Embaixador da URS em Lisboa

Logo pela manhã o embaixador William Mills, natural da Irlanda, chegou ao Palácio das Necessidades para reunir com Secretário de Estado. Estava devidamente certificado para falar em nome do Conselho relativamente à questão de Timor. Apesar de terem sido os britânicos a ameaçar a Burgolavia e de serem eles o grande obstáculo à resolução rápida da questão, o Conselho considerava Portugal como uma nação mais diplomática e menos impulsiva, e se a resolução para a questão timorense iria ser pacífica, teria que ser feita através de Portugal.

- Muito agradecido Sr. Torres, um copo de água é suficiente.

Mills senta-se e bebe um gole.

- O que me trás aqui é a situação na Ásia, mais precisamente na zona do Pacífico próxima da Austrália. O que lhe vou dizer é confidencial, mas uma das exigências a Triestin nas negociações de paz vai ser a libertação de Timor. Ainda não está completamente certo qual o futuro do território, mas existe a forte possibilidade do mesmo ser entregue provisoriamente a administração da Burgolavia até à realização de eleições democráticas para decidir o futuro da ilha. Mas já fujo ao assunto principal... ora bem, como é óbvio para controlar a ilha e limpa-la dos últimos agentes militares triestinos ainda no poder é necessário intervir militarmente. Os nossos aliados da Burgolavia têm capacidade mais que suficiente para o fazer, mas depararam-se com obstáculos, os quais o senhor com certeza conhece. Temos ameaças de guerra dos britânicos e navios portugueses a ronda a zona.

Vou ser directo Sr. Torres. Portugal e o Império Britânico terão que se mentalizar que Triestin perdeu e Timor mudará de mãos. Queremos mesmo uma guerra para isto acontecer? Julgo que seria um absurdo se isso acontecesse...