Timor: a Ilha Pacífica?

Em Dili, capital timorense, a vida continua como se nunca tivesse acontecido qualquer guerra. Os solodados triestinos saíram, vieram os starianos, agora saíram os starianos e a polícia tratava de manter a ordem, mas na vida das pessoas nada tinha mudado. Tecnicamente era uma zona desmilitarizada, mas na prática era provavelmente o território com a polícia mais bem armada do país, com imensos agentes recrutados directamente do Exército Vermelho. A proximidade com a Peterandia e a existência de alguns grupos separatistas fazia também com que o KGB estivesse sempre atento.

Num pequeno bar turistico, Andrei Ivanov, ex-membro do KGB infiltrado por um desses grupos separatistas, e actualmente gestor da empresa estatal de transportes navais, esperava por um convidado inesperado. Tinha-se sentado na esplanada, bem à vista de todos. Eram conhecidas as aventuras de Ivanov pelo mundo da corrupção timorense, por isso pensou que se fosse observado pelo KGB, eles pensariam que se tratava de mais uma dessas maquinações, e até deixariam passar a coisa sem perguntas.

Ivanov: Directo, gosto disso. Muito bem, o PCPT em Timor é completamente corrupto, e vive-se uma situação meio caótica na ilha. Eu oficialmente sou gestor da empresa estatal de transportes navais aqui em Timor, mas na realidade trabalho para um grupo separatista timorense. Se quisessemos avançar tomariamos conta da ilha em 2 ou 3 dias, mas claro que a reacção do PCPT continental seria impossível de conter, por isso precisamos de pôr a comunidade internacional do nosso lado antes de avançar, de forma a que esta impeça essa reacção. É aí que você entra.

Ivanov levantou-se e acenou a Norwill para que o acompanhasse.

Ivanov: Se tem máquinas fotográficas ou de filmar ou telemóvel deixo-os aqui. Eu consigo entrar em qualquer lugar da ilha, mas alguém com material de imagem é impossível.

Seguiram até um automóvel e preparavam-se para entrar quando foram abordados por um homem que sacou de um distintivo do KGB.

Agente: Camarada Ivanov, posso saber quem trás consigo.

Ivanov: Negócios, Serguei, negócios... depois falamos.

O agente afastou-se a olhar de lado para Norwill, com ar de mau.

Ivanov: Sempre que formos abordados, mantenha-se em silêncio, e caso se encontre sozinho, o que vamos evitar, não mostre documentos, diga-lhes que está com o Andrei "dos barcos". Em principio deixam-no em paz.

Entraram no carro e arrancaram. Ivanov guiou em silêncio, à espera que o peterandes perguntasse alguma coisa.

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Ivanov: A estrutura política e militar estão nas últimas em Timor. A revolução só não aconteceu porque sabemos que a reacção vinda do continente seria devastadora. Mas com a comunidade internacional a pressionar, tal seria possível. Não falo de Putin, porque esse idiota preferia afundar a ilha do que vê-la sair do seu controlo. Sabemos que só convencendo a URS a lidar com a situação poderemos tomar o controlo da ilha. Espero que saiba usar as informações que lhe estou a dar de forma correcta.

Entretanto chegaram a um pequeno porto. Saíram do carro e Ivanov levou o repórter até à entrada. Um militar armado interrompeu-os.

Soldado: Quem é esse, camarada Ivanov?

Ivanov: Se alguém perguntar diz que é um jornalista peterandes que veio aqui inspeccionar os segredos militares de Timor.

O soldado sorriu, pensando que Ivanov estava obviamente a brincar e que seria mais uma das suas incontáveis falcatruas que não eram grande segredo. Ivanov aproximou-se do soldado e colocou-lhe algumas notas na mão.

Ivanov: São assuntos do costume, camarada...

Soldado: Podem entrar. Já agora, o Piotr está no armazém 5. Parece que chegaram uns presentes do continente.

Os dois homens entraram no porto e avançaram até perto de um cargueiro.

Ivanov: Com a verdade me enganas, já dizia a minha avó. Espere aqui uns minutos, tenho só que falar com este Piotr. De confiança, está do nosso lado.

Ivanov afastou-se, acendeu um cigarro e desapareceu por trás de uma esquina.

Cerca de 10 minutos depois um carro entrou no porto e parou junto de Norwill. 2 agentes saíram do carro. Um deles apresentou um distintivo do KGB.

Agente: Trabalha no porto, camarada? Ouvimos dizer que havia pessoal não autorizado a andar por aí...

ooc: eu sei k n sou o gajo ideal para chamar a atenção de ninguém, mas kd puderes anda com isto porque vai tar ligado a outro rp

Já estava á espera de uma coisa assim, o KGB era uma chatice por estas terras, ainda eram mais chatos que a NSA Peterandesa, tinha já uns bons créditos Peterandeses e Rublos Triestinos para subornar os agentes, ele sabia que os comunas eram altamente curruptos.

-Ah, estou com o Andrei "dos barcos", viemos aqui para tratar de uns assuntos, coisas de rotina, nada com que se devam preocupar, assuntos lá do continente.

Norwill meteu as mãos nos bolsos e esperou pela resposta dos policias secretos, onde o maldito Ivanov?

Os agentes olharam uns para os outros.

Agente 1: E onde é que tá o Andrei?

Norwill apontou na direcção onde Ivanov tinha ido.

Agente 2: Eu vou procurá-lo.

A foi na mesma direcção, desaparecendo por trás da mesma esquina.

Agente 1: E de onde é que você é, camarada? Para andar aqui sozinho em zonas restritas...

-Sou de uma aldeola lá no continente, nunca ouviu falar dela de certeza, a aldeia safou-se dos misseis dos porcos capitalistas por pouco, uma sorte, sobrevivi a todo aquele embróglio, e cá estou.

Norwill estava cada vez mais certo que ia ser apanhado, conseguia mentir com uma cara séria, mas estava a esquivar-se, e aqueles gajos eram do famoso KGB, na sua mente começa a fazer planos, se se rendesse talvez o deixassem ir? não, isso era ridiculo, era alvejado alí mesmo, tentava subornar o agente? ou funcionava ou era logo apanhado, ou então, ou então era uma loucura, mas estava sozinho com o agente desprevenido, se saltasse para cima dele e lhe tirasse a arma.............Mas onde é que andava o maldito Ivanov??

O 2º agente regressa.

Agente 2: Ninguém viu o Andrei.

O agente que tinha ficado com Norwill faz um pequeno aceno de cabeça ao seu camarada, que se encontrava agora atrás do peterandês.

Agente 1: Vou precisar de ver o seu cartão de identificação camarada. Está armado?

Atrás de Norwill já o outro agente segurava uma arma automática, no entanto sem a apontar.



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No interior de um dos armazéns, Andrei Ivanov e Piotr Putkin discutiam.

Ivanov: Claro que foi uma boa ideia, é a altura ideal para pressionar Putin, ele anda a fazer este espectáculo de bom samaritano à comunidade internacional.

Putkin: Mas se a Peterandia se mete ao barulho vai tudo por água abaixo.

Ivanov: Ele só está aqui para documentar, se a Peterandia se meter será sempre clandestinamente, mas isso é outra história. Para já é preciso ter a imprensa estrangeira do nosso lado. A JLT está mais activa que nunca no oeste. Se nos atrasamos perdemos a revolução para eles.

Putkin: OK, ok... vai lá buscar o homem, quero falar com ele.

Ivanov sai para ir ter com Norwill.

Norwill tem noção que acabou de ser traido, filho da puta do Ivanov! era de certeza um esquema qualquer, tinha o outro palhaço por detrás, devia logo ter tirado a arma ao outro. Norwill decide arriscar com o suborno, os Triestianos eram pobres, umas massas davam sempre jeito, eles não deviam ser muito diferentes dos Peterandeses:

-Oiça camarada, acho que se está aqui a formar uma questão complicada, que nenhum de nós quer mesmo, vamos ser porreiros com isto tudo ok? não estou armado nem nada.

Tira discretamente uma quantia bastante vantajosa de rublos do bolso, todas as notas são do maior valor.

-Vamos poupar trabalho a toda a gente, acho que aqui o camarada Putin concorda comigo.

OCC: deduzo que seja o Putin nas notas.

Situação: Norwill

O agente olha para todos os lados com ar surpreendido, subornos eram normais, mas mantidos sempre em secretismo.

Agente: Você está doido camarada! Guarde lá isso!

O agente que estava atrás de Norwill aproxima-se dele e começa a empurrá-lo para o carro.

Agente 2: Vamos tratar disto na esquadra.

Norwill tentou dizer qualquer coisa mas mandaram-no calar e entraram no carro. Regressaram a Dili precisamente pela mesma estrada por o0nde Ivanov tinha trazido Norwill. Chegaram à esquadre e Norwill foi lançado para dentro de uma cela suja e sem janelas. A porta tinha apenas um pequeno rectangulo aberto junto ao chão. Tiraram-lhe todos os objectos que trazia consigo incluindo o relógio, os sapatos, e o cinto.

Norwill não podia dizer quantas horas passaram até que entrou um homem fardado, com aspecto de oficial na cela. Trouxeram-lhe uma cadeira e um bloco de notas. Dois guardas bateram em Norwill durante 2 ou 3 minutos enquanto o Superintendente Kalkunin se sentava confortavelmente. Depois os guardas pararam e permaneceram à porta. Norwill ficou caido no chão.

Kalkunin: Camrada, não se levante. Preciso do seu nome e que me diga o que estava a fazer no porto.


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Situação: Ivanov

Ivanov procurou por todo o porto até o guarda da entrada lhe ter dito que o KGB o tinha levado. Ivanov regressou para junto de Putkin.

Ivanov: Levaram o peterandes!

Putkin levantou-se furioso.

Putkin: Eu disse-te, seu inergumeno, se ele fala tamos fodidos.

Putkin pegou no telefone e marcou rapidamente um número.

Putkin: Igor, temos uma situação em Dili, convoca os camaradas da Cheka para hoje à noite.


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Samaev, costa oeste de Timor

Mikal Koncharski, um dos principais homens de campo da JLT (Junta de Libertação Timorense) aguardava numa pequena casa a chegada do seu convidado para essa noite, um enviado da URLC. Quando este chegou, ficaram sozinhos na sala, apenas com um homem à janela, a observar a rua.

Koncharski: Bem vindo a Timor camarada, assumo que saiba ao que vem.

ooc: ói?

ooc: ao ponto que chegamos, alguem deixou o triestin à espera

ooc: amanha prosseguirei

occ: Eu não tenho a vossa vida relaxada meus caros, acabou a faculdade, mas não estou de férias, se o pessoal quer comprar coisas, tem de fazer por isso, mas vou falar do que quero comprar noutro tópico.

Samaev, costa oeste de Timor

Jack Goldsworthy havia sido enviado pela agência de inteligência centrica - o Comité para a Protecção da Revolução - COPRE - para uma reunião com um homem do qual pouco sabia e uma organização libertária que havia nascido recentemente. Através de uns contactos nas ilhas desorganizadas e sem-lei da Indonésia, chegou à costa oeste de Timor, ilha triestina. Era para encontrar-se com um tal Koncharski, o líder libertário da zona.
Quando chegou ao local de encontro, saudou o seu camarada:

"Obrigado."

Senta-se

"Ora bem, sei precisamente a razão da minha visita. As sementes da liberdade precisam de ser plantadas aqui. Mas, naturalmente, preciso de uma pequena contextualização da sua parte."

Situação: Norwill

Kalkunin olhou surpreendido para Norwill. Com certeza ele não esperava que lhe fizessem a vontade.

Kalkunin: Isso não é possível camarada. Ouça, eu não vim para Dili para andar com estas merdas secretas. Se não me diz quem é e o que está a fazer em Timor vai recambiado para Moscovo com o rótulo de espião e depois amanha-se com o KGB a sério. Como é que vai ser?


Entretanto, a 30km de Dili, aglomerava-se a força de assalto da Cheka. Apesar de Ivanov querer continuar com o plano, Putkin havia recusado. Norwill era agora uma ameaça ao secretismo da revolução. O plano era assaltar a esquadra e matar Norwill, fazendo o ataque passar por um atentado vulgar. Assim ninguém suspeitaria da presença de Norwill.

No entanto Ivanov tinha outros planos. O seu objectivo era assegurar que caia nas boas graças dos peterandeses. A sua influência na zona e o seu poder havia aumentado com a entrada na ATE. Norwill era o seu bilhete para um futuro na liderança. Reuniu portanto uma equipa especial para manter Norwill vivo durante o atentado e esconder o facto de Putkin.

O assalto estava marcado para as 4 horas da manhã.



Samaev, costa oeste de Timor

Koncharski: Claro, claro! Em linhas gerais, temos condições sociais para uma revolução na parte ocidental da ilha (ooc: território da indonésia na vida real). A população não se identifica com Triestin e os abusos do governo de Moscovo são uma garantia de apoio popular. Julgamos que se nos mantivermos longe de Dili não teremos uma resposta séria por parte de Moscovo, isto se obviamente existir pressão da comunidade internacional nesse sentido. Putin só pode ser influenciado pela URS, e julgamos que eles tentarão apaziguar a situação se devidamente pressionados. No terreno temos células espalhadas por toda a zona ocidental, mas na maioria dos casos, particularmente no interior, estão mal equipados, principalmente a nível de veiculos. Em termos políticos a JLT baseia-se em principios anarco-sindicalistas e nas comunas cooperativas autónomas que existiam antes da invasão triestina. Tal como na URLC, defendemos um papel pouco interventivo do estado.

Koncharski pensou que já estivesse a divagar.

Koncharski: Se existir algo que queira saber em mais pormenor pode perguntar.

Goldsworthy pensou durante escassos segundos. Apesar do anarco-sindicalismo não ser exactamente aquilo que a URLC defendia, ele tinha de tomar esta oportunidade de eliminar o Comunismo Autoritário - o inimigo mais odiado do libertarianismo - de mais um sítio.

"Bem, acho que podemos chegar a um acordo no que toca à venda de veículos e de armas à JLT. Que tipo de veículos é que estão à procura?"

ooc: peter, é pra continuar ou a tua personagem pode virar casualty?

Triestin escreveu:ooc: peter, é pra continuar ou a tua personagem pode virar casualty?

ooc: isto continua ou pode ser fechado?

ooc: podes fechar, o peter foi um coninhas