Encontro URS - Burgolavia

Terese Nielsen havia sido nomeada para representar o Conselho na recapção em Valtland ao Presidente da Burgolavia, Domingos Cardozo.

Uma escolta da Polícia Metropolitana leva o Presidente até ao edifício do Conselho da União, onde é recebido por Nielsen:

- Seja muito bem vindo a Valtland e à União das Repúblicas Socialistas senhor presidente, espero que tenha feito boa viagem. Lamento o aparato polícial, mas como sabe os tempos são conturbados.

Domingos Cardozo estava a adorar esta oportunidade. Pensou em como seria bom liderar um país socialista e democrático e sem os defeitos e corrupção de Triestin. Também sabia que o seu povo admirava esta nação e por isso a sua popularidade subiria em flecha se saísse de Valtland com novos amigos.

- Muito obrigado, senhora Presidente, é um prazer conhecê-la e visitar esta fantástica nação pela primeira vez.

- Muito obrigado senhor Presidente.

Dirigiram-se à sala de imprensa, onde vários fotografos guardaram o momento para a posteridade. Depois foram para a sala de reuniões.

- Como sabe a União das Repúblicas Socialistas sempre tentou ao longo da sua existência manter uma convivência amigável com todos os seus vizinhos, e visto que os nossos governos até partilham de ideais bastante semelhantes, seria imperdoável se não aproveitássemos estas similaridades para aproximar as nossas nações. Olhando para a forma como o seu país é governado, até poderíamos que sabe pensar na adesão da Burgolavia à Internacional Socialista...

Cardozo já esperava esta oferta.

- Segundo estudos recentes, o povo burgolavo até simpatiza bastante com a URS, no entanto para tal acontecer seria obrigatório um referendo nacional. Pessoalmente tenho alguns problemas com a política externa de Triestin, e a última coisa que quero é ser arrastado para essas confusões constantes entre as grandes potências. A Burgolavia é um país pequeno e por isso temos que conhecer as nossas limitações, além disso em termos militares somos uma nulidade, por isso compreenda a minha posição, neste momento prefiro não chatear ninguém. Quanto a colaborações noutros aspectos, como económicos, científicos e tecnológicos entre as nossas nações, obviamente que nada nos interessaria mais. A vossa economia poderia impulsionar a nossa, mas ao mesmo tempo também gostaríamos de exportar para a URS.

- Obviamente que se entrar na IS, ajuda e colaboração económica é o que não faltará. Até Triestin com a sua economia fechada importaria produtos burgolavos com naturalidade. Quanto às suas outras preocupações, recebi indicações do próprio Presidente do Conselho de que a questão do Havai pode ser resolvida de forma bastante fácil. Estamos dispostos a criar uma espécie de tratado secreto, em que nos comprometemos a avisar a Burgolavia caso de facto exista alguma necessidade de mover navios para o Havai, nunca o faremos sem vos avisarmos. Como pode ver, a FUS nas Malvinas podem ser um embaraço para estabilidade do seu país, e pertencer à IS garantir-lhe-ia toda a protecção que necessite. E se me permite, aviso-lhe que Cruz de Cristo é uma nação hóstil, e vão sem dúvida aproveitar os incidentes no norte para azedar relações convosco. As suas preocupações relativamente a Triestin são legítimas, mas últimamente parecem ter acalmado, é certo que Stalin gosta de atacar verbalmente tudo e todos, mas se reparar as suas acções até são inofensivas: cedeu-nos a Islândia e dismilitarizou Timor. Dito tudo isto, peço-lhe mais uma vez que reconsidere a nossa proposta de adesão à IS, realizando obviamente o referendo a que os cidadãos burgolavos têm direito.

Cardozo estava a gostar do rumo da conversa. Se entrasse para a IS, o Havai e Triestin deixavam de ser uma hipotética dor de cabeça, e como tinha recebido indicações de que Cruz de Cristo se movia militarmente junto da fronteira, ter a IS ao lado da Burgolavia acabaria com qualquer ideia maluca dos cristãos. Já quanto às Malvinas, suspeitava que a Burgolavia seria apenas um pretexto para a URS chocar com a FUS nesse assunto, no entanto as manifestações em Olimpia significavam mais popularidade para si se por acaso se envolvesse no assunto, colocando-se ao lado dos manifestantes.

- Tudo o que me disse de facto seria uma vantagem para a Burgolavia e sinto-me bastante tentado a levar esta questão a referendo. No entanto gostaria de abordar ainda mais uma matéria: a economia. A Burgolavia não está disposta a ter uma economia fechada e planeada como a vossa ou a triestina. Apesar de sermos bastante proteccionistas, pretendemos manter um mercado bastante aberto a investimento de qualquer nação do mundo. A possível entrada para a IS chocaria com esta nossa pretensão?

- Os estatutos da Internacional Socialista não ditam nem têm intenção de ditar qualquer política económica aos seus membros. A vossa actual política económica enquadra-se com a definição de socialismo, e por isso uma eventual entrada para a IS não vos fará mudar em nada a vossa política actual. A única coisa que existe é o dever de ajudar países membros que sofram de alguma necessidade mais urgente em determinada matéria prima ou outros produtos, e a existência de facilitação nas trocas comerciais, mas mesmo estes dois espectos não são obrigatórios e são obviamente discutidos previamente dentro da organização, com o intuito de chegar a consensos que agradem a todos.

- É bom saber que a nossa economia não teria que sofrer alterações. Quanto a entreajuda, obviamente que se entrássemos para a IS, seria com esse espírito.

Nesse instante o telemóvel de Cardozo toca, e este pede licença a Terese Nielsen e afasta-se para junto da janela para atender. Do outro lado vêm as notícias do ultimato de Cruz de Cristo. Cardozo treme de cima a baixo.

- Acabei de receber uma notícia bastante preocupante, aparentemente o Império da Cruz de Cristo sugeriu que intervirá militarmente caso nos juntemos à IS. Senhora Nielsen, não sei se já olhou para o nosso orçamento de defesa, estamos numa posição bastante delicada. Temo que se anunciar a realização de um referendo, possa estar a causar uma guerra para a qual não estamos minimamente preparados.

- Senhor Cardozo, não deixe de tomar as suas decisões com receios de Cruz de Cristo. A União garante obviamente todo o apoio diplomático para repelir essa chantagem dos cristianos. Se eles tentarem algo mais que isso, também terá as nossas forças armadas prontas para o ajudar. Como vê isto é apenas mais um exemplo dos perigos que a Burgolavia corre se permanecer isolada. Dentro da IS terá protecção imediata e constante.

ooc: Parece que chegou o Apocalipse desde a última vez que aqui estive. A IS já não existe, o que é que faço agora?

ooc: vamos despachar isto assumindo que eles sabem o que se está a passar

ic:

- Senhor Presidente, a IS irá renascer ainda mais unida, apenas lhe peço que quando isso acontecer, deixe os Burgolavos expressarem a sua opinião. Quanto à questão com Cruz de Cristo, o nosso apoio diplomático mantém-se. Foi um prazer conhecê-lo, espero que as nossas relações possam ser as melhores no futuro.

Despedem-se e dão por terminada a reunião.

- Se isso vier a acontecer, essa possibilidade é bastante plausível. Agradeço o seu convite e foi um prazer conhecê-la.