguém sabe o que é feito dele e do Ministro do Interior?
Ministro da Defesa Ludovico Pardo: Não sei. Desde o Conselho de há três dias que não se ouve falar do Primeiro Ministro.
Uma pessoa não pode desaparecer assim do mapa! Ainda para mais, tratando-se da segunda figura mais alta do Reino!
Primeira, se tivermos em conta que o Rei está morto, não deixou descendência e nos encarregou a nós de preparar as condições para a redacção duma nova Constituição. O que é certo é que ele saiu do último Conselho visivelmente contrariado e dispensou o carro oficial; não voltou a pegar-lhe, até hoje. Como foi fim-de-semana, ninguém estranhou muito a ausência. Mas hoje devia ter aparecido no Ministério...
E o Lopo? Alguém sabe alguma coisa desse?
Não. O Ministro do Interior saiu daqui na viatura oficial, foi para casa e saiu de lá no dia seguinte, sem dar satisfações ao motorista que o esperava. Chamou um táxi e desapareceu.
Dois desaparecidos, assim, preocupa-me. Ainda para mais, um deles é o Ministro do Interior. Os serviços secretos estão na sua dependência...
E a Polícia...
Isso é o menos. Se os colegas concordarem, decretamos hoje o estado de sítio, para substituirmos a Polícia pelo Exército nas funções de patrulhamento e segurança.
Ministra da Cultura Madalena Carneiro: Não será um pouco precipitado?
Então que nos propõe?
Para já, nada. Temos umas eleições para preparar. Devemos preocupar-nos com isso; deve ser a nossa prioridade. Entretanto, aprovamos um Decreto especial de transferência de tutela dos serviços secretos para o Ministério da Defesa e pomo-los à procura dos desaparecidos. A Polícia sabe tratar de si sem ter o Ministro a distribuir as rondas, pelo que não vejo necessidade de alarmar a população com soldados a percorrerem as ruas.
Não me parece má ideia. Mas preferia incluir a Polícia também nesse Decreto; transferia-se logo a tutela, mesmo que provisoriamente, para o que desse e viesse.
Sim, e, de caminho, fecha-se o Ministério do Interior, por falta do que fazer!
Confesso que não vinha a contar com isto... Vou suspender este Conselho por duas horas: vocês os dois usem esse tempo para se entenderem e redigirem uma proposta de Decreto; daqui a duas horas, voltamos a reunir, para a discutir, bem como à proposta que eu trago aqui, sobre a Constituinte.
Ministro do Estado Fabrício Carmona: Na ausência do Primeiro-Ministro, manda o protocolo que seja o Ministro do Estado a presidir ao Conselho. Mas alguém sabe o que é feito dele e do Ministro do Interior?
Ministro da Defesa Ludovico Pardo: Não sei. Desde o Conselho de há três dias que não se ouve falar do Primeiro Ministro.
Uma pessoa não pode desaparecer assim do mapa! Ainda para mais, tratando-se da segunda figura mais alta do Reino!
Primeira, se tivermos em conta que o Rei está morto, não deixou descendência e nos encarregou a nós de preparar as condições para a redacção duma nova Constituição. O que é certo é que ele saiu do último Conselho visivelmente contrariado e dispensou o carro oficial; não voltou a pegar-lhe, até hoje. Como foi fim-de-semana, ninguém estranhou muito a ausência. Mas hoje devia ter aparecido no Ministério...
E o Lopo? Alguém sabe alguma coisa desse?
Não. O Ministro do Interior saiu daqui na viatura oficial, foi para casa e saiu de lá no dia seguinte, sem dar satisfações ao motorista que o esperava. Chamou um táxi e desapareceu.
Dois desaparecidos, assim, preocupa-me. Ainda para mais, um deles é o Ministro do Interior. Os serviços secretos estão na sua dependência...
E a Polícia...
Isso é o menos. Se os colegas concordarem, decretamos hoje o estado de sítio, para substituirmos a Polícia pelo Exército nas funções de patrulhamento e segurança.
Ministra da Cultura Madalena Carneiro: Não será um pouco precipitado?
Então que nos propõe?
Para já, nada. Temos umas eleições para preparar. Devemos preocupar-nos com isso; deve ser a nossa prioridade. Entretanto, aprovamos um Decreto especial de transferência de tutela dos serviços secretos para o Ministério da Defesa e pomo-los à procura dos desaparecidos. A Polícia sabe tratar de si sem ter o Ministro a distribuir as rondas, pelo que não vejo necessidade de alarmar a população com soldados a percorrerem as ruas.
Não me parece má ideia. Mas preferia incluir a Polícia também nesse Decreto; transferia-se logo a tutela, mesmo que provisoriamente, para o que desse e viesse.
Sim, e, de caminho, fecha-se o Ministério do Interior, por falta do que fazer!
Confesso que não vinha a contar com isto... Vou suspender este Conselho por duas horas: vocês os dois usem esse tempo para se entenderem e redigirem uma proposta de Decreto; daqui a duas horas, voltamos a reunir, para a discutir, bem como à proposta que eu trago aqui, sobre a Constituinte.
Leporida- Número de Mensagens : 73
Data de inscrição : 09/09/2009
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