Reunião secreta em Valtland

Caroline Skaraborg finalmente intervém. A Peterandia era uma país amigável à URLC e Skaraborg sabia isso. Quis evitar que Thatcher deixasse a sala:

"Claro que sim Sra. Thatcher. A sua presença é crucial nesta reunião. Esqueçamos as nossas diferenças políticas e centremo-nos no assunto essencial - Angelcynn. Em poucos meses passou de uma democracia estável para um Estado Totalitário. Isso é preocupante. Quanto eu saiba, Vibra ainda é uma democracia. Até eles se mostrarem realmente perigosos, são neutros."

Kristjc pensou que não ensinavam diplomacia nas universidades peterandesas. "Que raio de velha histérica" pensou antes de continuar.

- Sra. Thatcher, peço que se acalme, ninguém nesta sala tocou sequer algo remotamente parecido com o conceito de ameaça. É você que está a querer transformar esta reunião num jogo, não nós. Já referi que apoiamos a proposta de Athaulphia em relação a Angelcynn, por isso acusar-nos de ignorar esse assunto é incorrecto da sua parte. Também não me parece correcto usar padrões diferentes quando analisamos ameaças à URS e aos outros países. Se acha que a base em Vibra não é uma ameaça, gostava de saber qual a sua opinião: porque necessita Cruz de Cristo de uma base militar perto de Triestin?

O embaixador athaúlphico tomava notas enquanto pensava: "A puta merda das bases, as colônias e toda essa merda do caralho. A maioria dos conflitos estúpidos que há no mundo são causados por colônias e bases situadas em onde mais molestam, sem mais função, objetivo nem interesse que chatear a alguém . Agora uma base de Cruz de Cristo em Vibra... que me pergunto para que caralho querem os cristãos essa base e que interesse lhe vêem os vibras a ter aos cristãos ali, só causando conflito com os vermelhos, e mais nada. Antes, a Escócia peterandesa criando problemas sem parar, ou os triestinos em Islândia, ou os starianos nas Hawai... se de mim dependesse, eliminaria essa porcaria toda de bases e colônias e cada um em sua casa". Ainda que não dizia nada e só escrevia notas, em sua cara se ia desenhando uma careta de desgosto e asco enquanto falava consigo mesmo .

Kristjc mantinha uma face inexpressiva enquanto falava. A presidente da Peterandia aborrecia-o de morte e estava a travar o debate a sério.

- Sra. Thatcher, a diferença é que Timor é zona desmilitarizada, tão simples quanto isso. Portanto deixe a demagogia de parte. Além disso a URS não tem uma única base militar em território que não o seu. Mas ainda não respondeu: porque necessita Cruz de Cristo de uma base que não defende o seu território, apenas pode servir de base de ataque a Triestin?

E antevendo a cartada do havai...

- Nem usámos a possibilidade de usar o território do Havai para isso.

Diogo Westerberg levanta-se e interrompe o diálogo entre o stariano e o peterandês:

- Se me permitirem, gostaria que me fosse dada a oportunidade de falar. Gostaria primeiro de responder ao sr. Kristjc. Há diversos factores que distinguem a situação de Angelcynn da situação de Vibra. Em primeiro lugar, são claros os planos de Angelcynn relativamente ao seu relacionamento com Roma. Celebraram uma aliança com esse país, destabilizando por completo o equilíbrio regional e comprometendo a paz na região, já que se aliam a um estado que procura meios para destruir as democracias americanas. Em segundo lugar, Angelcynn procedeu a um esforço de fortificações ao longo de toda a fronteira com a União de Kalmar. Os países só se fortificam, se esperam a guerra. A União de Kalmar não deu indicações algumas que desejava entrar em guerra com Angelcynn. Conclui-se portanto que essa guerra que eles esperam, virá da parte deles e de Roma, não de nós. Em terceiro, o regime angelycanno é um regime ditatorial e sem espaço para o debate político. Em quarto e último lugar, as Forças Armadas da União de Kalmar têm as suas debilidades e o seu poder é do conhecimento de todos. Estamos portanto expostos a qualquer estado com pretensões expansionistas, que tenha o apoio da maior força militar mundial.

Dito isto, o caso de Vibra é completamente diferente. Primeiro: tanto Vibra, como Cruz de Cristo, não deram mostras de uma postura agressiva efectiva para com a URS ou Triestin. Segundo: nem Vibra, nem Cruz de Cristo, têm potêncial militar para enfrentar uma organização como a IS. Isto significaria o seu fim. Terceiro: Vibra é reconhecidamente um estado democrático e Cruz de Cristo tem feito esforços para se tornar num. Acrescento que a União de Kalmar ofereceu uma equipa de especialistas em direito constitucional a Cruz de Cristo para auxiliar na criação de uma nova constituição democrática, oferta essa aceite pelo novo governo cristiano.

Como vê, tem várias razões em como as duas situações não se enquadram na mesma categoria. Contudo, compreendo as vossas preocupações. Proponho que permita à União de Kalmar, e Peterandia se assim o desejarem, que façamos influência sobre Vibra para que não antagonize os estados vizinhos. Quanto à base, nada poderemos fazer. Talvez possam negociar directamente com Cruz de Cristo. (ooc: não sei se a vossa reunião é pública)

Queria ainda acrescentar algo mais à minha declaração. Desta vez direccionada à sra. Thatcher. Penso que deve esclarecer a posição de Peterandia claramente neste reunião. A troca de acusações que tem protagonizado neste encontro não tem ajudado a chegarmos a um acordo. Talvez deva reconsiderar a sua posição, para uma mais moderada talvez, e dialogar diplomaticamente com todos os delegados aqui presentes. Compreendo o sentimento que tem em relação a alguns países aqui representados. Deixe-me dizer-lhe que, nesse capítulo, as histórias de Peterandia e União de Kalmar são comuns, mas isso não me impede de estar aqui hoje a dialogar com esses países com respeito e consideração pelas suas propostas e posições, esperando apenas que o sentimento seja recíproco. Nada mais tenho a acrescentar.

De facto estes são problemas que terão de ser tratados mais tarde, irei tolerar esta situação em nome da diplomacia mundial que a nossa democracia jurou tentar defender.

Quanto a Vibra, acredito que a nossa posição ficou clara, e iremos falar com os lideres Vibreenses.

Cardozo estava atónito com as declarações da presidente da Peterandia, e iria sair da reunião com uma imagem bastante má da mesma. Ao mesmo tempo via a voz de Athaulphia como a mais serena e racional ali presente.

- A Burgolavia apoia o diálogo imediato com Angelcynn para impedir que as suas relações com Roma se aprofundem ainda mais. Como referiu o Sr. Kristjc, não será seguro ser uma nação socialista a fazê-lo, mas é sem dúvida necessário que seja feito. Em relação a Vibra e à base cristiana, é uma questão complexa. Por um lado colocamo-nos obviamente ao lado da posição kalmarense, a diferença de forças no pacífico tornam o perigo da base quase insignificante, e iniciar um conflito por causa dela seria irresponsável. No entanto julgo que todos nesta sala se interrogarão sobre porque quererá Cruz de Cristo uma base naquela zona do globo... como disse o Sr. Westerberg, talvez a URS e Cruz de Cristo devessem apostar no diálogo directo para resolver a situação, pois o governo vibrense, apesar de democraticamente eleito, é na nossa opinião algo imprevisível nas suas acções, e a cedência deste terreno é a prova disso mesmo.

Kristjc trocou um olhar com Jansen. Não valia estragar tudo por causa de Vibra.

- Muito bem, permanece a questão que o presidente Cardozo colocou, para que querem eles a base?! Mas no espirito de cooperação que nos reuniu aqui hoje, estamos receptivos à ideia de Kalmar e Peterandia colocarem a questão a Vibra de forma diplomática, com vista a resolver essa questão.

Jansen tomou de novo a palavra.

- Visto que os principais temas já aqui foram debatidos, e a expansão romana para Angelcynn parece ser a principal preocupação, proponho então que ponhamos em marcha aquilo que aqui foi discutido e voltemos a reunir dentro de um mês, já com os resultados diplomáticos das nossas acções conhecidos...

- A União de Kalmar fará a sua parte.

Patiashvili: As conclusões a que aqui se chegaram são bastante satisfatórias, não temos nada a acrescentar e desejamos boa sorte aos diplomatas dos países que se apresentaram para ajudar.

Espen Jansen volta a tomar o lugar central.

- Muito bem, então vamos ver como é que a diplomacia funciona, e como Kristjc referiu, reuniremos dentro de um mês para analisar os resultados conseguidos. Desejo boa sorte a todos os presentes e agradeço a vossa presença.


ooc: ok, isto terminou, quando as vossas reuniões com vibra e angelcynn terminarem, reactivamos o tópico para voltar à conversa. Já vi que começaram com vibra, quando puderem arranquem com angelcynn, pois tenho rp dependente dessa reunião