Noah em Istaan

Só no avião é que Noah informa o Delegado Soviético Samsa que se dirige para Istaan e pede encarecidamente para ser recebido com urgência pelo mesmo, devido à situação com Triestin.

Samsa obviamente receberá Noah. O tema não será surpresa e os seus adjuntos compilam dezenas de páginas de informação que deverá ser discutida. Os Conselhos Administrativos estão dispostos a entrar na guerra pelo lado certo, mas terão que existir algumas garantias da URS para o futuro.

Noah chega cansado a Istaan. Tinha acabado de estar em Águas Santas, precisava de uma folga mas sabia que nos próximos tempos isso estava fora de questão. Assim que é recebido vai directo ao assunto.

- Obrigado por me receber assim tão em cima da hora, Sr. Samsa, mas as circunstâncias isso exigem. O que venho aqui falar não é surpresa, a União necessita da ajuda da União Soviética. Se Triestin nos vencer ninguém na região estará seguro. Esta é uma guerra que tem que ser travada.

- Claro, e não julgue que não estamos com receio do que Triestin possa fazer se porventura ganhar. Nada pior que um maníaco como Donets com a ideia na cabeça que não pode ser derrotado. Os administradores reuniram esta tarde e definiram alguns pontos com os quais a URS teria que concordar para garantir o nosso apoio na guerra. Basicamente se a URS ganhar todos os seus aliados terão que ganhar, não concorda?

Samsa entrega um documento a Noah.

ooc: o conteudo é para permanecer secreto

Noah estuda o documento e deixa os seus adjuntos olhar.

- É como disse, se ganharmos, ganhamos todos. Todos estes pontos nos parecem aceitáveis. A Burgolavia terá que ser incluída no ponto 2 e consultada acerca da alínea c) do primeiro ponto. Quanto ao ponto 4, a União Soviética consegue mesmo garantir isto?

Toda a comitiva estava intrigada acerca do ponto 4, parecia vindo de outro mundo.

- Está tudo dependente de uma pequena concessão financeira, que julgo que a URS não se importará de suportar juntamente connosco...

- Obviamente, camarada Samsa... obviamente. Não vou negar que estou surpreendido, a sua diplomacia está de parabéns. Como disse, a União concorda com todos os pontos e os nossos aliados da Burgolavia com certeza pensarão o mesmo.

- Sendo assim a URS tem oficialmente um aliado. Já temos o Exército em movimento e a nossa marinha será disponibilizada para combater os britânicos. A partir daqui os nossos responsáveis militares tomarão as redeas da situação. Camarada Noah, espero voltar a vê-lo em melhores circunstâncias.

- A solidariedade do povo soviético será para sempre lembrada pela União. Muito obrigado, Sr. Samsa.

Noah sai da sala e comenta para um adjunto:

- Como é que estes tipos conseguiram convencer aqueles psicopatas?

- O dinheiro compra muita amizade... - responde um deles.

- É verdade, é verdade...

Noah abre a sua agenda e consulta algumas páginas.

- Podemos regressar a Valtland ou ainda temos que voltar atrás?

- Directos para Valtland, os Serviços Secretos estão a acompanhar a situação na Europa.

- E como é que se estão a safar?

- 50/50, vamos ter que esperar.

- OK, então só nos resta saber se o Rei português está mesmo disposto a entrar numa guerra global?

- Bem, o Eyola está neste momento em Moçambique, pode ser que consiga alguma coisa.

- Esperemos que sim... esperemos que sim...

Saem do edifício e entram no carro. Noah repete estupefacto:

- E aquele ponto 4, hein? Quem diria...

Os seus adjuntos sorriram.

OOC: qué bom! Com esse documento criaram um suspense que nem o Hitchcock!

ooc: vamos ver se a coisa se desenrola de forma a que ele seja revelado.

Mihail Samsa abandona a sala com um calafrio a corre-lhe a espinha. Pela primeira vez a União Soviética iria declarar guerra a outra nação. Dirige-se imediatamente para a Sala dos Conselgos Administrativos onde iria fazer o comunicado à nação.