Rádio e Televisão Nove de Julho - RT9

São Paulo - O Imperador veio desta vez a São Paulo de uma forma que ninguém esperava, ele veio de Brasília à São Paulo de trem. Junto com o povo como ele gosta. Após 16 horas de viagem ele desembarcou na Estação da Luz, foi recebido pelas massas, pelos operários e trabalhadores que estavam indo para as zonas industriais do entorno da Cidade de São Paulo com tanto entusiasmo que o seguiram pelas ruas do centro da cidade, isso tudo às cinco horas da manhã. As sete horas, os grandes industriais da região do ABC (região industrial formada por: Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) ligaram para os sindicatos perguntando se alguma greve havia sido convocada, nem os sindicalistas de profissão sabiam responder.
O Governo Paulista foi acionado pela Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) que até o momento não sabia também o que estava acontecendo, apenas sabia de uma mobilização massiva entre a Estação da Luz e o Palácio dos Campos Elíseos.

O Marechal di Paola logo bradou com suas conclusões: É um golpe! Chamem a Força Pública para defender o palácio! É um golpe comunista! Mas não, era o Imperador, ou melhor, Camarada Maximilien e os operários caminhando até a porta do palácio. Por sua ligeira caminhada, de um pouco mais de um kilometro e meio, o Imperador relembrou sua época de político de comícios, na era republicana, em seus olhos tinham um pouco de saudosismo e um ar de missão cumprida. Ele reuniu em torno de si, com seu carisma, na sentido weberiano da palavra, duas mil pessoas para caminhar com ele até as portas dos Campos Elíseos.

Quando Maximilien chegou, depois de uma hora e meia que tinha desembarcado na Luz e ter parado para fotos, abraços, comprimentos e pequenos discursos a cada porta de bar e padarias ele finalmente chegava na esquina da Alameda Glete com a Avenida Rio Branco, no centro da capital Paulista, aonde situa-se o Palácio dos Campos Elíseos. A Força Pública tinha interrompido o trânsito e fechava o quarteirão. Maximilien na frente e as massas atrás dele, em sua frente, Maximilien via tropas da Força Pública, então com calma pediu para que os manifestantes ficassem parados que ele próprio iria resolver.

Maximilien com seu alinhado terno branco e seu chapéu panamá, parecia um coronel de fazenda do século XIV da época do II Reinado, mas não precisava da coroa para ter sua liderança. Ele pegou seu terno, seu chapéu jogou no meio da avenida Rio Branco, arregaçou as mangas da camisa e começou a andar em direção aos militares "entrincheirados" de frente do Palácio dos Campos Elíseos, até que um coronel gritou: Atenção senhor! Se afaste ordens do governador! O Imperador riu e disse de forma ríspida em alto e bom som: Eu sou Maximilien I, Imperador Constitucional do Brasil, Soberano de todo o Estado de São Paulo. Ou abaixem suas armas, ou serei obrigado a convocar as forças armadas para demovê-los desta barbárie.

O povo escutou e foi ao êxtase, já os militares da Força Pública, ficaram acuados e procuraram o Governador Di Paola. Não demorou muito que o próprio Di Paola fosse com seus próprios olhos ver o que estava acontecendo e se espantou quando viu o imperador paulista e do Brasil lá no meio da Rio Branco afrontando os fuzis dos soldados da Força Pública para proteger o povo. Um cena digna de filme, por certo, no ato o governador Di Paola ordenou a retirada imediata dos soldados e foi pessoalmente pedir desculpas ao imperador e ao povo.

Maximilien fez questão de acolher as massas dentro do Anexo Oriental do palácio, aonde fica a maior parte, e dar-lhes um café da manhã digno, as custas de sua própria conta e não do estado. Assim começou a tumultuada visita de Maximilien I para deixar de uma vez por todas São Paulo dentro do Brasil.

O Imperador Baiano manifesta apoio a ação de Maxmilien e declara que se necessário for, a Bahia oferecerá apoio bélico ao Imperador Brasileiro..

Em Nota a chancelaria baiana informa que: A delegação vai ser BARRADA se tentar cruzar a fronteira ou aterrizar em qualquer aeroporto baiano.