Já regressei!
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URS
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Athaulphia
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Já regressei!
Caros camaradas, depois de quase um mês e meio me reintegro a minhas funções como "Chefe de Estado" (ou o que seja). Voltei a casa depois de cinco semanas por Equador, Peru, Bolívia e Chile, com um espetacular bronzeado e umas 3000 fotos que tenho que classificar. Quando possa lhes mostrarei algumas, do Machu Picchu, do Titicaca, dos Andes, do Planalto, do deserto de Atacama, das linhas de Nazca...
Agora o que preciso é tempo para ler todas as mensagens desde que marchei embora, assim que não esperem que me ponha a fazer RP agora mesmo. Se alguém me pode fazer um resumo rápido dos acontecimentos que sacudiram a nosso mundo virtual durante as últimas 6 semanas o agradecerei imenso. Mas de qualquer jeito quero ler o que aconteceu.
Assim que lá vou, para voltar a funcionar quanto antes.
Agora o que preciso é tempo para ler todas as mensagens desde que marchei embora, assim que não esperem que me ponha a fazer RP agora mesmo. Se alguém me pode fazer um resumo rápido dos acontecimentos que sacudiram a nosso mundo virtual durante as últimas 6 semanas o agradecerei imenso. Mas de qualquer jeito quero ler o que aconteceu.
Assim que lá vou, para voltar a funcionar quanto antes.
Re: Já regressei!
Bem vindo de novo!
fizestes isso tudo e não fostes a Cuba?isso é que éra bom...
fizestes isso tudo e não fostes a Cuba?isso é que éra bom...
Pierrine- Número de Mensagens : 1009
Idade : 30
Data de inscrição : 13/09/2008
Re: Já regressei!
bem vindo...
pequena info:
a república de vibra está destruída.
pequena info:
a república de vibra está destruída.
vibra- Número de Mensagens : 3990
Idade : 41
Regime Politico : Anarcocapitalista
Data de inscrição : 30/07/2008
Re: Já regressei!
Sinceramente, espero que tenhas tido as semanas da tua vida, para guardar para sempre. como tal, quando tiveres tempo, podias postar aí umas fotos e contares algumas historias, que achas? :p
ja agora, devo-te dizer que tive saudades do teu rp e da tua companhia aqui no forum, é bom ter-te de volta!
ja agora, devo-te dizer que tive saudades do teu rp e da tua companhia aqui no forum, é bom ter-te de volta!
Scream_off- OCDE
- Número de Mensagens : 11459
Idade : 36
Capital : Águas Santas
Regime Politico : Republica Federal
Chefe de Estado : Presidente Zé
Data de inscrição : 25/08/2008
Re: Já regressei!
Bem vindo camarada, vou gostar de ver essas fotos.
URS- Internacional Socialista
- Número de Mensagens : 14751
Capital : Valtland
Regime Politico : Socialismo
Chefe de Estado : Maximus Thorvald
Data de inscrição : 14/08/2008
Re: Já regressei!
Bem-vindo ó galego.
E resumo: triestin e vibra foram destruídos e lusitia e uma democracia
E resumo: triestin e vibra foram destruídos e lusitia e uma democracia
Re: Já regressei!
Então e essas fotos? Quero ver o Machu Pichu, deve ser lindo estar ali. Quando tiver guita vai ser o primeiro sítio onde vou.
URS- Internacional Socialista
- Número de Mensagens : 14751
Capital : Valtland
Regime Politico : Socialismo
Chefe de Estado : Maximus Thorvald
Data de inscrição : 14/08/2008
Re: Já regressei!
ora nem mais. quero fotos! fotos!
Scream_off- OCDE
- Número de Mensagens : 11459
Idade : 36
Capital : Águas Santas
Regime Politico : Republica Federal
Chefe de Estado : Presidente Zé
Data de inscrição : 25/08/2008
Re: Já regressei!
AS FOTOS (1)
Bem, acho que ouvi que queriam ver fotos de minha viagem a América do Sul, não é? Aqui lhes trago uma seleção de grandes momentos, espero que lhes agradem.
O primeiro dia fizemos escala em Guayaquil, Equador, assim que aproveitamos (tínhamos 12 horas) para fazer uma visita à cidade. Nesta foto se vê um passeio muito turístico que sobe a uma colina olhador, com um farol, desde o que se vê tudo Guayaquil e sua baía:
Têm-no muito bonito, muito limpo e muito seguro, mas se te sais do caminho e te metes por uma das ruas laterais, entras literalmente no Terceiro Mundo, autênticas favelas. Isso nos desagradou um pouco: aquele bonito passeio, o olhador e o demais não são mais do que um decorado.
Isto é a Praça Maior de Lima, em Peru, frente ao Palácio Presidencial, onde vimos a mudança de guarda. É o centro da zona turística e está repleta de polícias. De fato, tanto em Peru como em Bolívia têm um corpo de polícia dedicado especificamente a proteger aos turistas. Um dia ensolarado vendo museus, igrejas e pitorescos mercados e ruas. Mas melhor não se sair da zona turística, porque podes meter-te em lugares muito “feios”:
Lima é uma cidade caótica, com um tráfico disparatado (não há semáforos para os pedestres, há que olhar os dos carros, e têm o costume de ir apitando continuamente todos os carros, sem importar o lugar, o motivo e a hora), mas depois de tudo tem seu encanto.
Depois de Lima fomos à Reserva Natural de Paracas, com um passeio em barco vendo cormoranes, leões marinhos, pingüins, pelicanos... um documentário do Discovery Channel mas ao vivo. Ah, e me banhei no Oceano Pacífico, ainda que pouco tempo, que o água estava muito fria e tínhamos que nos ir:
A foto é dos leões marinhos nas ilhas Ballestas, tomada desde o barquinho no que demos o passeio. Nesta viagem, por certo, descobri minha nova vocação de fotógrafo da National Geographic. Inclusive estou pensando em apontar-me a um curso de fotografia.
Depois fomos a Nazca, e vimos as famosas linhas desde uma avioneta: nesta foto estou eu adiante da avioneta com a que demos o passeio (agora já conhecem meu aspecto):
Começamos muito ufanos, pensando que íamos fazer piruetas no ar, mas ao final tínhamos uma tontura horrível e só queríamos pisar terra firme outra vez. Isso sim, minhas fotos das linhas ficaram excelentes; aqui têm uma:
Já pela tarde fomos a um deserto que há perto, com umas dunas enormes de areia, a ver umas ruínas que há ali (Cahuachi, antiga capital da cultura Nazca, que está mal estudada porque não têm nem um cêntimo para escavações, mas se se estuda e explode bem poderia afundar à Riviera Maya); depois fomos passear em boogie pelas dunas: aqui estamos todos com o boggie “estacionado” no alto de uma duna:
Depois fizemos "sand-boarding", que é ir tombados numa tabela tipo snowboard baixando pelas dunas, como em trenó. Foi muito divertido: sobretudo minha saída de pista numa duna, que me desviei e me fui pelo lado equivocado; tive que fazer uma freada de emergência (fincando os pés na areia) e ao final caí rodando pela areia entre os risos dos cornudos de meus colegas. Ao final do dia tínhamos areia até nas orelhas e se me estragou minha amada câmara, porque lhe entrou areia no objetivo, ainda que pela noite a limpei e consegui que voltasse a funcionar perfeitamente.
A seguinte etapa foi Arequipa, uma cidade monumental do Sul do Peru, um lugar muito turístico e muito bonito ao pé de um vulcão dos Andes. E de ali ao Vale do Colca, já nos Andes, o coração da cultura quechua, onde pudemos ver cóndores, lamas, alpacas e outros animais andinos. Aqui temos a uma vicunha (um parente selvagem da lama) que se nos acercou durante nosso passeio pela reserva natural do Colca:
Nesta etapa da viagem começamos a subir às montanhas: passamos pelo alto de Patapampa, a quase 5000 metros de altitude, o ponto mais alto da zona. Ali paravam todos os autocarros de turistas a fazer-se fotos, e isso fizemos nós: aqui estamos com umas lamas e um paisano quechua que se ganhava uns soles (a moeda peruana) fazendo-se fotos com os turistas. Eu sou o 4º pela direita:
No Colca nos movemos por zonas a uns 4000 metros, e ali passei um par de dias sofrendo enxaquecas (parecia que me ia estourar o crânio) pelo mal de altura, o “soroche”. Para adaptar-nos mascamos folhas de coca, tomamos chá de folha de coca, e comemos caramelos toffee de coca e até bolachas com folha de coca. As folhas de coca se parecem às do loureiro, cheiram bastante mal e têm um sabor bem mais asqueroso, assim que não peguei no vício: as masquei duas vezes para o mal de altura e tomei três chás (com 4 colheradas de açúcar cada vez para poder engulí-las), mas adaptei-me aos dois días e deixei de precisá-las (felizmente, porque não sê que era pior, se o soroche ou o sabor das folhas).
Estivemos numa vila muito típica chamada Chivay, e de ali fomos ao Olhador do Cóndor, onde milhares de turistas se reúnem pela manhã cedo para ver sair aos cóndores. Depois de muito esperar, quando já íamos marchar, os cóndores se dignaram a assomar-se. Aqui está a melhor foto que tomei deles:
Depois fomos a Cuzco, a antiga capital imperial inca. Estivemos duas noites, percorrendo os templos e fortalezas incas (inclusive fizemos um pouco de trekking percorrendo as fortalezas, uns 3 km, mas custa abaixo). Conhecemos a espetacular arquitetura anti sísmica dos incas: por exemplo, a conhecida “pedra dos doze ângulos”, uma atracção famosa de Cuzco. Durante um par de segundos conseguimos que não houvesse ninguém diante e sacar-nos fotos:
E aqui estou posando ante o Korikancha, o antigo templo do Sol de Cuzco, sobre o que depois se construiu um convento. Apesar da capa de chuva que levo (choveu esse dia), tenho uma pose ideal para um retrato oficial como Presidente da República de Athaulphia:
O seguinte passo foi percorrer o Vale Sagrado dos Incas (cerca de Cuzco), para ir ao Machu Picchu, em comboio. A visita, que nos ocupou um dia inteiro, foi espetacular. Aqui vai minha grande foto no Machu Picchu, a foto estrela da viagem:
Sim, o Machu Picchu é muito bonito, mas muito esgotante: subimos caminhando pela escada inca (uns 600 m de desnível) às 4 da manhã, caiu-nos chuva em cima, acabamos empapados e tiritando (às 9), depois saiu o sol e nos asamos vivos lá acima, e por empenho de meus colegas, que são muito aficionados a subir montes como cabras, subimos ao Huayna Picchu (também caminhando), que é a montanha mais alta que está detrás, no meio (estivemos um momento longo descansando numa casinha que se vê lá na cima). Eu acabei quase botando os fígados, mas de qualquer jeito recomendo o Machu Picchu, que por algo é uma das 7 novas Maravilhas do Mundo (o que não recomendo é ir no plano que fomos nós, tudo caminhando). Depois percorremos os recintos: como íamos bem equipados de planos e guias (em livro, quero dizer) não nos fez falta contratar um guia (humano). Mesmo assim estivemos escutando disimuladamente um pouco aos guias dos grupos organizados que passavam a nosso lado, acercando a orelha aos grupos que falavam espanhol. Ademais, eu escutava também ao guia de um grupo brasileiro e traduzia a meus colegas.
Depois do Machu Picchu nos fomos a Puno, nas orlas do lago Titicaca. Ali fizemos uma excursão em barca às ilhas flutuantes dos Uros. Demos um passeio numa barca de totora e provamos nossa escassa habilidade para remar. Os gajos da foto são colegas meus; a garota é uma alemã de 19 anos que conhecemos ali, que viajava só, que estava mesmo boa e que se veio conosco um par de dias:
Depois de Puno cruzamos a fronteira, a Bolívia. Visitamos a Ilha do Sol, que está no meio do lago. Esse dia, um dia de mediados de Novembro, em Espanha havia chuva e frio. Nós, enquanto, estávamos na praia, tomado o sol com um calor genial (ainda que a água do lago estava geada, assim que não me banhei). Eu não saio na foto porque sou o que a está fazendo, obviamente:
Bem, acho que ouvi que queriam ver fotos de minha viagem a América do Sul, não é? Aqui lhes trago uma seleção de grandes momentos, espero que lhes agradem.
O primeiro dia fizemos escala em Guayaquil, Equador, assim que aproveitamos (tínhamos 12 horas) para fazer uma visita à cidade. Nesta foto se vê um passeio muito turístico que sobe a uma colina olhador, com um farol, desde o que se vê tudo Guayaquil e sua baía:
Têm-no muito bonito, muito limpo e muito seguro, mas se te sais do caminho e te metes por uma das ruas laterais, entras literalmente no Terceiro Mundo, autênticas favelas. Isso nos desagradou um pouco: aquele bonito passeio, o olhador e o demais não são mais do que um decorado.
Isto é a Praça Maior de Lima, em Peru, frente ao Palácio Presidencial, onde vimos a mudança de guarda. É o centro da zona turística e está repleta de polícias. De fato, tanto em Peru como em Bolívia têm um corpo de polícia dedicado especificamente a proteger aos turistas. Um dia ensolarado vendo museus, igrejas e pitorescos mercados e ruas. Mas melhor não se sair da zona turística, porque podes meter-te em lugares muito “feios”:
Lima é uma cidade caótica, com um tráfico disparatado (não há semáforos para os pedestres, há que olhar os dos carros, e têm o costume de ir apitando continuamente todos os carros, sem importar o lugar, o motivo e a hora), mas depois de tudo tem seu encanto.
Depois de Lima fomos à Reserva Natural de Paracas, com um passeio em barco vendo cormoranes, leões marinhos, pingüins, pelicanos... um documentário do Discovery Channel mas ao vivo. Ah, e me banhei no Oceano Pacífico, ainda que pouco tempo, que o água estava muito fria e tínhamos que nos ir:
A foto é dos leões marinhos nas ilhas Ballestas, tomada desde o barquinho no que demos o passeio. Nesta viagem, por certo, descobri minha nova vocação de fotógrafo da National Geographic. Inclusive estou pensando em apontar-me a um curso de fotografia.
Depois fomos a Nazca, e vimos as famosas linhas desde uma avioneta: nesta foto estou eu adiante da avioneta com a que demos o passeio (agora já conhecem meu aspecto):
Começamos muito ufanos, pensando que íamos fazer piruetas no ar, mas ao final tínhamos uma tontura horrível e só queríamos pisar terra firme outra vez. Isso sim, minhas fotos das linhas ficaram excelentes; aqui têm uma:
Já pela tarde fomos a um deserto que há perto, com umas dunas enormes de areia, a ver umas ruínas que há ali (Cahuachi, antiga capital da cultura Nazca, que está mal estudada porque não têm nem um cêntimo para escavações, mas se se estuda e explode bem poderia afundar à Riviera Maya); depois fomos passear em boogie pelas dunas: aqui estamos todos com o boggie “estacionado” no alto de uma duna:
Depois fizemos "sand-boarding", que é ir tombados numa tabela tipo snowboard baixando pelas dunas, como em trenó. Foi muito divertido: sobretudo minha saída de pista numa duna, que me desviei e me fui pelo lado equivocado; tive que fazer uma freada de emergência (fincando os pés na areia) e ao final caí rodando pela areia entre os risos dos cornudos de meus colegas. Ao final do dia tínhamos areia até nas orelhas e se me estragou minha amada câmara, porque lhe entrou areia no objetivo, ainda que pela noite a limpei e consegui que voltasse a funcionar perfeitamente.
A seguinte etapa foi Arequipa, uma cidade monumental do Sul do Peru, um lugar muito turístico e muito bonito ao pé de um vulcão dos Andes. E de ali ao Vale do Colca, já nos Andes, o coração da cultura quechua, onde pudemos ver cóndores, lamas, alpacas e outros animais andinos. Aqui temos a uma vicunha (um parente selvagem da lama) que se nos acercou durante nosso passeio pela reserva natural do Colca:
Nesta etapa da viagem começamos a subir às montanhas: passamos pelo alto de Patapampa, a quase 5000 metros de altitude, o ponto mais alto da zona. Ali paravam todos os autocarros de turistas a fazer-se fotos, e isso fizemos nós: aqui estamos com umas lamas e um paisano quechua que se ganhava uns soles (a moeda peruana) fazendo-se fotos com os turistas. Eu sou o 4º pela direita:
No Colca nos movemos por zonas a uns 4000 metros, e ali passei um par de dias sofrendo enxaquecas (parecia que me ia estourar o crânio) pelo mal de altura, o “soroche”. Para adaptar-nos mascamos folhas de coca, tomamos chá de folha de coca, e comemos caramelos toffee de coca e até bolachas com folha de coca. As folhas de coca se parecem às do loureiro, cheiram bastante mal e têm um sabor bem mais asqueroso, assim que não peguei no vício: as masquei duas vezes para o mal de altura e tomei três chás (com 4 colheradas de açúcar cada vez para poder engulí-las), mas adaptei-me aos dois días e deixei de precisá-las (felizmente, porque não sê que era pior, se o soroche ou o sabor das folhas).
Estivemos numa vila muito típica chamada Chivay, e de ali fomos ao Olhador do Cóndor, onde milhares de turistas se reúnem pela manhã cedo para ver sair aos cóndores. Depois de muito esperar, quando já íamos marchar, os cóndores se dignaram a assomar-se. Aqui está a melhor foto que tomei deles:
Depois fomos a Cuzco, a antiga capital imperial inca. Estivemos duas noites, percorrendo os templos e fortalezas incas (inclusive fizemos um pouco de trekking percorrendo as fortalezas, uns 3 km, mas custa abaixo). Conhecemos a espetacular arquitetura anti sísmica dos incas: por exemplo, a conhecida “pedra dos doze ângulos”, uma atracção famosa de Cuzco. Durante um par de segundos conseguimos que não houvesse ninguém diante e sacar-nos fotos:
E aqui estou posando ante o Korikancha, o antigo templo do Sol de Cuzco, sobre o que depois se construiu um convento. Apesar da capa de chuva que levo (choveu esse dia), tenho uma pose ideal para um retrato oficial como Presidente da República de Athaulphia:
O seguinte passo foi percorrer o Vale Sagrado dos Incas (cerca de Cuzco), para ir ao Machu Picchu, em comboio. A visita, que nos ocupou um dia inteiro, foi espetacular. Aqui vai minha grande foto no Machu Picchu, a foto estrela da viagem:
Sim, o Machu Picchu é muito bonito, mas muito esgotante: subimos caminhando pela escada inca (uns 600 m de desnível) às 4 da manhã, caiu-nos chuva em cima, acabamos empapados e tiritando (às 9), depois saiu o sol e nos asamos vivos lá acima, e por empenho de meus colegas, que são muito aficionados a subir montes como cabras, subimos ao Huayna Picchu (também caminhando), que é a montanha mais alta que está detrás, no meio (estivemos um momento longo descansando numa casinha que se vê lá na cima). Eu acabei quase botando os fígados, mas de qualquer jeito recomendo o Machu Picchu, que por algo é uma das 7 novas Maravilhas do Mundo (o que não recomendo é ir no plano que fomos nós, tudo caminhando). Depois percorremos os recintos: como íamos bem equipados de planos e guias (em livro, quero dizer) não nos fez falta contratar um guia (humano). Mesmo assim estivemos escutando disimuladamente um pouco aos guias dos grupos organizados que passavam a nosso lado, acercando a orelha aos grupos que falavam espanhol. Ademais, eu escutava também ao guia de um grupo brasileiro e traduzia a meus colegas.
Depois do Machu Picchu nos fomos a Puno, nas orlas do lago Titicaca. Ali fizemos uma excursão em barca às ilhas flutuantes dos Uros. Demos um passeio numa barca de totora e provamos nossa escassa habilidade para remar. Os gajos da foto são colegas meus; a garota é uma alemã de 19 anos que conhecemos ali, que viajava só, que estava mesmo boa e que se veio conosco um par de dias:
Depois de Puno cruzamos a fronteira, a Bolívia. Visitamos a Ilha do Sol, que está no meio do lago. Esse dia, um dia de mediados de Novembro, em Espanha havia chuva e frio. Nós, enquanto, estávamos na praia, tomado o sol com um calor genial (ainda que a água do lago estava geada, assim que não me banhei). Eu não saio na foto porque sou o que a está fazendo, obviamente:
Última edição por Athaulphia em Sex Jan 23, 2009 12:20 pm, editado 1 vez(es)
Re: Já regressei!
AS FOTOS (2)
Do Titicaca fomos a La Paz, cidade caótica ao extremo, mais desordenada e com um tráfico mais infernal que Lima, que já é moito. Ruído, fumaça, apitos de claxon, multidões... o tráfico consiste, basicamente, numa fila contínua de ônibus escolares yankees de segunda mão ou furgonetas cheias de cartazes de cores, cheias de gente até o teto e com um copiloto voceando pela janela o percurso: "VíaFátimaAvenidaBuschEstadioMirafloresPlazaMayor!!". É para vê-lo. A foto é uma vista do centro da cidade, que tomei desde a torre de uma igreja que visitamos:
Cerca de nossa pensão estava o Mercado das Bruxas, um lugar realmente pitoresco onde podes comprar plantas medicinais, ervas alucinógenas, fetos de lama e peles de serpente para fazer conjuros (quem não precisou alguma vez um pouco de isso?), amuletos da sorte e do amor e poções para aumentar a potência sexual, ou isso dizem. Meus colegas e eu aproveitamos para comprar-nos um lote de talismãs para conseguir namorada, sem resultado até agora (claro que por 0,25 € escassos que custavam, também não podemos esperar grandes coisas):
Desde La Paz fizemos várias excursões a lugares próximos de interesse: um foi o Monte Chacaltaya, de 5500 m. É a estação de esquí mais alta e mais próxima ao equador do mundo, ou isso dizem, e o ponto mais alto da viagem. Para chegar até ali fomos numa furgoneta por uma carreteira cheia de abaixamentos, pedras soltas e uns abismos ao lado que realmente nos aterrorizaram. Aqui comprovei que já estava adaptado à altura: um colega me ofereceu umas folhas de coca para mascar, enquanto subíamos; olhei-as, lembrei seu repugnante sabor e o contestei: "Prefiro o soroche". Mas ao final não precisei nada. Na foto estamos na cume, o ponto mais alto da viagem (eu sou o de abaixo á esquerda):
Ao dia seguinte fizemos uma visita às ruínas de Tiwanaku (ou Tiahuanaco), perto de La Paz: é uma famosa cidade perdida de uma civilização anterior aos incas, e é possivelmente o lugar histórico mais importante de Sudamérica, em dura concorrência com Machu Picchu. Para mim era a viita mais importante que tínhamos que fazer em Bolívia. Aqui saio eu ante a famosa Porta do Sol (de Tiwanaku, claro), com um turista que se me meteu por detrás (a ver se o elimino com o Photoshop):
Depois de Tiwanaku passamos a Sucre, onde coincidiu que era feriado e praticamente não vimos nada destacável. Ou sim: uma manifestação de protesto contra o governo. E ali não atiravam cocktails molotov, isso para as meninas: ali atiravam cartuchos de dinamite.
Depois fomos a Potosí, onde visitamos as minas do Cerro Rico, de onde saiu a famosa prata de América que os espanhóis esquilmamos de América para o gastar em coisas tão úteis e produtivas como as guerras em Flandes e os Autos de Fé. Na foto estamos no fundo da mina, no que chamavam a "zona 80" (o 80 devia referir-se à temperatura, porque aquilo era o inferno, do calor). Aqui se nos vê um pouquinho menos sorridentes e iludidos do que antes de entrar, e descobrimos o que é um lugar de trabalho duro, no duro, no duro para valer (os mineiros de Espanha são uns maricas ao lado dos bolivianos). Eu sou o da esquerda em primeiro plano (por se algum se perdeu), e como se vê minha cara era um poema:
Depois de Potosí, depois de uma infernal viagem de 7 horas de abaixamentos pelas magníficas carreteiras de Bolívia, chegamos a Uyuni, onde começamos um tour de 3 dias pelo deserto de sal e as lagoas do Planalto. Aqui está uma foto onde estamos fazendo o palhaço no Salar de Uyuni, uma imensa planície de sal de uns 10.000 km2. A paisagem de planície branca, sem nenhuma referência, e a clareza do ar permitem jogar a fazer perspectivas engraçadas, como esta:
Nesta excursão pude praticar minha nova vocação de fotógrafo da National Geographic: na seguinte foto sai um flamingo ao que consegui fotografar em plena aterrissagem, nos charcos das orlas do salar:
A seguinte foto está tomada no deserto do planalto, o seguinte lugar que percorremos depois de cruzar o salar: é a Árvore de Pedra, uma formação erosiva do deserto, formada pelo vento que arrasta areia contra as rochas. E ainda que seja um deserto, fazia um vento gelado de morrer:
Ainda que esse vento gelado não era nada comparado com o furacão que soprava na Lagoa Colorada, uma das mais vistosas do Planalto, onde fizemos noite, num refúgio que deixa às favelas de Río à altura do Ritz ou do Palace Hotel. A lagoa, uma preciosidade, com as águas tingidas de vermelho por não sê que mineral dissolvido que têm, e uma grande colônia de flamingos. Mas a noite que passamos... (ademais, ao dia seguinte tocava levantar-se às 4 da manhã para seguir a excursão):
E antes de passar a Chile, a foto final de nossa estadia em Bolívia, junto à Lagoa Verde, cerca da fronteira. Eu sou o da extrema direita (extrema esquerda desde meu ponto de vista):
As seguintes fotos já são em Chile. Depois de entrar desde Bolívia fomos a San Pedro de Atacama, um destino muito interessante com um montão de coisas que ver e fazer e repleto de viagantes, turistas e hippies de passagem. Nesta foto está um colega banhando-se nas termas do Tatio, zona de géiseres próxima (100 quilômetros de nada). Deviam ser as 9 da manhã e o ar estava a pouco mais de 5 graus, atirando alto. Mas nos banhamos igual (de fato, saquei-lhe esta foto ao colega e a seguir me meti eu):
Agora vêm algumas fotos estilo National Geographic que fiz nos arredores de San Pedro. Esta é de um ema, o primo americano do avestruz. Fi-la com o zoom a topo e ao longe, enquanto escapava correndo (a toda velocidade, por certo). Não ficou mal:
Tivemos ocasião de ver, numa pequena aldeia de Atacama, como tosquiavam as lamas:
A seguinte foto é uma vista das paisagens do deserto de Atacama, cerca de San Pedro (o povo, realmente, é um oásis). Fizemos uma excursão em bicicleta para meter-nos em grutas, subir as dunas e engulir areia:
Depois de queimar-nos no deserto e botar os fígados com as bicicletas para aqui e para lá, fomos relaxar-nos a um lugar chamado Puritama, com umas maravilhosas piscinas de água termal, numa espécie de vale-oásis a 30 km de San Pedro. Esse mesmo dia estava declarada alerta por temporal de frio e neve em 14 províncias espanholas, parece-me (hehehe):
Ao dia seguinte fomos a Calama para pegar um vôo a Santiago e de ali a Valparaíso. E finalmente uma dos últimos dias: depois de várias semanas de planalto a 4000 metros de altitude, e um pouco fartos de montanhas, desertos e montanhas desérticas, por fim chegamos ao mar em Valparaíso, para relaxar-nos como está mandado. Aqui estamos (bem, estão meus colegas, porque eu estou fazendo a foto) tomando o sol na praia de Vinha do Mar (ao lado mesmo de Valparaíso), longe de excursões frenéticas, visitas com pressas, longas e esgotantes caminhadas custa acima e restantes agobios (precisávamos tomar-nos umas férias das férias):
Depois fomos a Santiago, cidade que vimos num par de dias, e depois volta a casa. A viagem foi espetacular e não tive nenhum problema (e a comida, sobretudo a do Peru, pareceu-me muito boa: comemos alpaca e cuy - que é o que aqui chamamos "porquinho-da-índia"). Ainda que foi muito cansado, porque as viagens em ônibus eram bastante longos e pesados. Ademais viajamos por terra, mar e ar, em autocarro, táxi, comboio, avioneta... e perdemos a conta dos quilômetros que percorremos.
Em fim, espero que lhes tenha agradado a reportagem. A partir de aqui abro a ronda de comentários e perguntas que queiram fazer-me.
Do Titicaca fomos a La Paz, cidade caótica ao extremo, mais desordenada e com um tráfico mais infernal que Lima, que já é moito. Ruído, fumaça, apitos de claxon, multidões... o tráfico consiste, basicamente, numa fila contínua de ônibus escolares yankees de segunda mão ou furgonetas cheias de cartazes de cores, cheias de gente até o teto e com um copiloto voceando pela janela o percurso: "VíaFátimaAvenidaBuschEstadioMirafloresPlazaMayor!!". É para vê-lo. A foto é uma vista do centro da cidade, que tomei desde a torre de uma igreja que visitamos:
Cerca de nossa pensão estava o Mercado das Bruxas, um lugar realmente pitoresco onde podes comprar plantas medicinais, ervas alucinógenas, fetos de lama e peles de serpente para fazer conjuros (quem não precisou alguma vez um pouco de isso?), amuletos da sorte e do amor e poções para aumentar a potência sexual, ou isso dizem. Meus colegas e eu aproveitamos para comprar-nos um lote de talismãs para conseguir namorada, sem resultado até agora (claro que por 0,25 € escassos que custavam, também não podemos esperar grandes coisas):
Desde La Paz fizemos várias excursões a lugares próximos de interesse: um foi o Monte Chacaltaya, de 5500 m. É a estação de esquí mais alta e mais próxima ao equador do mundo, ou isso dizem, e o ponto mais alto da viagem. Para chegar até ali fomos numa furgoneta por uma carreteira cheia de abaixamentos, pedras soltas e uns abismos ao lado que realmente nos aterrorizaram. Aqui comprovei que já estava adaptado à altura: um colega me ofereceu umas folhas de coca para mascar, enquanto subíamos; olhei-as, lembrei seu repugnante sabor e o contestei: "Prefiro o soroche". Mas ao final não precisei nada. Na foto estamos na cume, o ponto mais alto da viagem (eu sou o de abaixo á esquerda):
Ao dia seguinte fizemos uma visita às ruínas de Tiwanaku (ou Tiahuanaco), perto de La Paz: é uma famosa cidade perdida de uma civilização anterior aos incas, e é possivelmente o lugar histórico mais importante de Sudamérica, em dura concorrência com Machu Picchu. Para mim era a viita mais importante que tínhamos que fazer em Bolívia. Aqui saio eu ante a famosa Porta do Sol (de Tiwanaku, claro), com um turista que se me meteu por detrás (a ver se o elimino com o Photoshop):
Depois de Tiwanaku passamos a Sucre, onde coincidiu que era feriado e praticamente não vimos nada destacável. Ou sim: uma manifestação de protesto contra o governo. E ali não atiravam cocktails molotov, isso para as meninas: ali atiravam cartuchos de dinamite.
Depois fomos a Potosí, onde visitamos as minas do Cerro Rico, de onde saiu a famosa prata de América que os espanhóis esquilmamos de América para o gastar em coisas tão úteis e produtivas como as guerras em Flandes e os Autos de Fé. Na foto estamos no fundo da mina, no que chamavam a "zona 80" (o 80 devia referir-se à temperatura, porque aquilo era o inferno, do calor). Aqui se nos vê um pouquinho menos sorridentes e iludidos do que antes de entrar, e descobrimos o que é um lugar de trabalho duro, no duro, no duro para valer (os mineiros de Espanha são uns maricas ao lado dos bolivianos). Eu sou o da esquerda em primeiro plano (por se algum se perdeu), e como se vê minha cara era um poema:
Depois de Potosí, depois de uma infernal viagem de 7 horas de abaixamentos pelas magníficas carreteiras de Bolívia, chegamos a Uyuni, onde começamos um tour de 3 dias pelo deserto de sal e as lagoas do Planalto. Aqui está uma foto onde estamos fazendo o palhaço no Salar de Uyuni, uma imensa planície de sal de uns 10.000 km2. A paisagem de planície branca, sem nenhuma referência, e a clareza do ar permitem jogar a fazer perspectivas engraçadas, como esta:
Nesta excursão pude praticar minha nova vocação de fotógrafo da National Geographic: na seguinte foto sai um flamingo ao que consegui fotografar em plena aterrissagem, nos charcos das orlas do salar:
A seguinte foto está tomada no deserto do planalto, o seguinte lugar que percorremos depois de cruzar o salar: é a Árvore de Pedra, uma formação erosiva do deserto, formada pelo vento que arrasta areia contra as rochas. E ainda que seja um deserto, fazia um vento gelado de morrer:
Ainda que esse vento gelado não era nada comparado com o furacão que soprava na Lagoa Colorada, uma das mais vistosas do Planalto, onde fizemos noite, num refúgio que deixa às favelas de Río à altura do Ritz ou do Palace Hotel. A lagoa, uma preciosidade, com as águas tingidas de vermelho por não sê que mineral dissolvido que têm, e uma grande colônia de flamingos. Mas a noite que passamos... (ademais, ao dia seguinte tocava levantar-se às 4 da manhã para seguir a excursão):
E antes de passar a Chile, a foto final de nossa estadia em Bolívia, junto à Lagoa Verde, cerca da fronteira. Eu sou o da extrema direita (extrema esquerda desde meu ponto de vista):
As seguintes fotos já são em Chile. Depois de entrar desde Bolívia fomos a San Pedro de Atacama, um destino muito interessante com um montão de coisas que ver e fazer e repleto de viagantes, turistas e hippies de passagem. Nesta foto está um colega banhando-se nas termas do Tatio, zona de géiseres próxima (100 quilômetros de nada). Deviam ser as 9 da manhã e o ar estava a pouco mais de 5 graus, atirando alto. Mas nos banhamos igual (de fato, saquei-lhe esta foto ao colega e a seguir me meti eu):
Agora vêm algumas fotos estilo National Geographic que fiz nos arredores de San Pedro. Esta é de um ema, o primo americano do avestruz. Fi-la com o zoom a topo e ao longe, enquanto escapava correndo (a toda velocidade, por certo). Não ficou mal:
Tivemos ocasião de ver, numa pequena aldeia de Atacama, como tosquiavam as lamas:
A seguinte foto é uma vista das paisagens do deserto de Atacama, cerca de San Pedro (o povo, realmente, é um oásis). Fizemos uma excursão em bicicleta para meter-nos em grutas, subir as dunas e engulir areia:
Depois de queimar-nos no deserto e botar os fígados com as bicicletas para aqui e para lá, fomos relaxar-nos a um lugar chamado Puritama, com umas maravilhosas piscinas de água termal, numa espécie de vale-oásis a 30 km de San Pedro. Esse mesmo dia estava declarada alerta por temporal de frio e neve em 14 províncias espanholas, parece-me (hehehe):
Ao dia seguinte fomos a Calama para pegar um vôo a Santiago e de ali a Valparaíso. E finalmente uma dos últimos dias: depois de várias semanas de planalto a 4000 metros de altitude, e um pouco fartos de montanhas, desertos e montanhas desérticas, por fim chegamos ao mar em Valparaíso, para relaxar-nos como está mandado. Aqui estamos (bem, estão meus colegas, porque eu estou fazendo a foto) tomando o sol na praia de Vinha do Mar (ao lado mesmo de Valparaíso), longe de excursões frenéticas, visitas com pressas, longas e esgotantes caminhadas custa acima e restantes agobios (precisávamos tomar-nos umas férias das férias):
Depois fomos a Santiago, cidade que vimos num par de dias, e depois volta a casa. A viagem foi espetacular e não tive nenhum problema (e a comida, sobretudo a do Peru, pareceu-me muito boa: comemos alpaca e cuy - que é o que aqui chamamos "porquinho-da-índia"). Ainda que foi muito cansado, porque as viagens em ônibus eram bastante longos e pesados. Ademais viajamos por terra, mar e ar, em autocarro, táxi, comboio, avioneta... e perdemos a conta dos quilômetros que percorremos.
Em fim, espero que lhes tenha agradado a reportagem. A partir de aqui abro a ronda de comentários e perguntas que queiram fazer-me.
Re: Já regressei!
Epa excelente mesmo! De certeza que é daquelas viagens para um gajo se lembrar para o resto da vida. Estou com um inveja tua que nem imaginas... Já agora, os guias souberam-te dizer qual é a razão para terem feito as Linhas de Nazca? A ideia que eu tenho é que ainda se está por descobrir as razões.
Re: Já regressei!
nem sei o que dizer! está divino!
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Re: Já regressei!
Espectáculo, é uma viagem invejável
Vou ser chamado de louco não vou?
Eu acho (e não estou a gozar) que podem muito bem ter sido extraterrestres, senão é uma espécie de monumento, a quê é que não sei(pode ser aos extraterrestres)os guias souberam-te dizer qual é a razão para terem feito as Linhas de Nazca? A ideia que eu tenho é que ainda se está por descobrir as razões.
Vou ser chamado de louco não vou?
Re: Já regressei!
Os guias que nos falaram das Linhas de Nazca (em Nazca e no Museu Arqueológico de Lima) disseram-nos que o que eles consideravam mais provável é que fossem mensagens hieroglíficos dirigidos aos deuses, para que os lessem desde o céu. Foram feitas, ao que parece, numa época muito crítica, de seca e fome, na que os nazcas, desesperados, tratariam de fazer chegar sua mensagem de ajuda aos deuses por todos os meios possíveis.
Ademais, comprei-me um livro sobre os antigos reinos do Peru, que expunha uma teoria que eu, pessoalmente, considero mais verossímil. Segundo o livro, o erro dos estudiosos foi, até agora, dar por seguro que as linhas foram feitas para ser vistas desde acima. O livro diz que realmente as linhas são caminhos (de fato é o que parecem, vistas ao nível do solo) para realizar procissões: fazendo esses desenhos se faria uma espécie de "dança mágica", com a que os sacerdotes traçariam as figuras mágicas durante o baile ou procissão. As linhas (caminhos) seriam uma guia para realizar as danças ou procissões.
Um dado interessante que apóia essa teoria é que praticamente todos os desenhos estão feitos de um só traço, com um início e um fim (observem a "árvore" de minha foto e verão que efetivamente, perto da "base" da árvore, há um ponto de início e outro de final, e o desenho não faz um "circuito fechado"), e estão em terreno plano (só recordo uma figura com vários traços, formando olhos, num lado de uma colina). Depois de ler essa teoria me inclino por ela.
Ademais, comprei-me um livro sobre os antigos reinos do Peru, que expunha uma teoria que eu, pessoalmente, considero mais verossímil. Segundo o livro, o erro dos estudiosos foi, até agora, dar por seguro que as linhas foram feitas para ser vistas desde acima. O livro diz que realmente as linhas são caminhos (de fato é o que parecem, vistas ao nível do solo) para realizar procissões: fazendo esses desenhos se faria uma espécie de "dança mágica", com a que os sacerdotes traçariam as figuras mágicas durante o baile ou procissão. As linhas (caminhos) seriam uma guia para realizar as danças ou procissões.
Um dado interessante que apóia essa teoria é que praticamente todos os desenhos estão feitos de um só traço, com um início e um fim (observem a "árvore" de minha foto e verão que efetivamente, perto da "base" da árvore, há um ponto de início e outro de final, e o desenho não faz um "circuito fechado"), e estão em terreno plano (só recordo uma figura com vários traços, formando olhos, num lado de uma colina). Depois de ler essa teoria me inclino por ela.
Re: Já regressei!
Como deves imaginar, esta não seria a minha viagem de sonho. Eu iria preferir uma à grécia-turkia-itália-alemana ( = Europa ) ou então sudeste asiático.
Uma coisa que também me cativa nas viagens, são as outras pessoas (digamos, a população nativa), as suas peculiaridades, os seus trajes, e os seus hábitos...
comparando-os com a Espanha, quais são as semelhanças, e quais são as diferenças entre os povos que visitastes?
Uma coisa que também me cativa nas viagens, são as outras pessoas (digamos, a população nativa), as suas peculiaridades, os seus trajes, e os seus hábitos...
comparando-os com a Espanha, quais são as semelhanças, e quais são as diferenças entre os povos que visitastes?
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Re: Já regressei!
falam espanhol!
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Re: Já regressei!
Scream_off escreveu:falam espanhol!
será que falam?
eu sei que os argentinos, falam argentino... ou pelo menos, escrevem em argentino.
vibra- Número de Mensagens : 3990
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Re: Já regressei!
Além dos acentos, que não eram especialmente fortes, entendemo-nos sempre em todo momento. Na zona dos Andes sim observamos que muitas pessoas falavam o espanhol de uma forma um pouco estranha, como se fosse sua segunda língua, porque os índios têm como língua materna o quechua.
Quanto a outras peculiaridades dos nativos, em Chile, por exemplo, não notava nenhuma diferença com os espanhóis. No Norte havia gente de um tipo menos europeu, mais índio, mas a diferença não ia além do aspecto físico.
Em Bolívia e a região andina de Peru (sobretudo em Bolívia) a gente vestia à maneira típica (já sabem, as mulheres com saias amplas, longas tranças e chapéus de fungo). Não era como em outros lugares, onde os habitantes locais se "disfarçam" com vestidos tradicionais para atrair aos turistas (quando é assim, nota-se).
Um aspecto desagradável que notamos (em Peru e Bolívia) era que os habitantes locais procuravam sacar-te todos os quartos possíveis, cobrando por tudo, e pedindo sempre preços altos (há uma coisa que se me dá muito mal e não suporto, que é ter que pechinchar: ali tinhas que negociar até o preço de uma lata de Coca-cola).
Quanto a outras peculiaridades dos nativos, em Chile, por exemplo, não notava nenhuma diferença com os espanhóis. No Norte havia gente de um tipo menos europeu, mais índio, mas a diferença não ia além do aspecto físico.
Em Bolívia e a região andina de Peru (sobretudo em Bolívia) a gente vestia à maneira típica (já sabem, as mulheres com saias amplas, longas tranças e chapéus de fungo). Não era como em outros lugares, onde os habitantes locais se "disfarçam" com vestidos tradicionais para atrair aos turistas (quando é assim, nota-se).
Um aspecto desagradável que notamos (em Peru e Bolívia) era que os habitantes locais procuravam sacar-te todos os quartos possíveis, cobrando por tudo, e pedindo sempre preços altos (há uma coisa que se me dá muito mal e não suporto, que é ter que pechinchar: ali tinhas que negociar até o preço de uma lata de Coca-cola).
Re: Já regressei!
Athaulphia escreveu:Um aspecto desagradável que notamos (em Peru e Bolívia) era que os habitantes locais procuravam sacar-te todos os quartos possíveis, cobrando por tudo, e pedindo sempre preços altos (há uma coisa que se me dá muito mal e não suporto, que é ter que pechinchar: ali tinhas que negociar até o preço de uma lata de Coca-cola).
isso tambem acontece no teu país. vai a loret del mar e vês.
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Re: Já regressei!
Que lindeza! Viagem espetacular... Mas que memorias deves de trazer daí! É daquelas coisas que realmente valem a pena fazer!
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Re: Já regressei!
Athaulphia, tenho aqui uns amigos que lhes mostrei as tuas fotos. Sem querer ser muito intrometido, +/- em quanto ficou as férias?
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Re: Já regressei!
Não foi nada barato, realmente, por sorte tínhamos dinheiro poupado (e já estávamos cobrando como funcionários em práticas ).
Os bilhetes de avião de ida e volta saíram por 851 €: ida com LAN Madri - Guayaquil - Lima, e volta Santiago de Chile - Madri, com Iberia. Fazendo contas com o dinheiro que levei, o que me trouxe e os extratos do banco, gastei aproximadamente 2.000 euros lá, contando-o tudo: alojamento, comida, souvenirs, viagens e atividades organizadas (barco em Ilhas Ballestas, vôo para ver as linhas e excursão em boogie em Nazca, excursão Val do Colca, excursão às Ilhas dos Uros, Ilha do Sol, Tiwanaku, minas de Potosí, Salar de Uyuni...), taxas de monumentos e museus (cobram a entrada a tudo), traslados (com dois vôos: La Paz - Sucre e Calama - Santiago de Chile)...
Total, eu me gastei uns 2.850 euros, por uma viagem do 3 de Novembro ao 10 de Dezembro, 37 dias.
Os bilhetes de avião de ida e volta saíram por 851 €: ida com LAN Madri - Guayaquil - Lima, e volta Santiago de Chile - Madri, com Iberia. Fazendo contas com o dinheiro que levei, o que me trouxe e os extratos do banco, gastei aproximadamente 2.000 euros lá, contando-o tudo: alojamento, comida, souvenirs, viagens e atividades organizadas (barco em Ilhas Ballestas, vôo para ver as linhas e excursão em boogie em Nazca, excursão Val do Colca, excursão às Ilhas dos Uros, Ilha do Sol, Tiwanaku, minas de Potosí, Salar de Uyuni...), taxas de monumentos e museus (cobram a entrada a tudo), traslados (com dois vôos: La Paz - Sucre e Calama - Santiago de Chile)...
Total, eu me gastei uns 2.850 euros, por uma viagem do 3 de Novembro ao 10 de Dezembro, 37 dias.
Re: Já regressei!
pah, pode parecer muito dinheiro, mas pelo que vi, cada centimo foi bem gasto
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Re: Já regressei!
Eu dava esse dinheiro por uma viagem dessas. É daquelas coisas que vais contar aos teu netos até eles se fartarem... lol
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