Athaluphia-União Centro Americana

Numa casa nos suburbios da Ciduad di Oiro via-se um homem a entrar acompanhado por militares,Hernán,o secretário dos Negócios Estrangeiros iria-se emcontar com o embaixador athaluphico.Um pequeno homem sentado atrás duma secretário mostra um sorriso perante ao embaixador.

Hernán:Bem-vindo senhor!Sente-se.Iremos então ao que lhe tras por cá.

O embaixador vinha um pouco nervoso e com pressas, assim que evitou os formalismos: uma rápida saudação, sentar-se e abrir a pasta para lançar uma olhadela a seus papéis. Tossiu um pouco e começou a falar:

- Bem, senhor Hernán, agradeço-lhe que me tenha recebido. Venho hoje aqui como emissário informal de meu governo, talvez deveriam ter enviado a outro… oficialmente, por parte de Athaulphia, esta reunião não está tendo lugar, porque a discrição é fundamental nestes momentos.

Sentou um pouco melhor e prosseguiu:

- Venho aqui a falar com absoluta franqueza, assim que irei direto ao ponto, se o permite. Meu governo vê favoravelmente o processo de mudança iniciada em Centroamérica, mas esperamos mais. Em princípio, qualquer coisa que significasse botar ao tirano George V e cortar a penetração romana seria bem vista, e de fato há mais países que opinam o mesmo. No entanto, alguns desses países não se consideram satisfeitos com a mudança porque esperariam uma maior abertura democrática. Alguns não percebem a diferença entre George V e o Marechal Batista e por isso não lhes importaria ver cair ao senhor Presidente.

Adicionou uma pausa dramática e continuou:

- O Governo de Athaulphia considera que essa postura é um erro. Pensamos que fizeram vocês uns esforços louváveis, considerando de onde vinham. As primeiras reformas democráticas iniciadas por Batista podem ser vistas como escassas segundo os padrões de Athaulphia, Kalmar, Peterandia ou a URS, mas são um avanço substancial para um país que ontem era uma autocracia, como Angelcynn. Pouca democracia é melhor do que nenhuma. Também somos conscientes de que se enfrentam vocês a uma situação interna delicada e que não seria difícil que seu país fosse desestabilizado, desde dentro ou desde fora. Roma não vai ficar quieta depois de que vocês lhe tenham cortado as asas em América.

Athaulphia considera que nestes momentos só há duas opções viáveis e credíveis em seu país: o Marechal Batista ou a reação monárquica pró-romana. Alguns, nos países democráticos (me permitirá que não lhe diga quem, ainda que suponho que terá suas suspeitas ), estão na contra de Batista: consideram que não é melhor do que George V, que é outro ditador mais, e que é preferível que caia e seja substituído por algum movimento centroamericano abertamente democrata. Mas o certo é que se existe hoje em Centroamérica algum movimento abertamente democrata, contrário a Batista e aos romanos, ninguém ouviu falar deles. Não há ninguém melhor do que Batista nestes momentos para conduzir Centroamérica, ainda que não seja tudo o democrata que nos agradaria. Meu Governo considera que prescindir do Marechal, amplamente apoiado pela maioria do povo e do exército, para apoiar a algum desconhecido opositor sem respaldo social, seria um experimento imprudente. Tão imprudente que com toda segurança conduziria a seu país ao caos, facilitando que os romanos se apoderassem dele e pusessem outro rei marioneta, ou o que seria pior, uma guerra civil.

Outra pausa dramática.

- Em Athaulphia pensamos que é preferível que a liberdade e a democracia cheguem a Centroamérica sem derramamento de sangue, de maneira progressiva, sem golpes nem precipitações. Devo reconhecer que desconhecemos quais são exatamente as idéias particulares do Presidente Batista sobre a democracia e as liberdades, mas sim sabemos o que lhe convém em sua situação. Athaulphia está disposta a apoiar ao Presidente Batista se o Presidente Batista avança nas reformas democráticas, para uma república democrática e um estado de direito, talvez de estilo conservador, mas aceitável como democracia. Ao invés do que muitos propagandistas antidemocráticos propagam, a democracia e as liberdades não significam anarquía nem bolchevismo, e como sabe existem fortes governos conservadores nos regimes democráticos, como em Peterandia ou Vibra. Nem o senhor Batista nem ninguém de vocês deve temer à democracia, senão compreendê-la, e uma vez compreendida, entenderão que é o melhor dos sistemas.

Que lhe oferecemos? Athaulphia não tem um poderoso exército, mas podemos dar-lhes boa imagem e prestígio. Isto pode não significar muito, mas se temos em conta sua situação ante a comunidade internacional é uma coisa extremamente valiosa. Roma não duvidará em ir contra vocês para vingar-se e recuperar o controle sobre seu país, e nestes momentos o Presidente Batista não conta com apoios externos. Athaulphia dispõe de prestígio entre as nações democráticas, e estamos dispostos a exercer nossa influência diplomática para que as potências livres não permitam aos romanos apoderar-se de seu país. Em poucas palavras: avancem para a democracia, e Athaulphia falará bem de vocês ante Kalmar, a URS, Peterandia…

O embaixador baixou o tom e se acercou mais, como para dizer uma confidência:

- Mas para que isto funcione é imprescindível que vocês se esforcem por sua vez: é necessário que o Presidente continue de maneira inequívoca pelo caminho da abertura. Athaulphia está disposta a oferecer-lhes assessoramento, e pôr a sua disposição a nossos melhores juristas para ajudar-lhes a desenhar o novo regime, que poderá ser um estado democrático e livre plenamente aceitável, e ao mesmo tempo oferecer um marco cômodo ao Presidente Batista. Inclusive poderia dispor de uma presidência vitalícia, ao estilo das monarquias democráticas, como a Escócia peterandesa (antes das invasões romanas, claro), ou o que se está tentando pôr em marcha em Cruz de Cristo.

Em resumo, senhor Hernán, o palco que lhes oferecemos é o seguinte: uma Centroamérica em processo de transição à democracia, dirigido por um Batista conservador mas disposto à abertura, será bem vista pelas potências democráticas, que se preocuparão de protegê-la ante as ambições romanas. E se contam vocês com assessoramento athaúlphico, serão mais pontos a seu favor. Pelo contrário, a alternativa seria uma Centromérica dictatorial e isolada, que seria vista com indiferença pelas potências democráticas, as quais não moveriam um dedo por vocês se os romanos lhes invadissem. Demonstrem vocês que são diferentes à tirania de George V, e lhes ajudaremos a sair adiante. Que me diz?

Hernán:Marechal Batista dá um paço de cada vez,estaremos a caminhar em direcção a uma deomcracia lentamente,como o senhor disse uma mudança politica tão brusca causaria grande instabilidade na já tão frágil estabilidade politica e militar do pais,Batista já referiu que para ser aceitado é preciso de mudança face ao resto do mundo,tenho permissão para mostrar-lhe a agenda que o Conselho de Ministros com o consentimento do Presidente aprovou.Dentro de seis meses serão autorizadas greves,manifestações e outros direitos referentes á liberdade de expressão e imprensa,dentro de um anos e meio será abolida a politica do unico partido e serão autorizados partidos politicos,em consequencia disto será formado a Assembleia Nacional e o cargo de Primeiro Ministro será formado,com eleições livres,quanto ao abandono de Batista do cargo de Presidente espera-se que abandone dentro de três anos para eleições.

OOC: suponho que falamos de tempo IC, é dizer, 1 ano RP = 1 mes IRL. Assim seria em 2 semanas direitos civís, em 6 semanas partidos políticos e em 3 meses Batista vai-se. Estou no certo?

O embaixador ficou muito satisfeito com o que tinha ouvido, mais do que esperava :

- Isso é uma excelente notícia, porque vejo que estamos na mesma sintonia. Pensaram em anunciar seu plano publicamente ou preferem dosificar a informação? Porque esse plano pode causar uma impressão muito favorável em muitas chancelarias democráticas. E naturalmente Athaulphia está disposta a oferecer-lhes seu apoio diplomático e assessoramento jurídico, se vocês o aceitam.

OOC:parece-me bem.

Hernán:Visto termos o apoio de Athaulphia não vejo nenhum problema em mostrar a agenda publicamente,ainda não tinhamos posto publico pela reacçõs por parte de Roma que é adversa a qualquer forma de Democracia,mas agora com o apoio de um pais americano que está disposto a ajudar-nos na tranzição de regimes.Estes dados serão publicos assim que esta reunião acabar.

- De acordo, senhor Hernán. Aconselhamos-lhes que seu plano se faça público quanto antes: Roma já odeia a seu governo, seja democrático ou não, assim que com respeito aos romanos não têm nada que perder. Por outra parte, têm muito que ganhar: o reconhecimento e apoio de todas as nações amantes da liberdade e a democracia. E Athaulphia, a primeira.

O embaixador começou a recolher seus papéis, e sorrindo amplamente, despediu-se :

- Bem, senhor Hernán, creio que já cumpri com minha missão e lhe asseguro que me vou completamente satisfeito desta reunião, e meu governo também o estará.

OOC: nada mais que acrecentar, tudo pronto?

ooc: nada mais.

Hernán:Foi um prazer reunir-me consigo e com Athaulphia.

Hernán comprimenta o athaulphico e deixa o edificio pronto para apresentar a agenda de transição de regimes.