Enrico Calinardi em Omaha

Enrico Calinardi, o ex-presidente do MDN em Padova recusou estar presente na cimeira com a SDN, pois sabe que Padova pouco terá a dizer perante a organização que ele vê como invasora de Trondheim do Norte. As regiões do centro-sul cedem às pressões para se juntarem à RDT e Siena está infestada pelos comunistas que ele tanto odeia. O último reduto do autoritarismo e do cristianismo em África é agora Omaha e em tempos de desespero está na altura de uma última medida desesperada. Calinardi pretende tornar Padova uma província de Omaha e esta será a única hipótese.

Calinardi é um fascista da velha guarda, um teórico da moralidade cristã e do poder total do estado corporativo, espera ser compreendido pelos governantes de Omaha e chega bem cedo a New London para tentar salvar a sua amada Padova.

O Chanceler decide receber em pessoa Calinardi. A situação em Trondheim estava muito volátil e a última coisa que Omaha precisava era que o conflito passasse a fronteira para o seu lado. Cavani já havia entrado no país e a SDN sem duvida pressionaria Omaha a entregá-lo... quem sabe não seria a sua moeda de troca para entrar na SDN. Mas esta visita de Calinardi era uma surpresa, e Hammond-Williams temia que este lhe fosse pedir ajuda militar, o que obviamente estava fora de questão.

- Muito bem-vindo à Federação de Omaha Sr. Calinardi. Terrível o que se passou no seu país, dói.me o coração de ver as tropas socialistas e americanas controlar a sua grandiosa terra.

- É uma vergonha e infelizmente fomos traídos pelos britânicos, que retiraram ao primeiros sinal de perigo. O que venho aqui oferecer à sua gloriosa nação é a possibilidade de Padova integrar Omaha. As hipóteses da independência de Padova vencer são altas e se os estrangeiros não recorrerem à força para contrariar o povo estamos dispostos a integrar a vossa nação como privíncia autónoma.

O Chanceler quase espirra o chá que estava a beber.

- Bem, antes de mais que fique claro que Omaha não lutará por Padova. Se vossa excelência conseguir pelos meios que achar adequados fazer tal cenário tornar-se realidade, Omaha receberá de braços abertos os seus irmãos cristãos e patriotas. Mas acredita mesmo que os imperialistas da SDN permitirão tal coisa?

Bebe mais um golo de chá e numa posso imperial e desafiadora ao seu convidado, tentando obter mais informações, diz:

- É que me parece um plano algo rebuscado e bastante improvável...

- Ou aceitam este desfecho ou terão uma guerra eterna nas suas mãos. Não lhes daremos descanso. Repare que a opinião pública dos países invasores está a começar a fazer fraquejar o poder político. Será uma guerra de desgaste. Mas não se preocupe com isso, pretendia apenas saber se acolheria Padova na sua nação, já sei que posso contar consigo.

Depois Calinardi adopta um tom sério e fala baixinho, como se alguém estivesse a escutar.

- E Cavani é totalmente dispensável neste plano, a sua megalomania custou-nos caro, se o tiver que sacrificar em nome deste bem maior, o MDN não o chorará durante muito tempo.

- Julgaremos a situação de Cavani a seu tempo, quando virmos que tipo de sucesso a sua estratégia está a ter.

O Chanceler estava a ver que Calinardi lhe oferecia apenas utopias, nunca conseguiria derrotar a SDN em Padova.

- Sr. Calinardi, agradeço a sua visita mas tenho outros afazeres. Terá escolta da The Front até à fronteira.

Calinardi sai convicto de que ganhou um aliado, mas mal sai da sala dizem-lhe que a OTUP atacou Omaha.

- Filhos de uma grande puta! - grita furioso. Se Omaha cai está tudo perdido.