Encontro das Duas Coroas Imperiais

Britannia Dom Jul 03, 2011 2:12 pm

No ultimo episódio de "um palácio na pradaria":

A Rainha está a caminho de Lisboa!

Primeiro-Ministro: Irei avisar os Portugueses que vossa majestade irá chegar brevemente....

Rainha: Sabe uma coisa....não o faça, acho que a surpresa vai ainda ser melhor......

Guarda Florêncio: Meu Brigadeiro *continência* a Rainha dos ingleses está lá fora!!!!!

E agora Afonso VIII tem de enfrentar a sua aliada cara a cara!

Brigadeiro Corte Real: Altivez: Sois Rei de Portugal e das Espanhas, não sois um presidenteco de uma república das bananas... Sois pretendente a maioria dos tronos grandes do mundo... Comportai-vos como um monarca. E dai razão, sem vos humilardes á Rainha...

A saga continua já a seguir a estas breves mensagens....

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Athaulphia Dom Jul 03, 2011 2:14 pm

Britannia Dom Jul 03, 2011 2:22 pm

Athaulphia escreveu:

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Britannia Dom Jul 03, 2011 2:48 pm

OCC: E agora, a continuação da nossa história.....

D. Afonso VIII benze-se, e faz pose de monarca... O Brigadeiro estava em pulgas para poder queimar Vidal...

Meredith entra na sala, o vestido que usava tinha os ombros alargados dando-lhe um certo ar de poder, também ajudava a sua altura de 1,90, estava com um ar plenamente furioso, durante as 4 horas de voo desde Camelot que tinha tido muito tempo para fermentar a sua raiva. Começa a falar numa voz ao mesmo tempo calma e agressiva, as cordialidades são ignoradas e passa logo ao que interessa:

Tenho um.....super-couraçado Espanhol e toda a sua escolta metidos mesmo em frente à baía de um dos meus reinos.....o que me deixa com uma curiosidade imensa visto que tal manobra não foi autorizada, ou esperada por ninguém......e no entanto lá estão eles, aparecidos do nada como uma armada fantasma de conquistadores do passado a entrar na sua "cuba"........que já nem sequer existe.

E o que realmente me deixa curiosa não é o que eles estão lá a fazer, eu SEI o que eles estão lá a fazer, deixemos-nos de ingenuidades, não não, o que me deixa curiosa é o COMO é que eles lá estão, como é que Lisboa autorizou tal coisa.

No Império, ocasionalmente não sabemos onde param umas armas, ou alguns soldados fazem das suas ou desertam.....curiosamente para trabalhar para vós......tudo assuntos de pouca importância.....mas eu, enquanto Rainha, sei onde estão todos os meus couraçados, porta-aviões e cruzadores a todas as horas.

Isso leva-me a pensar duas coisas, duas coisas que não são nada, mas mesmo nada positivas. Das duas uma, ou Lisboa SABE que esta operação está a acontecer, e fingem não saber nada, colocando as culpas nos Espanhóis.......ou então Lisboa não sabe o que se passa em Espanha e anda como um cego a tactear o seu caminho ás escuras com a questão Espanhola.

Agarra numa das flores do rei

Portanto......qual das duas opções é que é a verdadeira?

Portugal Dom Jul 03, 2011 5:02 pm

D. Afonso VIII: Não sei o que se passa em Espanha...

Responde o jovem Afonso, a olhar para cima, visto que a Rainha tinha mais 20 cm de altura que ele... A olhar como abutre estava Corte Real, não perdeu a sua chance para estragar a reputação de Vidal...

Secretário de Estado do Reino Brigadeiro Corte Real: Vossa Graça, facto é esse, Espanha age de livre vontade como age Portugal pois é nação soberana. Agora se os espanhóis são soberanos da sua sanidade, aí é que coloco minhas dúvidas, ou então quem está a frente do executivo espanhol se tem rédeas sobre a Razão...

D. Afonso VIII: Onde quereis chegar Brigadeiro?

Brigadeiro Corte Real: Pura e simplesmente... Vidal usa e abusa do poder Vossa Majestade Fidelíssima, e perdoai a crueza da minha observação, mas D. Juan é um tácito face a tudo, e actua sobre Vidal com a maior moleza ao cimo da terra. Espanha parece mais o reino dos Carlistas, e D. Juan o seu rei, do que vós o Rei deles... Não achais o mesmo Vossa Graça (Rainha Meredith)?

Britannia Dom Jul 03, 2011 5:42 pm

A Rainha compreendeu logo quem é que mandava ali, não que não o soubesse já, o MI6 já por muitas ocasiões tinha relatado que o Rei de Portugal era um fantoche.

Eu acho, e rejo-me pelo valor que considero vital numa monarquia, a nossa posição vem de Deus, não dos homens. Mr. Vidal está a cometer um crime deveras horrendo, está a usurpar o poder do seu suserano, ordenado por deus. Nenhum homem, especialmente um comum, pode retirar o poder de um monarca para o dar a outro, foi esta falta de valores, de dignidade da posição de rei e deus que causou o massacre da segunda grande guerra.

A Rainha estava a apelar a dois dos grandes valores dos presentes, o Rei a religião, e o generalíssimo o combate ao fascismo.

Eu não tenho legitimidade para dizer a vossa majestade como governar os vossos domínios, deus sabe que eu também tenho problemas com a Escócia, mas permitir a usurpação é o primeiro caminho para o caos, para o ateísmo, e para a república. O mundo actual, a guerra interna dos comunistas, todo o caos, deve-se a factores que não podemos deixar acontecer nas nossas terras, a perda da fé cristã tradicional, dos papeis de cada ordem na sociedade, e do respeito mutuo que cada ordem deve ter, e a perda dos valores nacionais que definem as nossas grandes civilizações.

Mr. Vidal ao ser o protótipo de um usurpador, ao ir contra as vontades e as alianças do seu suserano, é na minha óptica o mesmo que um republicano ou um comunista..... alguém que procura o caos por motivos de poder.

Meredith tinha colocado a perda da fé "tradicional" como uma indirecta ao Imperador Baiano, líder de uma igreja que nada tinha de tradicional, não sabia agora se a indirecta tinha passado, mas ainda tinha mais umas farpas sobre o Imperador. Meredith ainda não sabia que o dito cujo estava a caminho, mas se o descobrir certamente irá querer reunir-se com o "homenzinho das igrejas estranhas do Brazil" como o seu Primeiro-Ministro lhe chamava. E claro, ainda estava cheia de vontade de finalmente meter o Rei a ser um homem digno do nome, desse por onde desse.

Portugal Dom Jul 03, 2011 7:52 pm

O Rei mantinha-se em silêncio... Parecia na sua pose na cadeira um monarca bizantino. Não falava, nem pestanejava só ouvia. Quem fazia o "chat" todo era Corte Real... Meredith estava no seu campo perfeito, não havia mais pró-britânico no governo de Portugal do que Corte Real...

Brigadeiro Corte Real: Eu próprio já disse a Vossa Majestade Fidelíssima, a versão do que Vossa Graça acabou de transmitir. O problema Vossa Graça, é que Vidal tem a sua parcela de poder. Vidal é um bom militar, extremamente competente e obediente. É capaz de matar a própria mãe se El Rei o pedir... Mas como político é um asco a toda a prova. Até Calatrava ou Molina conseguiam ser mais elegantes que ele na maneira de fazer política... Vidal tende a gerir espanha como um General a reger uma divisão, com os seus vários regimentos, e com os comandantes dos regimentos a prestarem vassalagem a ele e obediência cega... É um militar típico da escola espanhola...

Eu sugiro a Vossa Alteza, que o demita, pois isto é por demais evidente um abuso de poder. E devia fazer sentir o vosso desagrado nas Cortes em Madrid! E a vinda de Vossa Graça, a Rainha do Reino Unido é grave... E podereis usar isso como bom mote para por o Carranca... Upsss Vidal no sítio, que é a comandar tropas. Ele não se irá sublevar, eu sei disso e bem, nem irá fazer golpes de estado... Ele simplesmente acha que governar é como gerir um regimento, entendeis Vossa Majestade Fidelíssima? e Vossa Graça?

Britannia Dom Jul 03, 2011 8:31 pm

Um país não é um regimento ou uma divisão, é um país. Os tempos da Prússia e de "um exército com um país" já passaram, é algo demasiado complicado para gerir militarmente. Mas compreendo também que não se pode desonrar um bom militar, até pela injustiça do acto como é óbvio, claro claro, mas existem formas de alguém se livrar de um governante assim sem ser.....de uma forma violenta.

Simplesmente convoque eleições, e use os métodos eleitorais para controlar os resultados caso haja necessidade, ou mesmo alguma fraude dissimulada. Como é que acha que os Conservadores ganharam as eleições no meu país mesmo tendo tido menos votos?

O importante é que depois de tudo, através de um método dissimulado colocou outra pessoa no poder, não teve de demitir Vidal directamente, diminui as exigências da população, não percebo porquê na verdade, votar para eles parece uma competição.....mas estou-me a divergir do tema, e quando algo correr mal as pessoas vão sempre culpar os políticos, nunca a monarquia.

E a vantagem de políticos civis é que eles não possuem regimentos para ameaçar o regime, e desde que sejam bem tratados são fieis a quem os alimenta, e os que não são podem ser retirados de cena com umas fotos comprometedoras com uma enorme facilidade.

Claro que isto é meramente conversa, somente sugestões, mas tenho de admitir que Espanha se tornou um problema tanto para Portugal como Britannia, e tem de ser resolvido para bem da Entente. Todas as sugestões ajudam.

Estava claramente implícito a experiência com políticos e governo que a Rainha já tinha tido nos seus anos de reinado...até já tinha sido uma espécie de "Primeira-Ministra" durante um período de crise constitucional, sabia muito bem como jogar à politica e queria queimar Vidal sem arruinar a reputação da monarquia em Espanha pelo caminho.

Portugal Seg Jul 04, 2011 1:11 pm

Corte Real retorque...

Encontro das Duas Coroas Imperiais Dalton-beast

Brigadeiro Corte Real: Civis acabam sempre por ter acesso a militares... Contra mim falo que sou militar dos quadros do Exército...

Mas seria importante Vossa Majestade Fidelíssima depor Vidal, insisto na ousadia e na ousadia da ideia.

D. Afonso VIII: Assim seja Brigadeiro, farei o que me aconselham...

Brigadeiro Corte Real: E acima de tudo, não o desonre, Vidal prestou e presta serviços importantes á coroa...

D. Afonso VIII: Eu tenho consciência do valor marcial e do mérito de Vidal, irei condecorar-lo depois das operações na Nova Colômbia.

O Rei começa a preparar a carta de demissão de Vidal, será demitido depois da operação militar e naval contra os Boxers...

Brigadeiro Corte Real: Coloque um governo de iniciativa Régia... A Ley Fundamental de Las Españas permite-lhe isso, possuis mais poder em Espanha do que em Portugal... Aqui só o poderia fazer se houvesse demissão em massa dos deputados e governo... Ou em estado de guerra...

D. Afonso VIII: Influência da Constituição de 1822, eu lí isso... Para todos efeitos apesar de os polítologos athaulphicos considerarem Portugal um Regime Integralista, advertem que há imensos laivos de Liberalismo Clássico no Estado, daí o caso português "ser tão interessante estudo" no ver deles...

Brigadeiro Corte Real: São modelos Alteza... E assim deve de ser cada estado de acordo com o seu modelo cultural...

Uma clara boca de Corte Real ás novas correntes "alternativas"... Por entre as trevas, surgia cada vez mais interesse no modelo de Estado Napoleónico, tal e qual como Napoleão o concebeu. É de ambos os lados, quer de Espanha quer de Portugal... Esses jovens intelectuais concebem um estado imperial de modelo clássico, e isso captou a atenção dos polítologos e sociólogos athaulphicos, sendo eles os primeiros a lançar um estudo sobre este grupo de intelectuais, jovens dos 16 aos 32 anos de idade, cuja tertúlia se chama o "Ninho das Águias". Estes jovens retiraram dos baús memórias do estado napoleónico, do seu centralismo exarcerbado, da apoteose do Liberalismo Clássico de modelo francês, a organização territorial hiper-racional. Não é que tal modelo tenha sido pensado, á mais de 150 anos atrás pelos liberais portugueses... Mas foi um fiasco, e esse fiasco levou á bola de neve política que gerou o actual Estado e Regime Saudosista.

Mesmo assim são vistos como uma ameaça, e ao que parece Meredith não está a par deste novo grupo de jovens... Imperialistas e Idealistas...

Athaulphia Seg Jul 04, 2011 2:14 pm

Portugal escreveu:Para todos efeitos apesar de os polítologos athaulphicos considerarem Portugal um Regime Integralista, advertem que há imensos laivos de Liberalismo Clássico no Estado, daí o caso português "ser tão interessante estudo" no ver deles...

Britannia Seg Jul 04, 2011 3:03 pm

Meredith era firmemente pragmática, não via a politica como uma questão ideológica mas sim de poder, também ajudava que fosse provavelmente a monarca mais autocrática do mundo em termos de mentalidade, travada somente pela tradição liberal Britânica que mesmo assim ela e os seus apoiantes Tories iam lentamente corrompendo, muitos são os que acham que daria uma Monarca absoluta perfeita. Meredith tem por isso dificuldade em compreender a ideologia, pois enquanto líder absoluta e revolvedora de conflitos não compreende o conceito de ter o seu pensamento limitado a uma corrente. Como ela funcionam muitos dos políticos e é a grande explicação da natureza sincrética da politica Britânica.

O mundo académico Britânico funciona largamente da mesma maneira, os pensamentos ideológico e filosófico são vistos como relíquias do passado e conversa de café. O liberalismo é essencialmente visto como uma ideia já acabada, e que agora só pode ser melhorado com a ciência social e da comunicação. Por isso é que quando se fala em ciências politicas no império Britânico fala-se em sociologia politica, sondagens, compreensão dos fenómenos, inputs e outputs de forma a impedir que a sociedade entre em stress, ciência da comunicação e da persuasão e como melhorar a transmissão e recepção de mensagens politicas. É por isso que os críticos chamam ás universidades Britânicas as "faculdades do totalitarismo" visto que se preocupam bastante em melhorar a capacidade do status quo de sobreviver e corromper o sistema politico sem motins. Os únicos "liberais" no sentido académico Britânico são os que estudam a aplicação das novas tecnologias aos métodos eleitorais para aumentar a participação democrática, também chamados de "democratas do teclado".

Dessa forma se os Portugueses são saudosistas e vão buscar ideias ao baú do passado, os Britânicos não avançam em ideais políticos, simplesmente melhoram a tecnologia e compreensão do actual como se andassem a melhorar um carro. Nesse processo esvaziam a ideia em si e transformam a politica numa ciência exacta de vencer eleições e de manter a população calma. Meredith não manda construir escolas por ideologia, mas sim porque melhora o PIB e mantém a população calma; Meredith não manda manter um serviço nacional de saúde por bondade, mas sim porque ajuda a manter a população sob controlo; Meredith não dá liberdade de imprensa porque quer mas sim porque os seus conselheiros avisaram-na que segundo o modelo de análise os outputs iriam aumentar imenso colocando o sistema em stress (e em perigo), tudo no estado Mereditiano é feito pela razão do poder e da estabilidade, de uma forma calculista e tecnocrática. Como tal a ideologia Liberal, clássica ou não é algo que ela não conhece, nem tem desejo de conhecer, e como tal pode parecer meio desligada ou mesmo excessivamente directa a falar sobre o tema.

Portanto eles não têm eleições e vossa majestade tem poder directo e semi-absoluto sobre Espanha, tal e qual como era no Império de Napoleão, não sei como é que o MI6 andou tanto ás voltas como este tema.......

Continuando, confio que com Vidal de fora do grande plano que os meus problemas com Espanha tenham terminado. Infelizmente não posso andar a ter problemas externos quando a Escócia de repente decidiu que quer ser o país mais democrático do mundo.

Rebola os olhos, a democracia para a Rainha só era algo válido enquanto ela controlava os vencedores, sem isso considerava que dar votos aos plebeus era ligeiramente ridículo.

Mas irei passar ao meu próximo tema, acredito que enquanto aqui estou, algo que não acontece sempre, mais vale discutir mais um assunto problemático da Entente, Bahia.

Eu pessoalmente não ligo nenhuma ao que se passa dentro de Bahia, os Liberais no meu país agitam-se e protestam com o que esses bárbaros fazem, eu pessoalmente acredito que cada macaco no seu galho. Mas agora os problemas de Bahia estão-me a perseguir até casa, a população está a começar a ficar agitada porque alguns agitadores andam a movimentar a opinião pública contra o que se passa na Bahia.....

As coisas estão a ficar fora de controlo, já parece quase o que aconteceu antes da guerra Britânico-Espanhola em que o tratamento dos nativos cubanos indignou a opinião publica, e depois os tablóides levaram o país à guerra. Nem eu posso travar a demagogia belicista para sempre.

A Rainha claro que esconde que a situação na verdade é óptima para ela, visto que unifica a população contra um inimigo externo, e assim não se viram uns contra os outros, mas há que não o revelar.

Ouvi dizer pelas minhas fontes que o Imperador das Bananas está a caminho de Lisboa para falar com vossa majestade.......eu apreciaria estar nessa reunião, seria um favor de Portugal ao Império. Terá de concordar que já é hora de metermos Bahia na ordem!

Bahia Ter Jul 05, 2011 8:37 am

[b] A tentativa britânica de se transformar uma reunião Luso-baiana em uma conferência da Entente é encarada com uma certa repulsa por parte do Imperador, mas alguns Conselheiros Imperiais e alguns deputados mais específicamente membros do Partido da Aliança Democrática defendem a participação da Rainha britânica no encontro.

Portugal Ter Jul 05, 2011 1:21 pm

Há sinais de clivagem entre o Brigadeiro Corte Real, e a Rainha. Corte Real era um típico Liberal no seu modo de pensar. Tolerava o Integralismo e sabia viver com ele... Era acima de tudo um idealista, um teórico, uma memória viva de um Marchal Saldanha ou um Sá da Bandeira. Era costume a imprensa mais ultra-montana e tradicionalista criticar-lo, inclusive no jornal de sátira política, "Os Podres", aparece o "Cavaco do Supulcro". Uma paródia á obra oitocentista de Soares de Passos, ainda bastante popular em Portugal, em que aparecia uma banda desenhada com o Brigadeiro Corte Real como aluno de Sá da Bandeira, conhecido por ser um grande apoiante da Constituição de 1822, tal como o Brigadeiro Corte Real...

Brigadeiro Corte Real: Lamento corrigir Vossa Graça, mas Espanha tem eleições... E ainda bem, já bastou o jugo franquista que pairou sobre aquela pobre gente, os Carlistas... Por muitos defeitos que tenha, colocaram cobro sobre o último grande bastião de louvor ao fascismo sobre a Europa.

Corte Real detestava os Carlistas, mas preferia lidar com ele a lidar com os franquistas... Apesar do seu conceito de centralização do poder em Lisboa, fosse mais pendente para o lado franquista do que para o descentralismo exacerbado dos Carlistas.

Brigadeiro Corte Real: E acreditai Vossa Graça... Não evoqueis esse nome a um Carlista, que ouvis impropérios... Para um Carlista, Napoleão, Ulrich, Mussolini... Franco é todo a mesma coisa. Os Carlistas nisso têm aversão...

Mas se a Escócia, assim pede a Liberdade dai-la Vossa Graça, tereis povos mais felizes e gratos para com Vós...

D. Afonso VIII é que... Na sua ratice de Sacristia, fino e sempre atento, notava que ia haver confronto ideológico entre a Rainha e o Brigadeiro. Havia que cortar o mal pela raiz, fez-se rei!

D. Afonso VIII: Brigadeiro, lamento mas isto não é o parlamento, nem Vossa Graça é um dos seus lacaios militares... Por favor não interrompa Vossa Graça na sua exposição.

Sem saber porquê... Talvez pela educação tradicionalista, e a sua conversão ao Catolicismo, D. Afonso VIII agradava-lhe mais o discurso de Meredith que o Liberalismo Clássico exarcerbado de Corte Real... Corte Real cala-se.

D. Afonso VIII: O Imperador com nome italiano, deduzo... Sim diz-se que vem discutir. Creio que é por causa de uns insurrectos no Vice Reinado da Nova Colômbia, e de uns índios independentistas. Vidal está a resolver o caso conforme vos mencionei. Mas falai com o Imperador para ver o que ele tem a dizer...

Corte Real deitava quase as mãos a cabeça, cheirava a bulha de coroas por todos os lados... De um lado um ser que abominava, o Imperador Baiano, de outro uma Rainha Despótica o que o desiludia bastante já que via na Grã Bretanha a terra da Liberdade, e por fim um rei que teimava em "educar" para ser um exemplo de monarca Liberal. Meredith estragou-lhe o trabalho todo. No seu âmago, Corte Real só pensava nisto:

"D. Pedro (IV), El Rei Soldado... Ergue-te da cova e volta a por a coroa dos Bragança sobre tua cabeça..."

Britannia Ter Jul 05, 2011 2:20 pm

Afonso parecia ter acordado, bom sinal, para a Rainha começou-se a fazer luz na cabeça, o Rei sofria era de "Nannyism", estava sempre rodeado de amas e nunca era desafiado, nunca tinha desenvolvido carácter, ao contrário dela que em 10 anos de reinado já tinha sofrido imensos ataques, bem como o seu pai. Tinha pena de Corte Real, via-lhe valor, era alguém com coragem e parecia ter vontade sincera de auxiliar o jovem Rei, mas a vida era feita destas coisas. Mas achou bem dar só uma resposta ao Brigadeiro para este não ficar a pensar que ela era uma déspota de meia-tigela:

Senhor Brigadeiro, eu não recuso a liberdade a nenhum dos meus súbditos, mas infelizmente os meus súbditos tendem a querer lançar-se no precipício. Compreendo que algumas das minhas ideias sejam talvez.......duras, mas sem o meu trabalho e o trabalho dos meus antecessores, o Império jamais teria sobrevivido aos seus dias negros. Os Americanos teriam aproveitado para relançar a revolta de 1776, como tentaram em 81 e 85, e hoje.......haveriam uns "Estados Unidos da América" como esses loucos queriam, e a monarquia Britânica teria finalmente sido varrida pelo fogo do republicanismo.

Mas sua majestade tem muita razão, não somos políticos, e a discussão é para os parlamentos.

Vira-se para Afonso, tinha pena de Corte Real, mas anos com a adaga do republicanismo por cima tinham-na tornado muito dura, e considerava que o seu pulso de ferro era tudo o que impedia o fim do Império.

Vou ser sincera porque não aprecio eufemismos, esse Imperador é um louco, bem como o seu regime que parece colado por cuspo e pastilha elástica. Cada vez que se mexem declaram guerra a alguém, matam alguém, fazem leis que não lembra a ninguém. O exército dele parece ter vontade própria, fazem caças ás bruxas como este caso dos gays, e ainda para mais inventaram esta religião deles para substituir o Cristianismo Europeu, o verdadeiro Cristianismo.

Eu tenho receio do que ele possa fazer a seguir, seja declarar guerra à Burgolávia só porque lhe apeteceu, seja declarar guerra ao seu outro vizinho Brasileiro, ou quem sabe, secalhar ainda lhe dá na cabeça e invade o Vice-Reinado. Não vai haver paz naquela região até o metermos na ordem e acredito que temos que ser firmes com esta questão, se não pela Entente, pelo menos pela missão civilizadora dos Europeus.

Portugal Ter Jul 05, 2011 3:05 pm

Corte Real faz uma vénia á Rainha, entendeu que ninguém lhe iria dar ouvidos... Resignou-se ao seu posto.

D. Afonso VIII: Tenho pressões nas Cortes para uma intervenção séria e directa, e um quase bloqueio diplomático em relação á Bahia. Mas interesses prendem-se por detrás e não quero dar asas a tal...

D. Afonso VIII referia-se aos "velhos do Restelo" das Cortes. Havia muito boa gente inspirada por Guilherme I, o falecido monarca, e o desejo da "Restauração Ibérica"... A ideia ganhou muita força e poder, pois para muitos políticos a ideia do regresso aos "séculos do ouro" (sec XV e XVI) passa necessariamente pela recuperação das antigas colónias. O mal é que Guilherme I era um hábil político, e sabia divertir a sua massa de "seguidores", com vista a não comprometer o Reino... Mas D. Afonso VIII herdou uma "máquina ideológica" cuja a "engrenagem principal", Guilherme I, não mais existe. Essa máquina tende para o descontrolo e o excesso...

Por um lado Corte Real, ri-se... Ele era um dos principais instigadores de uma intervenção portuguesa na Bahia, mas contudo extremamente bem calculada e com Causus Belli justificado e apoiado internacionalmente. Por um lado também é uma razão que não quer afrontar ideologicamente a Rainha, pois sabe que Meredith pode ser passaporte para muitas coisas. Mas ao fim e ao cabo, não passava de uma luta de Galos, entre Vidal e Corte Real, para ver qual deles era o "maior e melhor militar e político"... Corte Real tinha uma certa inveja inconsciente de Vidal por ter o Vice Reinado da Nova Colômbia, e Portugal só ter tido a Guiana, por "piedade" da Espanha que não a reclamou e acedeu, por falta de interesse total... Conquistar o Nordeste Brasileiro era uma chapada de luxo a Vidal, e Portugal teria uma quota sobre a América superior á da Espanha. Mas tudo não passava de lutas para ver qual dos Galos tinha o Capoeiro melhor. D. Afonso VIII vetava tudo, quanto mais paz e silêncio houvesse no mundo, melhor para ele, menos se chateava...

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