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Acontecimentos e Intrigas Acadianas

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Mensagem  Rokolev Qua Set 01, 2010 1:57 pm

0212 horas. Prédio Lafayette, centro de La Hire - Acadie


Eram horas obscenas, toda a gente na Acádia estava a dormir e ninguém suspeitava que algo tão sinistro e corrupto estava para acontecer, muito menos num país cujo povo tem fama de ser tão honesto e transparente.

Acontecimentos e Intrigas Acadianas The%20University%20of%20Amsterdam%20is%20located%20in%20the%20former%20headquarters%20of%20the%20Dutch%20East%20India%20Company.
Edifício Lafayette durante a tarde

O prédio Lafayette era um antigo edifício construído no final do século XVII, usado como armazém de produtos vindos das Américas e da Ásia e como local para reuniões de burgueses e outros comerciantes. Hoje em dia era um pequeno palácio que recebia várias visitas de turistas, interessados em história e connoisseurs, mas a esta hora estava fechado a 7 chaves....ou não. Pouco a pouco - a ritmo de conta-gotas - várias pessoas com gabardinas vão entrando pelas portas traseiras do edifício, sempre em pequenos grupos de 3 ou 4 dos quais apenas um não ia armado. Por volta das 3:45 da madrugada toda a gente tinha chegado, eram cerca de 160 pessoas, das quais uns 110 eram guardas armados e/ou militares de elite do Exército do Roi, Voltigeurs.

Rapidamente estes militares montam um sistema de defesa no edifício, sacam das suas espingardas de assalto e snipers e vigiam as redondezas do Lafayette, enquanto que dois seguranças com roupas de polícia ficam no exterior das portas principais.


Os restantes 50 reuniram-se ao longo de uma grande mesa comprida e tiraram os capuches e chapéus que lhes cobriam as caras. Eram os líderes dos três maiores partidos do país, grandes burgueses bancários e industriais, pessoas com grande influencia no país, líderes militares e jornalistas influentes...política, dinheiro, media e militares, todo o poder da Acádia...excepto o Rei, que não fazia a mínima ideia do que se estava a passar, bem como o resto da população.

O primeiro a falar é o Chancelier Jaques Lothaire, que se levanta da sua cadeira lentamente enquanto olha para todos os presentes, que o fitam seriamente com poker face.

-Boa noite a todos. Estamos aqui reunidos hoje numa missão patriótica para fazer dinheiro e impulsionar o nosso país de forma mais secreta e eficaz possível, mas lembrem-se sempre, nada disto é oficial, temos de fazer tudo em canais mais...obscuros. O nosso objectivo é utilizar o nosso capital, media e forças armadas para persuadir pessoas em todo o lado a colaborar connosco, mesmo que não saibam que o estão de facto a fazer. E claro, explorar de forma mais eficiente possível todos os locais do mundo a que possamos ter acesso.

As pessoas começam a sussurrar até que um deles levanta uma questão pertinente..

-Isso é muito bonito, mas como fazemos isso sem apontarem o dedo ao nosso governo?

-Simples..criamos uma empresa privada, teoricamente livre do controlo do governo, com rédea solta para operar e explorar o que entender. A Constituição já permite que muitas empresas tenham enorme liberdade de acção e exploração, até mercenários temos aqui..isto é apenas a continuação..uma junção de várias partes na criação de algo maior.
Claro que vão haver muitas questões, é aí que precisamos dos media e de pessoas criativas e carismáticas para...."ocultar" as reais operações que são feitas, dentro da Acádia não deverá haver problema. E claro, quem for algo incómodo no estrangeiro, pode sempre ser "neutralizado" através da força.
Serão privados a fazer isto tudo, teoricamente, ninguém poderá apontar-nos o dedo. Só temos é de reunir os fundos necessários para arrancar com o projecto.


-Monsieur Chancelier, isso é quase como...criar uma ordem secreta, uma Maçonaria, Illuminati!

-É mais que isso, é criar uma empresa-estado ao serviço do povo Acadiano.

-Bien sur, e como vamos angariar os fundos para arrancarmos?

-Pois, é aí que você entra, Monsieur. Os cofres dos vossos bancos estão cheios de ouro e dinheiro de variadíssimas pessoas -muitas delas com fortunas feitas com métodos dúbios- apenas investem o dinheiro na nova Companhia, em vez de o investirem em acções como têm feito até agora. O estado irá também investir, cortando fundos em vários sectores como na cultura ou sectores menos relevantes para a economia e defesa nacional. Se todos vocês colaborarem, e arranjarem colaboradores externos, conseguiremos uma enorme fortuna para arrancar com as operações no sudeste do Royaume d'Acadie, a zona está bastante despovoada e tem imensos recursos para explorar..para além do mais, não é território nativo da Acádia..

-Usamo-los como mão de obra barata, ainda ontem o PDA falou das dificuldades que as pessoas no interior e da sua falta de emprego, juntamos o útil ao agradável com esta jogada.

-Muito bem, está decidido, então. A data da próxima reunião será anunciada em breve, iremos criar as bases da companhia e lançar as suas fundações. Não se esqueçam de comparecer da mesma forma.
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Mensagem  Rokolev Qui Set 02, 2010 7:25 pm

0352 horas. Prédio Lafayette, centro de La Hire - Acadie


O grupo estava novamente reunido no Lafayette, não podiam fazer isto regularmente porque poderia começar a levantar suspeitas, tinham de, bem depressa, criar a empresa, reunir capital e começar com as operações de desenvolvimento. Graças ao sistema rápido de criação de empresas, este ponto não deveria demorar muito tempo, mas era necessário haver alguém que se tornasse no cabecilha da empresa e que desse a cara.
O CEO da maior empresa de exploração mineira da Acádia era a pessoa ideal devido aos seus conhecimentos, mas com que lógica iria alguém criar uma empresa para competir com a dele? Era necessário alguém da confiança do grupo, felizmente estava presente o seu relativamente incógnito meio-irmão que não trabalhava na empresa, mas tinha facilidade suficiente em ser contactado, Jean-Marie Leclerc.

A empresa iria ser chamada de Companhia de Recursos Central, iria operar de modo algo ilegal nos primeiros tempos, usando meios de outras empresas que secretamente -mas sem o conhecimento dos próprios empregados- iriam trabalhar para eles. Os fundos estavam a ser preparados, e os bancos com o seu sigilo bancário absoluto poderiam compactuar no complot com grande segurança. A segurança iria ser providenciada pela empresa de segurança/mercenários Armée d'Or -que fariam o trabalho caso houvessem emergências a necessitar de solução ilegal- em conjunto com alguns membros da polícia e da Gendarmerie.
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Mensagem  Rokolev Seg Set 06, 2010 2:46 pm

Os protótipos do futuro caça furtivo Acadiano estavam em processo de testes regulares já com sistemas de combate e controlo, mas o projecto estava a fazer disparar a projecção de preços por unidade fabricada, os novos sistemas electrónicos no avião tinham sido bastante caros de desenvolver, apesar da sua eficácia.
Agora, com o despertar do perigo de uma possível guerra, os oficiais responsáveis pelo desenvolvimento do projecto da DuC receberam ordem para acelerarem exponencialmente o desenvolvimento do dito cujo.
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Mensagem  Rokolev Sex Set 10, 2010 1:36 pm

A retirada das tropas de Triestin da Europa tinha sido recebida como uma enorme vitória para a Acádia, afinal de contas este era o causus belli para o ataque a SpMky. A chegada das notícias de que as tropas Acadianas tinham controlo na região da Holanda antes de Triestin retirar e obrigar as tropas nacionais de pararem por falta de motivos para atacar foi bem recebido, basicamente estavam todos contentes por Triestin sair da Europa, e das forças Acadianas estarem a ocupar a Holanda/Flandres.

A notícia de que a parte da Alemanha sob controlo Acadiano poder voltar a reunir-se com o resto do país foi bem recebido pela população alemã.
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Mensagem  Rokolev Sáb Out 23, 2010 8:05 pm

11 anos depois do início do projecto, os primeiros 5 caças furtivos do Reino são oficialmente entregues à DuC. Uma aura de secretismo paira no ar, tendo em conta que não foram reveladas ao público quaisquer fotografias nem informações adicionais sobre as capacidades do avião.

A notícia não desperta grande entusiasmo no país, que parece mais preocupado com outras coisas como qualidade de vida, maior crescimento económico ou melhoria nos acessos ao interior do país, que continua muito isolado e abandonado.





No mesmo dia é aprovado o projecto para o desenvolvimento de armas nucleares de longo alcance, que irá contar com o apoio da agência espacial do reino e de físicos catedráticos do país. É dada a ordem para que estas sejam desenvolvidas o mais depressa possível, para que bases de lançamento sejam construídas. Estima-se que não demore muito tempo, visto que a energia nuclear é a principal fonte energética do país.
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Mensagem  Rokolev Qua Jan 05, 2011 9:01 pm

A população helénica está cada vez mais activa na campanha pela liberalização dos direitos religiosos, parece incrível como é que em pleno século XXI, num país extremamente desenvolvido onde há referendos a tudo e mais alguma coisa, não haja liberdade para venerar o seu Deus dentro das igrejas construídas por eles há vários séculos atrás, antes da ocupação e assimilação Acadiana.

Hoje em dia não existem quaisquer divergências entre os gregos e a restante população, todos se revêm como Acadianos, apenas de origens diferentes. De facto a região de Taurica passou do 8 para o 80 desde que os Acadianos tomaram controlo administrativo da sua terra, e estes sempre deram liberdade total, tanto cultural como linguística, aos helénicos. No entanto a proclamação pró-secular da sociedade de 1908 foi altamente controversa, e 102 anos depois tinha-se tornado insustentável.



No parlamento e no Governo a dúvida em relação ao que fazer era a mesma. Por um lado grande parte achava que a lei fazia sentido para os Acadianos tradicionais e que geralmente a religião levantava problemas que podiam ser potencialmente melindrosos. Esta população não tinha problemas nenhuns e geralmente até gostava da Lei, a religião deveria ser algo pessoal e não algo para ser publicamente exposto...mas por outro lado também todos concordavam que a situação grega era especial, e que a lei nunca foi feita com eles em mente.

A abolição da lei numa parte do território nacional e não noutro era visto como inaceitável, afinal a nação era uma e as leis deviam ser aplicadas para todos..dar beneficio a uns em detrimento de outros era algo que simplesmente não poderia acontecer, ia contra o sentido de justiça, nem o parlamento nem o povo o iriam aceitar.



Foi então que uma ideia nova surgiu....e se Taurica fosse considerada uma nação autónoma, integrada na Acádia? Poderia haver uma Federação Real da Acádia composta pela Acádia e a Taurica, ambas sujeitas a leis federais comuns, mas ainda assim com as suas leis próprias. Rapidamente ganhou força...
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Mensagem  Rokolev Qui Jan 06, 2011 10:42 pm

Dia 6 de Janeiro era apenas mais um dia normal na Acádia. As pessoas foram para os seus empregos, ouviam as notícias referentes ao ataque Brasileiro a Omaha - o que causava geralmente uma gargalhada, visto que perderam um porta aviões para nada - discutiam tudo e mais alguma coisa referente às políticas nacionais, etc...enfim, nada fora do normal.



No entanto, em Taurica, a história era completamente diferente..era dia da Festa da Teofania e a Epifania. Este dia é tão importante como o do nascimento de Jesus, e segundo a tradição Ortodoxa a troca de prendas de Natal, que em muitos dos países de influência Católica ou Protestante se verifica a 25 de Dezembro, em Taurica realiza-se hoje. Mas a festa não é apenas festejada a trocar presentes, a tradição Ortodoxa é maior do que isso, e pela primeira vez desde a tomada de controlo de Taurica pela Acádia que as pessoas festejam nas ruas, e também em dois rios e no mar. Em três localizações de Taurica estiveram Bispos representantes da Igreja Ortodoxa Grega que benzeram cruzes e as atiraram à agua para os crentes a irem buscar e beijar.

A polícia reparou nestes incidentes e rapidamente reforçou todas as localizações onde os incidentes aconteceram - segundo a Lei tais demonstrações e práticas eram absolutamente proibidas! - mas felizmente o bom senso reinou e a polícia acabou por não intervir, apenas vigiando os locais não fossem acontecer excessos. Os bispos não foram sequer repreendidos pela polícia, e no final do dia regressaram ao seu país.

A notícia dos acontecimentos rapidamente correu o país, a ideia que as pessoas estavam a ter era que a Lei estava a começar a ser simplesmente ignorada, e algo tinha de ser feito. E foi..os polícias responsáveis pelas mobilizações junto dos Bispos acabaram por ser suspensos...mas não é bem isto que o país precisa para andar para a frente.


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Mensagem  Rokolev Seg Jan 10, 2011 2:37 pm

E tal como o Ortodoxo, mas pouco ortodoxo Chancelier, Papa Andreu tinha previsto o PSD realmente chamou à baila uma votação para um referendo em Taurica referente à sua definitiva e oficial autonomia, inclusivamente a aceitação de Taurica como uma Nação diferente da Acádia, ainda que sub o seu controlo federativo.


O debate foi aquecido, como costuma ser no parlamento Acadiano onde os partidos geralmente dão alguma liberdade aos seus deputados para defenderem o seu ponto de vista, não exigindo necessariamente que sigam à letra a posição dos partidos. Era uma das razões que tornava a política acadiana tão aberta e honesta, mas por outro lado tornava o Parlamento em algo não tão eficiente como seria desejável, e acabava por arrastar as discussões por demasiado tempo, e a inclusivamente a fazer os partidos mudar a sua posição oficial em certos e determinados tópicos. Um exemplo clássico disso foi o último grande referendo, em que os membros do Parlamento declararam publicamente que eram incapazes de decidir convenientemente sobre a questão, e portanto um referendo seria a melhor escolha.



Nesta discussão o grande dilema não era tanto o referendo sobre a autonomia, mas o estatuto de Taurica enquanto nação. O que queria aquilo dizer?? Toda a gente sabia que eles tinham uma linguagem, cultura e etnia diferente dos "Acadianos do Báltico", mas o estatuto de nação poderia dar azo a um pedido de Independência...não era algo que fizesse sentido, dado que o local era demasiado pequeno para ter tudo o que um país independente necessitasse, mas ainda assim era algo pouco confortável de pensar.

No final foi decidido que o mais justo seria propor uma simples autonomia aos gregos, o estatuto de nação autónoma dentro de uma federação acadiana ou manter tudo como estava..


O referendo seria em breve, este tipo de debate era algo que a sociedade civil discutia regularmente hoje em dia e a população estava relativamente bem informada. Para além do mais os partidos Acadianos não tomavam nenhuma posição oficial, decidindo que a consciência de cada "Acadiano de Taurica" decidisse independentemente dos partidos que - geralmente - apoiavam.
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Mensagem  Rokolev Ter Jan 11, 2011 9:28 am

É dia de referendo em Taurica, finalmente se está a fazer algo para promover a liberdade de culto, tão controversa internacionalmente, nesta pequena região do país.

A afluência às urnas por toda a Acádia sempre foi muito elevada (raramente superior a 20% de abstenção), comparativamente com o relativo desinteresse político por parte das populações dos restantes países mundiais, mas este referendo em Taurica estava a ser ridículo. A região sempre foi das que teve das maiores abstenções do Reino, possivelmente por diferenças culturais, mas desta feita estavam a portar-se como verdadeiros Acadianos...até acordaram cedo para ir votar!


As votações foram feitas nos estabelecimentos normais nesta região..escolas, ginásios, até mesmo cafés que foram tomados de assalto por homens do governo que iriam supervisionar que a votação decorria como de costume, sem incidentes. Contrariamente ao resto do país, onde a hora de entrada no trabalho é as 8 da manhã, aqui é relativamente comum ver pessoas a entrarem no serviço apenas por volta das 10 - com excepção de serviços portuários que funcionam como no resto do país (mas também são geralmente controlados por Acadianos do Báltico)..como tal, a grande corrida às urnas não começou depois do expediente, mas sim antes, tendo em conta que as urnas foram abertas às 7 da manhã, como costuma acontecer no Reino.


As filas para votar eram enormes até à hora de almoço, foram literalmente centenas de milhar de pessoas a deslocarem-se às urnas. Como seria de esperar grande parte destas pessoas acabaram por chegar atrasadas ao emprego.."deixa 'tar, não há mal, é só meia hora ou assim, pá!" era o pensamento normal por aqui, onde as pessoas eram bem mais relaxadas e menos disciplinadas do que no Norte.
Os eleitos para votar eram pessoas de ascendência grega e nacionais acadianos não-gregos mas com residência em Taurica - estes representavam aproximadamente 20% da população. A lista de ilustres do Reino que tinham direito a votar não era muito grande, e geralmente moravam todos junto ao Báltico onde o "centro" do país estava, mas todos foram votar. O próprio Chancelier viajou para Chersonesos, onde chegou já depois das 4 da manhã, e foi votar a uma pequena zona rural, de onde a sua família tem origens, próxima da capital às 11 da manhã.



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Isto é que é importante, pá! Pessoalmente sempre achei que a Lei lá dos coisos da religião era um bocado aparvalhada para Taurica, mas epá...Lei é Lei, e é para cumprir, né? Não se gosta, tenta-se mudar a lei, e é isso que aqui o povo de Taurica está fazer, pá!

-Senhor Chancelier, votou em favor da declaração de uma nação em Taurica? - perguntou um jornalista, vindo do báltico, novato e ingénuo.

Oh, oh, oh! Tão mas você é atrasado mental ou quê?! Acha mesmo que eu, enquanto Chefe de Governo do Reino, com de origens cá, vou afirmar publicamente se quero isso ou não?! Cure-se, menino! Eu votei no que achei melhor, mas farei o que o povo decidir, pá...olha que, que...sai-me com cada abrunho..Jesus!..
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Mensagem  Rokolev Sáb Jan 15, 2011 9:40 pm

Geralmente a Rede Apostólica de Televisão do Brasil do Norte era um canal totalmente ignorado na Acádia.

A população sempre sentiu um certo desprezo natural pelo continente Sul Americano em geral, as pessoas de lá eram consideradas francamente inferiores aos povos Europeus - ou de ascendência Europeia - de modo que, aliado a um Estado religioso, dava uma combinação com tudo perfeito para ser ignorada pelo povo Acadiano...de certo modo até os políticos pouco ligavam a este canal, apesar das notícias que se sabiam do outro lado do Atlântico eram sempre "engraçadas", o melhor exemplo disso tinha sido o ataque suicida de um porta-aviões contra Omaha e as consequentes bacoradas dos oficiais Brasileiros no palco internacional...mas essas podiam ser ouvidas pela TAM, BBC, ou até mesmo pela RTP, para aqueles que simpatizavam com o Sul da Europa - nomeadamente a nação de Taurica.


Apesar da indiferença pela RAT, as últimas declarações do senhor Wagner Montes correram as notícias da Acádia à velocidade da luz..os Acadianos não perdiam as notícias, quando elas eram escandalosas ou estimulantes para o assumido racismo da população, aí juntava-se a fome à vontade de comer. Rapidamente uma enorme onda de choque e nojo correu pela população toda. Habituados desde há séculos a um regime democrático e a outros tantos como um dos baluartes da civilização, decência e honra, a notícia de apedrejamentos, e outras penas de morte violentas (incluindo o empalamento) como "entretenimento público" para toda a gente ver, fazia lembrar não só o tempo da Idade Média como da Antiguidade, quando os Romanos crucificavam os seus supostos criminosos.


Esta reacção não se ficou apenas pela população, era agora consensual por toda a classe política que a Acádia não poderia de forma alguma ter boas relações com um estado "governado por homens das cavernas", como o Chancelier Papa Andreu comentou em privado.

Em tom de brincadeira, começava-se a dizer que a culpa era dos Portugueses, cujas políticas de Missão Civilizadora aparentemente falharam redondamente.
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Mensagem  Rokolev Seg Jan 17, 2011 9:37 pm

ooc: Não fiz RP da coroação do novo Rei porque não é algo que tenha muito interesse para mim..para além do mais não tenho muito jeito para ser hóspede de uma mega-festa da Realeza Europeia. O novo Rei, filho do anterior, está ao serviço e sua mãe ainda está viva, visto que ela não seguia no carro que matou o anterior Chancelier e o Rei.



No Palácio Real na capital La Hire estava a ocorrer uma grande reunião, relativamente ao que se passava no mundo, com especial ênfase na Ásia, onde a guerra entre Triestin e a URS estava a decorrer com uma crescente escalada de violência entre ambos.
La Hire não era uma cidade normal, nem propriamente grande. Dada a grande proximidade entre Casa Real, a nobreza e os mais ricos burgueses, a cidade desde sempre foi interdita a pessoas sem muitas posses. Não que não pudessem entrar, podiam, não tinham era poder de compra para viver lá..o preço do m2 era estupidamente elevado, e os preços dos produtos e serviços à venda na capital era bastante superior ao resto do país. A cidade era a possivelmente a mais cara do Mundo, a mais requintada e sofisticada, todos os ricos queriam aqui ter uma pequeno chateau - ou pelo menos um pequeno apartamento luxuoso, que ainda assim custavam em média para cima de 1,000,000T (ooc: considerem o T próximo do €).


Estavam presentes todos os Ministros, o Chancelier, Generais representantes de todos os membros das Forças Armadas e, claro está, o novo Roi Édouard II e a Reine-Mère - filha do Visconde de Ponte da Barca de Portugal - Rosário Maria de Vasconcelos.

Começa a falar o Ministro da Diplomacia Jean Marie Richelieu, com uma cara pesada e algo desmotivante..


JMR: Bem, tenho a comunicar-vos uma notícia algo impensável até agora, Suas Altezas, senhores Generais. Recebemos hoje um comunicado secreto vindo de Triestin... - a reacção de espanto foi a mesma por todos aqueles que ainda não sabiam da notícia, nomeadamente as patentes militares e os monarcas - Pois, realmente não é algo que aconteça todos os dias, muito menos com ofertas.

Se espantados estavam, agora ficaram todos boquiabertos.
Ninguém se tinha esquecido do que tinha acontecido na Europa há poucos anos, quando a Acádia em conjunto com a Entente, atacou SpMky com o intuito de expulsar Triestin tanto de África como do Sul da Europa..com sucesso. Era sabido que a retirada tinha ferido gravemente o orgulho do país comunista.


JMR: Continuando..recebemos esta tarde um pedido de Triestin a pedir-nos para fazer pressão diplomática sobre a União Soviética com o intuito de os persuadir a não entrar nesta guerra ao lado da URS. Se o conseguirmos, Triestin oferecer-nos-à a Arménia..

Papa Andreu: O que não deixa de ser do catano, pá! Ainda há uns dias estive em contacto lá com os gajos da ATE a falar sobre a Arménia e a possibilidade de aquilo se tornar em algo assim chato para nós e assim..e o mais engraçado até foi que contactamos com a própria URS para saber o que eles achavam se a ATE decidisse tomar aquilo de assalto heheheee!...



Acontecimentos e Intrigas Acadianas Duarte-pio-diz-que-saramago-era-contra-p-7822

Ed II: Monsieu Chancelier, estão MESMO a pensar em atacar a Arménia?! Aquilo nunca fez parte do nosso território, nem é um local minimamente estratégico para nós ou os nossos aliados.

PA: Epah não, oh Roi. Falamos sobre a possibilidade caso Triestin se mostrasse ser muito hostil, mas não vamos fazer nada contra aquilo..é só um pedaço de terra isolado de tudo, junto a um mar fechado e habitado por gente gira. O que falamos com a URS acabava por ter como fim a independência daquilo, mas por outro lado íamos estar a entrar em guerra por nada né? Quero dizer, aquilo não nos serve de nada.

General Napoleon: Suas Altezas Reais, eu me curvo perante vós. Estivemos a pensar numa intervenção armada contra a Arménia, mas não tanto como a pensar numa suposta invasão de Triestin, caso a guerra começasse a correr bem para eles, daí termos movido tantos homens e equipamentos para o Sudeste. De momento não há qualquer tipo de plano ou intenção de intervir militarmente na Arménia, todas as tropas estão unicamente a realizar exercícios de defesa do território nacional.

Ed II: Estais portanto a pensar em ignorar a proposta de Triestin, Georgios?

PA: Epá, não sei, meu! Não perdemos nada em tentar falar com os "Comunas Neutros", mas por outro lado também não queremos a Arménia para nada, aquilo é um pedaço de montanha sem qualquer ligação directa a outro país né? Nem Triestin tem acesso directo àquilo, tem a US no meio.

JMR: Sua Majestade, estivemos ainda hoje a contactar com a ATE, à qual anunciamos a proposta, a reacção deles não foi muito positiva. Tanto Kalmar como a FUS torceram um bocado o nariz à proposta, ninguém confia nas palavras vindas de Triestin. Para além do mais todos concordam - inclusive Athauphia - que uma vitória de Triestin pode ser perigosa, mas por outro lado ninguém quer que a URS tenha uma vitória fácil, em especial depois dos comentários rudes contra a União.


Fez-se um silêncio algo demorado..estavam todos a olhar para o Roi, menos sua mãe que tinha mais curiosidade em ver a expressão na cara de todos eles. Preferia analisar as pessoas à política.

Ed II: ....quero que falem com a União Soviética sobre a sua possível entrada na guerra, e que os tentem convencer a não entrar.
Digam que cria instabilidade e guerra junto à nossa fronteira, e isso é algo que certamente não desejamos. Falem também da possibilidade de outras facções mundiais se juntarem contra a URS, eles ganharam muitos inimigos no palco internacional durante os últimos anos, e poderiam estar a por a sua liberdade em cheque. Não custa nada falar com eles...se conseguirmos, óptimo, ficamos com os territórios da Arménia e podemos guia-los à sua independência...se não, bem, também não perdemos nada.


PA: Ó kapa, porreiro, pá! Zimbora pessoal!
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