Ora mto boas tarde!

Então não tens dado pelo desmantelamento do Ensino Superior Público levado a cabo por este Governo...

Confere.

Corrijo: As maravilhas do Ensino Superior (privado).

curioso, pois também para mim a entrada no ensino superior... melhor, os anos no ensino superior marcaram o meu período de revelação economico-filosofico.

Para mim foi anterior, mas a parte política prática começou no ensino superior.

Comigo tem sido um percurso de altos e baixos, primeiro alinhei com a esquerda, depois com a direita, por fim lá comecei a ficar contente com o que temos, apesar de mau, acredito que o podemos melhorar.

O ensino superior não me moldou em nada, excepto em marcas de cerveja e conhecimento de jogos de pc, já tinha uma base de conhecimentos políticos desde o 8º graças a uma excelente prof. que tive, que nunca me ensinou muita politica na realidade, mas sim moderação, paciência e tolerância, obviamente virei democrata.

O capitalismo vêm da minha vontade deste criança de ser rico, nunca perdi essa vontade.

O ensino superior mostrou-me que vamos continuar a ser um país em que 90% da população são atrasados mentais.

Não podia concordar mais....................de facto não podia concordar mesmo mais, aquelas universidades não são locais de ensino, são antros de vadiagem, embora também me tenha rendido de vez em quando á boa vida.

Peterandia escreveu:Não podia concordar mais....................de facto não podia concordar mesmo mais, aquelas universidades não são locais de ensino, são antros de vadiagem, embora também me tenha rendido de vez em quando á boa vida.

antros de vadiagem.... hahaha... muito boa essa.

de facto assim é. Mas... como sempre, eu tenho estar do contra e discordar. A nossa geração é apenas mais... digamos, inocente.

Mas, fruto de uma educação mimada, a nossa geração está dotada de uma criatividade sem limites. E a necessidade, uma vez que estamos reduzidos à unidade (somos só no continente europeu e dois arquipélagos) e os fundos europeus estão para acabar, a competição entre alunos no ensino superior vai aumentar, até porque o mercado de trabalho para licenciados está a emagrecer muito rapidamente... vai levar a uma mudança radical da organização da máquina do estado e de parte das relações na sociedade.

O problema não é tanto a "vadiagem", eu gosto bastante de passar o final de tarde na esplanada de Letras a beber uns copos com amigos e colegas, como gosto de ir à noite com os mesmos a qualquer lado e no dia seguinte ir às aulas.

O problema é a Universidade actualmente servir apenas para entrares no mercado de trabalho, e mesmo esse trabalho faz mal. A Universidade deveria ser um local de discussão, debate, de ideias, de partilha de conhecimentos - sem renegar o facto de os conhecimentos servirem para o trabalho pós-universitário (embora muitas vezes o trabalho seja completamente diferente).

Isto é assim porque o poder assim o quer, assim necessita e assim tem.

E para terminar: o ambiente das "praxes académicas", esses rituais primitivos, ainda vai mais neste espírito. O estudante tem uma farda para mostrar que é estudante, vai para os copos e humilha os colegas. Nessa humilhação não há discussão nem há ideias - é um vazio.

Praxe é fixe pah! :p

Admin Error: Upsss... Erro meu Youri! Desculpa ter escrito sobre o teu post! Ainda estou pouco habituado ao posto de Administrador!

Concordo absolutamente, até porque debater alarga muito mais a originalidade e a capacidade de trabalho que marrar, e na minha opinião, pessoal que é original, criativo e trabalhador não em massa mas em qualidade é bem mais preciso para o mercado de trabalho.

Mas hoje debater politica e economia é algo raro numa faculdade, para que, existe o Benfica em que a culpa é sempre dos árbitros e os morangos com açúcar sem esquecer a Paris Hilton e outros da sua corja, we are doomed.
De facto, tentar discutir estas coisas no secundário era razão para se ser gozado, por isso o problema é grave quando se alastra ás faculdades, mas os 20 anos de hoje equivalem ao estado mental dos 15 anos.

Só podemos esperar que os 10% úteis nos levem a algum lado.

Quanto ás praxes: revelam bem o primitivismo dos tipos que as fazem.

Utopyah escreveu:O problema não é tanto a "vadiagem", eu gosto bastante de passar o final de tarde na esplanada de Letras a beber uns copos com amigos e colegas, como gosto de ir à noite com os mesmos a qualquer lado e no dia seguinte ir às aulas.

O problema é a Universidade actualmente servir apenas para entrares no mercado de trabalho, e mesmo esse trabalho faz mal. A Universidade deveria ser um local de discussão, debate, de ideias, de partilha de conhecimentos - sem renegar o facto de os conhecimentos servirem para o trabalho pós-universitário (embora muitas vezes o trabalho seja completamente diferente).

Isto é assim porque o poder assim o quer, assim necessita e assim tem.

E para terminar: o ambiente das "praxes académicas", esses rituais primitivos, ainda vai mais neste espírito. O estudante tem uma farda para mostrar que é estudante, vai para os copos e humilha os colegas. Nessa humilhação não há discussão nem há ideias - é um vazio.

Concordo com todo este post do utopyah.
Mas destaco aquela frase. É esse debate que eu encontro mais nas univerdades americanas/britânicas do que nas latinas... as universidades latinas parecem-me mais alinhadas à boa-vida... a formas de combates políticos como se de claques de futebol se tratassem...

Infelizmente é verdade. Em poucas semanas em Inglaterra discuti mais política/ciência/economia/religião que em 15 anos de ensino em Portugal.

Mas também se compreende, eles não têm o Apito Dourado, o Alberto João Jardim e a TVI...

Se queres dizer que o combate político são as Associações de Estudantes concordo completamente contigo. Além de serem rampas de lançamento nos vários partidos que as representam, nada fazem e nada mudam - além de umas festinhas pouco interessantes e de apoiar as praxes académicas.

Mas há combate político interessante e importante nas Universidades, mas pouco. Eu faço parte de dois grupos de intervenção, um geral e outro especifico na minha faculdade. Não temos interesses em chegar a qualquer cargo, nem nos candidatamos à AE. Queremos é iniciar discussões.

A malta não quer é discutir.

Meu caro Youri:

A Praxe serve para ajudar o recém-chegado a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. É através da Praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa.
Mas a Praxe Académica também ajuda o indivíduo a preparar-se para a futura vida profissional. Através das várias «missões impossíveis» que o praxado tem de desempenhar, este vai-se tornando cada vez mais desinibido, habituando-se a improvisar em situações para as quais não estava preparado.

Contudo, não se pode confundir Praxe Académica com as «pseudo-praxes», que é precisamente daquilo que estás a falar, e que são executadas apenas por indivíduos ignorantes na matéria. A Praxe não pode nunca ser sinónimo de humilhação ou de actos de violência barata levados a cabo por uns quantos frustrados que não sabem o que são as tradições académicas e só usam um traje para se pavonearem na esperança de serem notados. São indivíduos destes os responsáveis pelo actual estado moribundo da verdadeira Praxe Académica que tem vindo a dar lugar a ditaduras absurdas, um pouco por todo o lado, que partem de ignorantes que desejam que a Praxe seja aquilo que lhes apetecer.
O espírito académico não se trata apenas de festas e de copos.

A Praxe Académica e o uso da Capa e Batina representam humildade e o respeito pelos outros. O Traje Académico deve ser usado com orgulho, mas nunca com arrogância ou vaidade, pois este simboliza a igualdade entre todos os estudantes.
A Praxe Académica tem uma mecânica inerente que, ao ser desrespeitada, acaba por culminar em verdadeiros insultos à tradição.
A própria palavra latina PRAXIS significa prática, modo de agir, o que revela uma estrutura e regras que lhe são características.


Outra coisa... Devia de ser sim um local de debate de ideias dizes bem! Infelizmente há uns que permitem, outros feres o estatuto de magister dixit tás arrumado! Falo por experiência própria!
As associações académicas... Epah salvo a ACC (apesar de tudo) o resto é uma grande merda controlado por bonzos com interesses taxisticos. Defendem a sua barriga nao os estudantes!

URS escreveu:Infelizmente é verdade. Em poucas semanas em Inglaterra discuti mais política/ciência/economia/religião que em 15 anos de ensino em Portugal.

Mas também se compreende, eles não têm o Apito Dourado, o Alberto João Jardim e a TVI...

Eles têm a Sky News, oTony Blair, e ... o Chelsea...


Não... é mais qualquer coisa que falha... que deve estar à nossa vista, mas que nós não vemos. Eu normalmente digo que esta nossa forma de estar deve-se à nossa matrix latina/católica. Mas agora estamos a mudar para uma matriz europeia/ateia. Talvez isso signifique a mudança para melhor...

Continuo a preferir a matriz latina e Católica...

Esta serve para ajudar o recém-chegado a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. É através da Praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa.

Integração é humilhação? É que eu gosto de me sentir integrado num local onde faça amigos e colegas que me respeitem. E não é por não ser praxado que gosto menos da minha faculdade.

Mas a Praxe Académica também ajuda o indivíduo a preparar-se para a futura vida profissional. Através das várias «missões impossíveis» que o praxado tem de desempenhar, este vai-se tornando cada vez mais desinibido, habituando-se a improvisar em situações para as quais não estava preparado.

Ou a comer e a calar. A praxe académica ao serviço do capitalismo.

Além de existir muita gente que não fica desinibida, pelo contrário.

Contudo, não se pode confundir Praxe Académica com as «pseudo-praxes», que é precisamente daquilo que estás a falar, e que são executadas apenas por indivíduos ignorantes na matéria. A Praxe não pode nunca ser sinónimo de humilhação ou de actos de violência barata levados a cabo por uns quantos frustrados que não sabem o que são as tradições académicas e só usam um traje para se pavonearem na esperança de serem notados. São indivíduos destes os responsáveis pelo actual estado moribundo da verdadeira Praxe Académica que tem vindo a dar lugar a ditaduras absurdas, um pouco por todo o lado, que partem de ignorantes que desejam que a Praxe seja aquilo que lhes apetecer.

Sempre essa desculpa. O que é a praxe que não essa vertente da humilhação? É que eu costumo passear pelas várias faculdades de Lisboa no inicio do ano lectivo vejo a mesma coisa em todas elas.

A Praxe Académica e o uso da Capa e Batina representam humildade e o respeito pelos outros. O Traje Académico deve ser usado com orgulho, mas nunca com arrogância ou vaidade, pois este simboliza a igualdade entre todos os estudantes.

Como dizia o Orwell, há uns mais iguais que outros. Os estudantes do 1º ano não podem usar o traje, são menos iguais. E vamos convir que dá um ar sem sal aos estudantes, além de esbater diferenças de classe que são óbvias e que devem ser notadas. Não temos que andar a disfarçar que somos todos iguais se não somos de facto. E mesmo se fossemos, não temos de andar a forçar nada.

As associações académicas... Epah salvo a ACC (apesar de tudo) o resto é uma grande merda controlado por bonzos com interesses taxisticos. Defendem a sua barriga nao os estudantes!

Aí estou de acordo. A AUL e a AAUL são exactamente isso. E que curioso, são dominados pela elite praxista.

Continuo a preferir a matriz latina e Católica...

Tem resultado muito bem até agora...

Sobretudo a matrix católica... Tem sido explêndida... sobretudo com os probrezinhos dos orfãos que lhes caiem nas mãos...


E sistema político latino? Ui... o melhor, produz belezas como as do sistema político italiano, ou roméno...

Querem saber de uma coisa curiosa?

URSS -> ortodoxa
Korea do Norte -> tinha a maior comunidade cristã da ásia
venezulela -> católica
cuba -> católica

tony blair ->católico
hitler -> católico
uma data de líderes russos -> ortodoxos...

nenhum protestante...

Infelizmente neste caso tenho de concordar com o utopyah, as praxes são algo verdadeiramente estúpido que não serve para nada, apenas para deitar abaixo as pessoas.
Não acho contudo que os trajes sejam algo mau, é apenas um símbolo.

A matriz Católica é que é o verdadeiro inimigo, nem que seja pela sua aproximação semi-medieval ao ensino, quanto ao aspecto latino, isso é difícil, uma pessoa adapta-se á sociedade em que vive e o ensino tambem

Integração é humilhação? É que eu gosto de me sentir integrado num local onde faça amigos e colegas que me respeitem. E não é por não ser praxado que gosto menos da minha faculdade.

Mandarem-te buscar uma cerveja, mandarem-te imitar o Castelo Branco, mandarem-te cantar o Hino de Curso é humilhação? Sinceramente não te julgava uma florzinha de estufa...

Ou a comer e a calar. A praxe académica ao serviço do capitalismo.

Além de existir muita gente que não fica desinibida, pelo contrário.

Pois é meu caro é a merda de sistema que temos... Antes prevenir que remediar, ou então vai-se passar o resto da vida a ver navios...

Sempre essa desculpa. O que é a praxe que não essa vertente da humilhação? É que eu costumo passear pelas várias faculdades de Lisboa no inicio do ano lectivo vejo a mesma coisa em todas elas.

Não é a desculpa é a realidade. Quando os abusos acontecem sou o primeiro a denunciar-los. Este ano tive muitos conflitos com os restantes praxantes do meu curso á conta da necessidade de afirmação de umas frustradinhas que usavam o traje para se sentirem gente uma vez na vida.

Como dizia o Orwell, há uns mais iguais que outros. Os estudantes do 1º ano não podem usar o traje, são menos iguais. E vamos convir que dá um ar sem sal aos estudantes, além de esbater diferenças de classe que são óbvias e que devem ser notadas. Não temos que andar a disfarçar que somos todos iguais se não somos de facto. E mesmo se fossemos, não temos de andar a forçar nada.

Como dizem os Cardeais (Veteranos) da Universidade do Minho, "Isto não é uma democracia, é uma Hierarquia!". Para tua informação na universidade do minho os caloiros podem, e devem usar traje, o Código de Praxe diz isso mesmo. Meu caro, essa do traje existir para esbater as diferenças de classe é a maior peta de sempre. O traje deriva da batina académica usada nas universidades desde o Antigo Regime. Em Portugal o costume manteve-se e converteu-se em tradição pela sua longevidade. Exigir á comunidade de estudantes que abdique do seu traje e suas tradições é a mesma coisa que exigir ao Vaticano que renuncie a Cristo e aos comunistas que renunciem a Marx.

Aí estou de acordo. A AUL e a AAUL são exactamente isso. E que curioso, são dominados pela elite praxista.

A AAUM é dominada pelo inverso, pelos meninos do papá que ambicionam obter protagonismo, alpinismo social, e um possivel tachinho em algum organismo da universidade.

Continuando. Defendo e sempre defendi que renunciar á identidade católica e á latinidade, mas neste caso acima de tudo á Hispanidade dos portugueses, e abolir e demolir irracionalmente e brutalmente as bases pelas quais a portugalidade se assenta. Isto iria por em causa toda a essência da nação, seja esta vista por uma prespectiva liberal, conservadora ou de esquerda.

Império Romano escreveu:

Integração é humilhação? É que eu gosto de me sentir integrado num local onde faça amigos e colegas que me respeitem. E não é por não ser praxado que gosto menos da minha faculdade.

Mandarem-te buscar uma cerveja, mandarem-te imitar o Castelo Branco, mandarem-te cantar o Hino de Curso é humilhação? Sinceramente não te julgava uma florzinha de estufa...

E porque é que em vez disso não se sentam todos a beber umas jolas na esplanada e falam sobre o castelo branco? Retirava-se uma componente que é impossível agradar a todos (porque há individuos que são timidos por natureza e se sejeitam a isso em nome da integração) e a integração e construção de um sentido de unidade continuava presente.

Epah eu faço isso :p

è como nas aulas, essa da mesa é a parte teórica a praxe é a parte prática