Politica Nacional - O Império Contra-Ataca!

Rokolev escreveu:Por acaso sair do país começa a tornar-se uma opção bastante tentadora para mim, depois de acabar o curso. Mas também vai depender da minha vida pessoal.

Império Britanico escreveu:
São sociedades diferentes, Portugal não está preparado para isto tudo, ainda vão haver repercursões.

Só estou louco para que haja um governo conservador que revogue tudo isto porque não chegou a haver referendo para aprovar tudo, era mesmo lindo para esfregar na cara dos meninos estalinistas anti-referendos.

Mas quando aos fluxos migratórios, eu não tenho dúvida que a imigração Portuguesa vai aumentar exponencialmente, somos um país condenado, as pessoas inteligentes deviam preparar-se para fugir rápidamente.

Sempre a mesma conversa... claro que são diferentes, e são diferentes para melhor, por isso vamos seguir o exemplo.

Percebes a ideia? Coisas que influenciem toda a sociedade devem ser referendadas, coisas que só afectam as pessoas envolvidas sem consequências para a sociedade não devem ser referendadas porque se tratam de decisões pessoais e não colectivas.

Scream_off escreveu:se tivessemos um sistema tipo o suiço ou mesmo de muitas zonas da américa

Império Britanico escreveu:

Sempre a mesma conversa... claro que são diferentes, e são diferentes para melhor, por isso vamos seguir o exemplo.

Dizes tu, eu posso não concordar, bem como o resto da nação, isso é que é democracia. Ai esse autoritarismozinho e vontade de mandar dissidentes para o gulag a vir ao de cima.....

Percebes a ideia? Coisas que influenciem toda a sociedade devem ser referendadas, coisas que só afectam as pessoas envolvidas sem consequências para a sociedade não devem ser referendadas porque se tratam de decisões pessoais e não colectivas.

O casamento, e a ideia dele é uma instituição da nossa civilização, logo é um assunto que interessa a todos.

Dizes tu, eu posso não concordar, bem como o resto da nação, isso é que é democracia. Ai esse autoritarismozinho e vontade de mandar dissidentes para o gulag a vir ao de cima.....

O casamento, e a ideia dele é uma instituição da nossa civilização, logo é um assunto que interessa a todos.

Império Britanico escreveu:

Scream_off escreveu:se tivessemos um sistema tipo o suiço ou mesmo de muitas zonas da américa

Pois, é o que dá sermos um estado opressivo e autocrático, liderado por esquerdistas

Kalmar escreveu:Estou longe de aprovar práticas soviéticas e sou contra o referendo. E não me considero menos democrático por isso, nem reconheço nos que o querem mais democraticismo (isto existe?) que eu.

URS escreveu:

Kalmar escreveu:Estou longe de aprovar práticas soviéticas e sou contra o referendo. E não me considero menos democrático por isso, nem reconheço nos que o querem mais democraticismo (isto existe?) que eu.

A arma da direita é chamar estalinistas a todos que sejam do PS para a esquerda. Não é para levar a sério.

Kalmar escreveu:

URS escreveu:

Kalmar escreveu:Estou longe de aprovar práticas soviéticas e sou contra o referendo. E não me considero menos democrático por isso, nem reconheço nos que o querem mais democraticismo (isto existe?) que eu.

A arma da direita é chamar estalinistas a todos que sejam do PS para a esquerda. Não é para levar a sério.

Em prol da união de opiniões contra os reaccionários não vou brincar com essa tua afirmação e invertê-la um bocadinho...

Scream_off escreveu:http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtica/ps-impoe-disciplina-de-voto-contra-a-adopcao-por-casais-gay_1416574

Scream_off escreveu:Já agora, a minha mãe teve muito bom sem ter sido avaliada, basicamente foi o conselho directivo que atribui as notas...

o ps não se diz a esquerda democrática?

Scream_off escreveu:0.5% de professores maus e suficientes. 82% de bons.. e restantes muito bons e excelentes. (...) Já agora, a minha mãe teve muito bom sem ter sido avaliada, basicamente foi o conselho directivo que atribui as notas

Kalmar escreveu:
E quem diz que não é? Tu?

URS escreveu:

Kalmar escreveu:
E quem diz que não é? Tu?

Não concordas que todos os deputados (de todos os partidos) deviam ter liberdade de voto em todas as matérias?

Kalmar escreveu:

Scream_off escreveu:Já agora, a minha mãe teve muito bom sem ter sido avaliada, basicamente foi o conselho directivo que atribui as notas...

Óptimo, assim é que se melhoram os professores de Portugal. Diz-lhe que eu dou os meus parabéns ao seu conselho executivo.

o ps não se diz a esquerda democrática?

E quem diz que não é? Tu?

(...)

A imagem de si, enquanto produto específico do panóptico português, tem um efeito devastador, absorve as forças vitais do indivíduo, desenvolvendo uma entropia imparável. O medo de «não estar à altura» impera, arruinando as potencialidades criativas; medo que implica e arrasta outros, como o de ser avaliado, de ser julgado, de «ir a exame».

(...)

A avaliação generalizou-se como meio de alcançar esses níveis [de desenvolvimento], quer dizer, de desenvolver competências e induzir o desejo de formação profissional. Como é que se chegou a esta aberração? Sob a política da avaliação há a ideia de que a emulação, a competição a concorrência constituem a essência das motivações humanas, ou seja, que a imagem de si (com as componentes necessárias ao embate das vontades no mercado de trabalho: «agressividade», «espírito de vencedor», confiança em si, «auto estima», etc - toda uma panóplia de qualidades compondo o padrão de subjectividade ideal o novo mundo capitalista) representa o factor decisivo desencadeador do desejo de desenvolver e ultrapassar os outros.

(...)

Em Portugal dá-se precisamente o contrário. A Imagem de si subjectiva e os sujeitos avaliados estão ainda sob o poder de modelos arcaicos de subjectivação. A imagem de si culpabiliza, e as avaliações e os exames diminuem as poucas forças internas capazes de mobilizar os indivíduos, porque estes sofrem fundamentalmente de qualquer coisa como uma desvalorização do seu ser, de uma falta ontológica que faz com que estejam convencidos, no seu foro mais íntimo, de que «não estão à altura», de que são inferiores aos outros (os de «lá de fora»). Este complexo, dito de inferioridade, não desapareceu ainda da alma dos portugueses.

Eis porque as avaliações - e quer-se agora tudo avaliar: as escolas, as universidades, as empresas, os hospitais, as rentabilidades de toda a espécie - não vão transformar a sociedade portuguesa. Longe de lhe insuflar força anímica, retiram-lhe energia, envergonham-na sem a estimular.

(...) Se a sociedade portuguesa demora tanto, depois do 25 de Abril, a acordar, a fazer nascer em si potentes forças de vida, se ela continua entravada, pouco dinâmica, pouco produtiva, é porque recusa, por prudência, a intensidade e o excesso. Porque se encontra minada, corroída, essencialmente, pelo medo.

(...) O medo impede certas forças de se exprimirem, inibe, retira e separa o indivíduo do seu território, retrai o espaço do corpo, estilhaça coesões de grupo - tudo isto tem efeitos mediatos e imediatos nos processos de produção económica. Quebra-os, desacelera-os, esfarela-os.

(...) Se o (actual) povo português fosse um povo de intensidades e não de sentimentos e de medo (como Fernando Pessoa caracteriza o povo espanhol contrapondo-o ao português), há muito que teríamos saído do estado de iliteracia e de fragilidade económica em que vivemos. Em vez disso sofremos muitos dos defeitos próprios de sociedades do terceiro mundo: absentismo no trabalho, inércia, dificuldades na formação e na aprendizagem, lentidão, falta de competitividade. Como se tivéssemos sido atingidos por uma doença que nos deixa diminuídos, meio exangues, com um défice de força vital.

(...)

Enquanto dispositivo mutilador do desejo, o medo predispõe à obediência. (...)

(...)