I Congresso da Internacional Libertária

Em Lumiar, o I Congresso da Internacional Libertária era esperado com entusiasmo. No antigo Senado, onde agora se realizavam os Congressos Pan-União, foi escolhido como local para o início do que Yurgensun descrevia como a "expansão da Revolução para o estrangeiro", depois de verem o sucesso da mesma na URLC. As cadeiras azuis escuras estavam todas prontas e aguardava-se a chegada das delegações estrangeiras.

A Associação Anárquica Nacional seria representada por Edward Sidwell. A AAN tinha grandes influências do libertarianismo centrico e havia imensa curiosidade sobre o que poderia vir a sair desta reunião.

Pelo PTB chega Frederico Nogueira, um dos grandes admiradores burgolavos do modelo politico da URLC.

Xosé Antonio Nazario (não confundir com o ex-Presidente Manuel Nazario, seu pai) encabeça a delegação athaúlphica como presidente do "think-tank" anarco-capitalista Instituto da Liberdade. O grupo de anarquistas athaúlphicos de esquerdas N3 ("Nem deus, Nem pátria, Nem senhor") não puderam assistir a Lumiar por escassez de dinheiro no bolso e excesso de ganza no organismo.

Chega ao Congresso Luísa Pires, a observadora do governo kalmarense para o evento.

ooc: pa ir despachando isto. Os que faltam depois faz-se de conta que já ca estavam.

IC:

Hermann Yurgensun sabia que chegava a hora de começar o seu longo caminho até ao panteão Libertário. Paulson havia sido o teorista, Hammersmith o executor em Centric e Yurgensun seria o responsável pela expansão no estrangeiro. Teria que começar a falar para partidos pequenos, mas sabia que lhes daria força e determinação. Subiu ao pódio e falou perante o congresso:

"Companheiros e Camaradas de todo o mundo! Hoje é o começo de uma nova era no Libertarianismo. A era em que a experiência acabou - e deu muitos bons resultados. Ao contrário dos estadistas que previam um estado sem lei e sem ordem, o Libertarianismo provou saber adaptar-se às estruturas existentes, e triunfou sobre o estadismo opressivo, lançando uma nova era de liberdade e concretização individual!
Está pronto a ser 'exportado'. Mas para isso é preciso união. Não interessam as nossas diferenças - temos aqui anarquistas, uns de direita outros de esquerda, mas todos com um objectivo em comum: acabar com o monstro Estadista internacional! Uni-mo-nos aqui em Lumiar irmãos, para podermos espalhar aos povos oprimidos do mundo a nossa mensagem de esperança. Um dia, também as vossas nações serão libertadas da opressão sufocante do Estado, da Assumpção Opressiva, da Economia Planificada. Quando todos fizermos isso, o Estadismo verá o seu último amanhecer e a anarquia mundial tornar-se-há norma.
Mas há muito a fazer até lá! Faltam décadas de luta, para que a Revolução se espalhe por todo o mundo, pacificamente ou pela força das armas. E rogo-vos que intensifiquem as vossas Revoluções pacíficas. A URLC apoiar-vos-há, com fundos, para que possam ter tanto protagonismo como os outros partidos dos vossos países! Um dia, todos cairão.
Hoje, deixa de existir o Libertarianismo Centrico. Deixa de ser um fenómeno exclusivamente Centrico - passa a ser universal, e eu preciso da vossa ajuda para tal. Unidos seremos uma força invencível, e brevemente, movimentos como o comunismo e o fascismo serão apenas notas nos rodapés da História! Pois a Revolução triunfará inevitavelmente!"

Edward Sidwell esperava algo mais concreto por parte do lider centrico.

- Mas como é que podemos levar a cabo revoluções pacíficas? Principalmente em países em que o estado controla com punho de ferro a economia e as forças militares. Consideramos a criação das 10 repúblicas da actual União um passo positivo na descentralização do poder, mas qual é o próximo passo?

Os enviados do PCPT por pouco não explodiram a rir depois da intervenção do centrico. A ideia de retirar poder ao estado era no seu ver absurda. No entanto estavam curiosos para ver no que isto ia dar.

Yurgensun compreendia as reservas de Sindwell, mas passou a explicar:

"A Revolução Pacífica começa com o activismo político, converter pessoas à causa, divulgar a nossa mensagem o mais rapidamente possível. Penso que num país democrático como a URS isso não seja difícil. Nesses Estados opressores como Roma, a Revolução tem de ser pacífica e violenta, ou seja, para as pessoas se revoltarem, precisam de saber e conhecer a causa. Mas como fazê-lo em países desses? Clandestinidade. Assim, cada vez mais pessoas perderam o medo, e ganharam consciência do que estava mal na Segunda República Centrica. As pessoas estavam insatisfeitas e queriam a mudança, e viram no Libertarianismo uma oportunidade. E aí começou todo o processo Revolucionário. Quanto mais o estadista Ian McDiarmid apertava a mão, mais pessoas se escapavam por entre os seus dedos. E é isso que é preciso nesses países - redes clandestinas para ir consciencializando as pessoas. Depois é só uma questão de tempo..."

- portanto você, líder de uma nação, está a apelar à desobediência civil, é isso? - diz finalmente o representante do PCPT.

"Estou sim." diz Yurgensun com determinação "A desobediência civil é um método muito eficaz de mudar as coisas. Foi um desobediência civil que muitas coisas grandes se fizeram. Se formos ver bem, já os primeiros cristãos apoiavam a desobediência civil, ao recusarem-se a prestar culto aos imperadores Romanos. Ditadores caíram com a desobediência civil. O próprio comunismo expandiu-se com isso."

Sidwell queria sair dali com algo concreto, e perante a apatia dos outros convidados e da oposição dos triestinos, estava a ver esse objectivo cada vez mais longe. A AAN iria subir o número de votos nas próximas eleições, e com apoio financeiro e organizativo da URLC, quem sabe não poderia em breve ter uma palavra a dizer na política interna da União.

- Como propõe então que nos organizemos para alcançar os nossos objectivos?

Nogueira estava apreensivo e preferiu ficar em silêncio. A Burgolavia não estava em condições de mudar ou influenciar a política interna de quem quer que fosse, por muito que o modelo centrico fosse do seu agrado. Infelizmente a URLC, com a sua política de neutralidade, perdia pontos para a opinião pública burgolava, que via agora na IS uma entidade de esquerda com poder para proteger o socialismo burgolavo.

Sidwell foi informado dos resultados das eleições, e da derrota da esquerda na Irlanda. Pouco depois recebeu uma chamada de Espen Jansen, e depois de alguns minutos à conversa, Sidwell dirigiu-se ao líder centrico:

- Sr. Yurgensun, ficámos bastante satisfeitos com o que ouvimos aqui. Gostaria de reservar algum tempo para uma reunião consigo em particular, logo que a cimeira acabe...


ooc: acho que mais ninguém se vai mexer aqui, portanto se quiseres continuamos neste tópico a reunião deles já em privado.

"Sim senhor. Podemos fazer isso."

Yurgensun chamou um dos seus asessores.

"Abre a sala de reuniões nº 4."

ooc: desculpa lá, mas entretanto o panorama mudou e o que eu tinha pensado já não é aplicável. Se não quiseres acrescentar mais nada por mim este tópico tá feito...