Fronteira Burgolavia - São Paulo (Fronteira Terrestre)

O governo soviético apela à URS que retire os seus militares como gesto de boa vontade e como garantia de estabilidade regional, mas apela também a São Paulo que cesse as suas acções contra os burgolavos que se encontram no país, tentando integrá-los legalmente em vez de expulsa-los.

Em Athaulphia, geralmente, as notícias vindas dos países da OTUP são tomadas quase como brincadeiras, mas a crecente implicação da URS na região começa a criar preocupação, pois se chegasse a começar uma guerra, por uma parvoíce qualquer na fronteira burgolava, o sistema de alianças podia arrastar para uma guerra mundial.

O Governo de Athaulphia transmite ao embaixador burgolavo em Athaulphópolis a súa preocupação com uma nota confidencial, para ser entregue ao seu governo:

O Governo de Athaulphia observa com preocupação a tensão crescente entre a URS e os países da OTUP. Athaulphia respalda o mantemento do statu quo da região e a integridade de Burgolavia, e rejeita as recentes medidas xenófobas adoptadas pelos regimes da OTUP. No entanto, considera que as medidas de pressão tomadas pela URS não vão na boa direcção, pois fomentam o belicismo dos regimes brasileiros e põem em perigo a segurança de Burgolavia e a estabilidade na América do Sul.

Consequentemente, o Governo de Athaulphia considera desejável que a URS cancele a instalação de ICBM's na fronteira Norte burgolava e reduza as movimentações militares da zona, para reducir a tensão regional. Athaulphia considera que isso em nenhum caso diminuiria a capacidade dissuasória da IS perante a OTUP: os países brasileiros sabem bem que, independentemente do número de mísseis que houver em Burgolavia, qualquer agressão contra o vizinho do Sul teria uma resposta imediata e contundente da IS, e que essa seria uma guerra que nunca poderiam ganhar. Portanto a instalação de mísseis e as recentes movimentações são desnecessárias e apenas conseguem alimentar a paranóia e a propaganda dos regimes brasileiros do Norte e do Sul, inclinando-os para adoptar medidas agressivas.

Por outra parte, Athaulphia garante o seu pleno apoio diplomático a Burgolavia em caso de agressão por parte da OTUP.

No Palácio dos Campos Elíseos, o Chanceler recebeu as notícias internacionais logo após ao desjejum seguiu ao salão de honra do palácio para lançar um discurso ao povo brasileiro do sul e à comunidade internacional.

Senhoras e Senhoras,
Povo Brasileiro,

Estou aqui, em cadeia nacional a esta hora da manhã para anunciar que O Gabinete está tomando as devidas providências para que se abaixe a poeira de guerra. Para isso, eu declaro que este governo não aceitará mais a sua aliança política com a Aliança Reedificadora Nacional, pois as atitudes dos ministros de estado desta agremiação prostaram nossa nação diante da mais alta vergonha. Promoveram a perseguição aos Burgolávios dentro de solo Sul-Brasileiro, financiaram o ataque à Embaixada da União das Repúblicas Socialistas em Piratininga e aos Estabelecimentos comerciais de cidadãos de origem Stariana.

O Único arenista que se manterá no Gabinete será o nosso Marechal von Rademacker, o Ministro da Guerra e do Desenvolvimento Cívico, único que se manteve leal aos interesses do Povo Paulista e da Raça Brasileira e também à Democracia.

O Supremo Tribunal Eleitoral, cassou o mandato e do direito de se candidatar do Senador Paulo Maluf e do Deputado Antônio Heleno por terem incitado ódio público e causando desgaste diplomático. Sendo posturas assim, assaz infantis que não condizem com o direito em representar o nosso trabalhador povo.

O General Humberto de Castello Branco, ex-arenista e atual Ministro das Relações Exteriores estará enviando nos próximos momentos enviando uma correspondência oficial de desculpas à Burgolávia e à Comunidade Internacional para ser lido por nosso representante na Sociedade de Nações.

Nosso país, não pode ser taxado de ditadura por causa das acções insanas de alguns representantes do povo que não sabem respeitar a Lei e a Grei. Tomei a decisão em remover o processo instaurado pela Assembléia dos Representantes no Supremo Tribunal Imperial para revogar a cidadania dos Burgolávios e estarei nas próximas horas indo propor à Sua Majestade a nossa saída da Organização dos Tratados dos Tupiniquins.

As Forças Armadas foram desmobilizadas exceto os Batalhões Gaúchos do Exército e a Guarda Bandeirante, nossa gendarmeria, irá ficar na fronteira com Burgolávia como sempre, para evitar o crime organizado. Agora, reforçaremos as nossas fronteiras com Polesiania e com o Brasil do Norte para que seus problemas internos não venham nos atingir, para que a esquizofrenia coletiva do Brasil do Norte não se alastre para o nosso Império.

Peço aos senhores e senhoras para que fiquem tranquilos, este governo sabe o que está fazendo e está tentando do melhor jeito possível contornar esta situação.

Que Deus nos ajude e tenham um bom dia.

Após o Discurso foi tocado o Hino Nacional do Povo Brasileiro com a imagem do Pavilhão do Povo (não a Bandeira Nacional, mas uma bandeira que representa o povo Sul-Brasileiro).

OOC: Agora vamos reduzir a Belicosidade, amigos Starianos? Vou aproveitar e postar no tópico da Política Interna de São Paulo sobre o perfil do Chanceler.

O Presidente Cardozo convoca uma conferência de imprensa para esclarecer o mundo acerca da situação na fronteira norte da Burgolavia.

- Boa noite a todos os cidadãos da Burgolavia.

Esta noite espero esclarecer toda a situação no norte do nosso país, de forma a terminar com as recentes tensões que são exageradas e não correspondem ao carácter pacífico da nossa nação.

Antes de mais esclarecer que o nosso reforço militar da fronteira se deve puramente ao facto de queremos oferecer ao nosso povo a total garantia de que os eventos do passado, que causaram a morte de vários dos nossos cidadãos não se repetirão. É o dever fundamental de cada governo garantir a total segurança dos seus cidadãos. Nunca, mas mesmo nunca, nos passou pela cabeça efectuar qualquer acção militar contra nenhum dos nossos vizinhos, e apesar dos seus problemas e conflitos internos, nunca agimos em favor de nenhum dos lados nem emitimos qualquer declaração que pudesse ser interpretada como desestabilizadora dos processos políticos internos das nações nossas vizinhas. A Federação Socialista da Burgolavia é e sempre foi uma nação pacífica, e continuará a sê-lo. Queremos boas relações com os nossos vizinhos e por isso espero que fique claro que toda a presença militar na fronteira serve apenas de garantia de segurança aos nossos cidadãos.

Quanto à presença do Exército Socialista, o mesmo veio no seguimento de um plano de defesa do país já programado há vários anos, e que nada teve a ver com as revoltas internas e eventos políticos nos países da OTUP. Foi uma coincidência que infelizmente precipitou este crescendo de tensões. Como tal, e como aconselhado por algumas nações que consideramos amigas (ooc: referência ao telegrama da Athaulphia, que foi entregue ao Presidente pelo embaixador), irei pessoalmente a Valtland para reformular as acções da Internacional Socialista no nosso país. O sistema de mísseis será eventualmente construído, mas admito que o timming não será o melhor e é isso que direi aos nossos aliados. Pedíremos a URS que para já retire as suas tropas, como gesto de boa vontade para com as outras nações sul-americanas (ooc: isto acontecerá no fórum da IS), mas estas terão que aceitar que a Burgolavia crie a desenvolva os seus mecanismos de defesa, e estes não podem ser interpretados como uma conspiração para qualquer invasão iminente. Esta ideia de que a Burgolavia busca a guerra é pura fabricação de media mais extremistas e não corresponde minimamente à posição do nosso governo. Estamos dispostos a sentar-mo-nos à mesa com a OTUP e debater esta questão.

Sabemos também que a FUS mobilizou meios aéreos, que Triestin nos ofereceu o seu apoio militar e que o Império Britânico ofereceu aeronaves militares à OTUP. Apelamos a estes países que recuem nas suas acções e intenções, tal como iremos apelas o mesmo à URS, para que esta questão possa ser resolvida de forma diplomática entre as nações da América do Sul.

Em último lugar, recebemos relatos chocantes do tratamento de cidadãos da Burgolavia em São Paulo, e esperamos que o governo paulista recue com as mesmas. Civis inocentes não devem ser arrastados para jogos políticos nem ser alvo de perseguições que em nada ajudam a situação.

(ooc: um esclarecimento, a economia da Burgolavia é bem superior à de São Paulo, pot isso não é realista que exista emigração de burgolavos para fazer trabalhos de trampa em São Paulo, ainda para cima irem para lá ilegais, como se estivessem desesperados, acho que devia corrigir isso)

A Federação Socialista da Burgolavia preza acima de tudo a estabilidade, e admitimos o nosso erro inicial em reforçar a fronteira, o que criou mal-entendidos desnecessários. Esperamos que a situação acalme nos próximos dias e que todos oa países que se envolveram na questão tomem as devidas medidas para que a diplomacia possa entrar em acção.

Obrigado a todos. Boa noite.

OOC: sobre a questão dos emigrantes, o Chanceler ordenou para que cessassem as hostilidades e os que promoveram as hostilidades tiveram seus mandatos cassados etc. como consta no discurso do mesmo acima.

IC: O Chanceler Paulo Fernando felicitou ao posicionamento de Burgolavia pela paz no Cone Sul (Eixo Burgolavia-S.Paulo) e fez questão de mandar encaminhar uma cópia do Decreto Executivo que cessou a belicosidade por parte de São Paulo junto com o discurso transcrito que foi feito em cadeia nacional.

A pedido do governo burgolavo o contingente do Exército Socialista composto por soldados starianos é de novo transportado para a União.

Apesar dos conselhos em sentido contrário por parte do seu próprio exército e da URS, o presidente Cardozo ordena a retirada parcial dos militares estacionados na fronteira com São Paulo, como gesto de boa vontade. No entanto a desconfiança para com os brasileiros e polesanos mantém-se e ai não há nenhuma alteração.

Existem rumores vindos da sede da Internacional Socialista que a URS se prepara para realizar uma cimeira para resolver a questão do sistema de misseis, algo que apesar de tudo o presidente Cardozo considera necessário para o futuro do país. É preciso justificar com sistemas militares de primeira classe os 29% do orçamento de estado colocado nas maõs dos militares.

Para o Comando Militar esta retirada foi uma vergonha. Ceder a pressões de estados considerados impotentes vai contra as doutrinas do CM e só a garantia inequívoca dos líderes políticos de que o projecto vai avançar evitam crispações de maior entre poder político e militar.

Em São Paulo o Oberkommando do Exército Imperial felicitou o Comuinicado Oficial do Estado de Burgolávia e em carta oficial direccionada ao estado Stariano e ao estado Burgolávio o General-de-Exército Charles de Gaulle Filho (OOC: Exatamente, De Gaulle teve um filho e ele é tupiniquim agora! hahaha) informa que é de interesse do Estado Paulista que uma força militar conjunta entre a IS e a OTUP para vigiar a fronteira SP - BG.

Com o resolver da situação, pelo menos para já, a tensão na fronteira baixa e com a guerra na Ásia já ninguém pensa em São paulo ou na OTUP. Espera-se que tudo fique esclarecido na Cimeira de Ujpest, o governo federal não quer qualquer confusão no continente.

OOC: São Paulo não é mais membro da OTUP.

ooc: ainda melhor

Os governadores do Norte estavam furiosos com o Presidente e exigem o reforço imediato e em força das fronteiras com os 3 estados vizinhos, em especial São Paulo. A força aérea começa a deslocar-se para as bases no norte, e duas divisões de blindados são colocadas no estado da Morislávia (ooc: perto do Uruguai).

OOC: Recomendo a você, Burgolávia, ler o que eu postei sobre movimentações bélicas em nossas fronteiras na SDN.

ooc: eu li tudo antes de postar.

No Estado do Rio Grande do Sul e no Território da Cisplatina a população está pouco se lixando com Burgolávia, a vida segue como se nem existisse Burgolávia.

O governo burgolavo é de novo pressionado para iniciar a construção do sistema de mísseis ao longo da fronteira com São Paulo e Brasil do Norte.

O Governo Paulista e Brasileiro do Sul convida à Portugal e à Britannia para a instalação de bases militares na Província Cisplatina, em especial na Foz do Rio da Prata.

Depois da anedótica resposta paulista na SDN os principais conselheiros militares próximos do Presidente estão convencidos que uma guerra com São Paulo será inevitável se a situação de militarização da fronteira se mantiver. Começam a ser delineados planos de ataque que contemplam uma eventual ajuda brasileira. A Burgolavia tem uma capacidade militar 7 vezes superior à de São Paulo e esse é o único facto que ainda faz com que se espere que os governantes paulistas tenham bom senso e retirem da zona da fronteira.

Dom Maximilien recebe em seu gabinete a declaração lusitana e assina a instalação sem qualquer relutância.

Dom Maximiliem: Mande imediatamente para Lisboa a resposta!

Até agora o Conselho havia ignorado a América do Sul do ponto de vista estratégico. Reinava o lema da "América do Sul para os sul-americanos" e com a Burgolavia como aliado nada havia a temer. No entanto a crescente presença portuguesa nas Guianas e agora com bases em São Paulo começa a mudar a forma como o Comando Militar encara o continente e na IS a Burgolavia é abordada relativamente a isso. Poderá estar na altura da União estabelecer uma presença militar permanente na costa atlântica da Burgolavia.

Com África "blindada" por uma couraça diplomática criada pela URS e a FUS, Portugal vê-se virtualmente impedido de se expandir colonialmente em África... Com a pressão demográfica a atingir níveis históricos nos dois Reinos, o velho mundo começa a ser para portugueses e espanhoís uma terra sem promessas. Isto cria um dilema nas Cortes de ambos os reinos, que apostam na expansão colonial. As Guianas, vieram a ser uma lufada de espaço para literalmente arrumar centenas de pessoas de ambos os reinos, muitas delas com primorada formação académica ou então técnica. A América surge mais uma vez, depois de décadas de esquecimento na rota da "diáspora luso-espanhola". O Brasil volta a ser uma aposta de muitos portugueses, e até mesmo de espanhóis que querem uma alternativa á Guiana e a Nova Colômbia.

Enquanto Guilherme I apostava numa política colonial Vitoriana, de conquista e ocupação efectiva, seja pela diplomacia ou guerra, Afonso VIII mais fraco no seu carácter prefere o "Neo-Colonialismo", mediante o apoio de regimes favoráveis á Coroa. São Paulo, tem a mais alta protecção da Coroa, é imperativo ocupar as velhas fortalezas, reactivar as Missões e Reduções Jesuítas...

Portugal a explodir demo graficamente, cria novos regimentos, apesar de tudo "Regimentos Provisórios". Esses novos regimentos com "soldados que o Rei não sabe o que fazer com eles" serão os que irão ser enviados de forma permanente para comissões no novo Império do Brasil... Parece que as velhas querelas políticas do passado foram saneadas, e os dois estados são da mais alta cooperação agora.

Sacramento já tem um regimento. O Regimento Provisório de Infantaria de Sacramento. São cerca de 4000 soldados que ocupam a fortaleza, estão a decorrer com as devidas autorizações das autoridades paulistas obras de beneficiação. Como são bases militares, teóricamente são território português... Como de costume um delegado da DGEMN já está no local para se não "abusar no betão"...

As metalomecânicas portuguesas começam a laborar em grande velocidade a produzir canhões gigantes do tipo "Dora", tem-se em mente o famoso canhão nuclear... A única arma atómica que Portugal usa. São canhões de grande calibre que disparam munições de calibre alemão 408 mm. Neste projecto tem-se em mente de explorar o novo canhão de 608mm, que conta-se que consiga disparar um projectil com raio de 240 km, ao contrário dos cerca de 120 kilometros que consegue um Dora... Contudo os canhões ainda estão nas fundições do Arsenal em Lisboa, e em outras tantas fábricas de Portugal e Espanha...


Caçadores do Regimento Provisório de Caçadores da Cisplatina, aventurando-se nas montanhas em busca da "Missão de Santo António" para estabelecer base...


Missão de Santo António, a nova base do RPCC...

Os projectos de engenharia que haviam cancelados há alguns meses são retomados e a construção das instalações que servirão de base ao sistema de mísseis balísticos também é retomada.

Com a convocatória dos reservistas que deverão ocupar posições no sul do país, o Exército Federal aumenta o seu contigente junto da fronteira com São Paulo, sendo que o porta-aviões e respectiva frota que chegaram da URS se dirigem para a Costa do Pacífico Norte (Buenos Aires).