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WikiA Soldadesca portuguesa
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A Soldadesca portuguesa
Portugal Ter Jun 29, 2010 10:58 pm
Numa tarde, calma e serena de verão, onde o calor começa a espalhar-se sobre as planicies da Hispânia, os soldados passam as tardes ou em treinos militares, ou então nas tabernas a gastar o soldo a bebericar tudo que a casa tem para dar. Os oficiais não são diferentes, os de mais baixa patente "cravam" por meios obscuros licenças, e os de alta patente nem os pés nos quartéis põem preferem as suas casas de campo. É Verão, tudo caminha em Portugal e Espanha a passos largos para o marasmo do verão e das tão desejadas férias e descanso.
Até os Comissários Régios estão inertes... Esses que passam a pente fino os quartéis em "Devassas" (Auditoria Surpresa), nem se atrevem a sair do seu sítio. A Guarda Real por seu turno, tem o fastidioso serviço de patrulhar ruas, guardar edifícios oficiais e afins...
Desta vez, as cortes decidem aumentar os vencimentos dos Guardas Reais como gratificação pelo seu tão dedicado serviço. Contudo a noticia espalha-se pelos quartéis... O Regimento de Caçadores da Beira Alta, não parece gostar lá muito da brincadeira... Nos tascos nas imediações do quartel já se sente o burburinho...
Corneta Mor João Lopes: Como!? Estes gajos são pagos por andar a passear!? Mas que é isto!?
Soldado Golias Forjaz: Onde tas a ver isso?
Corneta Mor João Lopes: Aqui na Gazeta de Lisboa! Ora olha!
Soldado Golias Forjaz: Ai os cabrões... Eu nunca gostei desses perús e lá tenho as minhas razões!
Corneta Mor João Lopes: Ora essa, mas nós que somos os que comemos relva, há conflitos somos os primeiros a abancar e vamos para o fim do mundo sem nada, estes é blindados, carros, armas topo de gama e afins e ainda recebem mais! Rais os parta!
Nisto os restantes colegas começam a concordar com o Corneta Mor do Regimento, e gera-se um burburinho enorme dentro da tasca beirã... Ora quem é que andava a patrulhar as ruas por acaso, um pelotão da Guarda Real...
Cabo Valdemar Dias: Boa noite meus Senhores... É favor de fazerem pouco barulho já passa da hora de descanso...
Quando os Caçadores que estavam no tasco ouvem a voz... viram-se todos e calam-se, o seu olhar era de raiva, mal os Guardas Reais sabiam que o burburinho era por sua causa...
Corneta Mor João Lopes: Calar-me? Mas é para isso que recebes mais!?!?!?!?! Então cala-te tu!!!! Possa ser que receba mais por te mandar calar!
Cabo Valdemar Dias: Soldado, você está detido por falta de respeito ás autoridades Régias e por deselegância contra as autoridades!
Corneta Mor João Lopes: Detido o caralho! Anda-me cá buscar oh labrego!
No momento em que os guardas reais começam a mexer-se uma massa de cerca de 100 homens cai encima deles... Lá caíram os tabefes para aquecer, e pouco depois estão os Guardas Reais amarrados na rua aos lampiões... Na rua uma enorme barafunda, com os Caçadores aos berros que exigiam mais dinheiro... Em breve vieram mais Guardas Reais da Intendência de Viseu... O problema é que os regimentos de Viseu aderiram todos a confusão... Mal o Intendente pela Comarca de Viseu sabia que todo o exército estava revoltado contra os vencimentos extra da Guarda Real... As ruas de Viseu mergulharam numa sessão de pancadaria sem precedentes entre Caçadores, Granadeiros, Soldados e Guarda Real.
(Continua...)
Até os Comissários Régios estão inertes... Esses que passam a pente fino os quartéis em "Devassas" (Auditoria Surpresa), nem se atrevem a sair do seu sítio. A Guarda Real por seu turno, tem o fastidioso serviço de patrulhar ruas, guardar edifícios oficiais e afins...
Desta vez, as cortes decidem aumentar os vencimentos dos Guardas Reais como gratificação pelo seu tão dedicado serviço. Contudo a noticia espalha-se pelos quartéis... O Regimento de Caçadores da Beira Alta, não parece gostar lá muito da brincadeira... Nos tascos nas imediações do quartel já se sente o burburinho...
Corneta Mor João Lopes: Como!? Estes gajos são pagos por andar a passear!? Mas que é isto!?
Soldado Golias Forjaz: Onde tas a ver isso?
Corneta Mor João Lopes: Aqui na Gazeta de Lisboa! Ora olha!
Soldado Golias Forjaz: Ai os cabrões... Eu nunca gostei desses perús e lá tenho as minhas razões!
Corneta Mor João Lopes: Ora essa, mas nós que somos os que comemos relva, há conflitos somos os primeiros a abancar e vamos para o fim do mundo sem nada, estes é blindados, carros, armas topo de gama e afins e ainda recebem mais! Rais os parta!
Nisto os restantes colegas começam a concordar com o Corneta Mor do Regimento, e gera-se um burburinho enorme dentro da tasca beirã... Ora quem é que andava a patrulhar as ruas por acaso, um pelotão da Guarda Real...
Cabo Valdemar Dias: Boa noite meus Senhores... É favor de fazerem pouco barulho já passa da hora de descanso...
Quando os Caçadores que estavam no tasco ouvem a voz... viram-se todos e calam-se, o seu olhar era de raiva, mal os Guardas Reais sabiam que o burburinho era por sua causa...
Corneta Mor João Lopes: Calar-me? Mas é para isso que recebes mais!?!?!?!?! Então cala-te tu!!!! Possa ser que receba mais por te mandar calar!
Cabo Valdemar Dias: Soldado, você está detido por falta de respeito ás autoridades Régias e por deselegância contra as autoridades!
Corneta Mor João Lopes: Detido o caralho! Anda-me cá buscar oh labrego!
No momento em que os guardas reais começam a mexer-se uma massa de cerca de 100 homens cai encima deles... Lá caíram os tabefes para aquecer, e pouco depois estão os Guardas Reais amarrados na rua aos lampiões... Na rua uma enorme barafunda, com os Caçadores aos berros que exigiam mais dinheiro... Em breve vieram mais Guardas Reais da Intendência de Viseu... O problema é que os regimentos de Viseu aderiram todos a confusão... Mal o Intendente pela Comarca de Viseu sabia que todo o exército estava revoltado contra os vencimentos extra da Guarda Real... As ruas de Viseu mergulharam numa sessão de pancadaria sem precedentes entre Caçadores, Granadeiros, Soldados e Guarda Real.
(Continua...)
Portugal- Número de Mensagens : 3627
Capital : Lisboa/Madrid
Regime Politico : Monarquia Constitucional
Chefe de Estado : Sua Alteza Real D. Afonso VIII de Portugal, XIV das Espanhas
Data de inscrição : 18/01/2009
Re: A Soldadesca portuguesa
Portugal Qui Jul 01, 2010 9:59 pm
Casos similares ocorrem pelo país fora... No Porto, os Granadeiros, amarram os Guardas Reais no monumento da Boavista.
Em Braga os bracarenses acordam, dirigem-se para a missa, no entretanto deparam-se com Comissários Régios, só com as cuecas, presos ás grades de entrada da Sé Catedral...
Em Braga os bracarenses acordam, dirigem-se para a missa, no entretanto deparam-se com Comissários Régios, só com as cuecas, presos ás grades de entrada da Sé Catedral...
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Re: A Soldadesca portuguesa
Portugal Seg Jul 12, 2010 8:38 pm
Finalmente ao fim de muita pancadaria nas ruas, desordem e arrufos nos quartéis, a questão dos "vencimentos extras" foi resolvida. Guilherme I como "Rei Salomão" lá concede a mesma maquia aos seus soldados, que vão todos felizes para os quartéis, e os oficiais para suas casas...
Guilherme I respira de alívio... É que se isto passasse para o "Estado Maior", poderia degenerar uma Guerra Civil anárquica e sem razão entre soldados e guarda real, dando asas a oportunistas para tomarem o poder.
Guilherme I respira de alívio... É que se isto passasse para o "Estado Maior", poderia degenerar uma Guerra Civil anárquica e sem razão entre soldados e guarda real, dando asas a oportunistas para tomarem o poder.
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