Encontro IS/Chapim

Em Valtland, Maximus Thorvald, Secretário-Geral da IS aguarda na sede da organização a chegada da comitiva de Chapim. O país vivia um período revolucionário e desejava juntar-se à IS. O trabalho de Thorvald era sondar as ambições futuras do actual governo revolucionário.

A comitiva do Chapim, liderada pelo próprio Miguel Bombarda, tinha chegado à capital da URS há pouco tempo, mas não havia tempo a perder. A viagem não foi terrivelmente longa visto que os dois países são relativamente próximos, mas ainda assim a pressa era muita. O seu país estava a passar por um PREC em que o país estava em transição para uma sociedade Socialista, a democracia ainda não estava consolidada, a luta interna pelo controlo de facções dentro do próprio MACC era mais crítica do que seria desejável...o cenário como em todos os períodos pós-revolucionários não estava a ser fácil, apesar do milagre na base aérea de Arronques, que evitou um pequeno banho de sangue entre militares que poderia dar inicio a uma guerra civil.

A entrada para a IS era teoricamente precipitada, e Miguel Bombarda sabia-o. Não que ele não quisesse, mas a verdade é que ao entrar na IS o país estava oficialmente a tomar um rumo Socialista/Comunista aos olhos do mundo, e um desaire dos comunistas nas futuras eleições para os Sovietes poderia ser bastante crítico para as relações internacionais do país, visto que seria irónico um país oficialmente capitalista estar dentro de uma organização como a IS.
Por outro lado, mesmo que os representantes comunistas ganhem uma clara maioria na Assembleia, a verdade é que esta proposta de adesão à IS estaria a ser feita ainda antes da Democracia estar implantada, algo que pode ser visto como uma decisão unilateral de um Governo provisório, dando uma machadada na sua credibilidade. De qualquer forma, uma entrada para a IS poderia ajudar a dar ainda mais animo à população, para além de consolidar a revolução (apesar de ela poder ter um tom algo mais autoritário do que seria de esperar) e segurar o país contra ameaças externas, em especial de possíveis estados Capitalistas ou Fascistas.



Miguel Bombarda, seguido pelo seu braço direito, João Crisóstomo, subiam a escadaria da sede da IS (ooc: se não tem escadaria....manda meter uma!) a passo acelerado...o resto da comitiva vinha atrás quase a correr, com um ar de espanto. Valtland era uma cidade monstruosa, com várias vezes a população do Chapim inteiro. Helingrand devia ter menos população do que a própria freguesia onde estavam naquele momento. Apesar disto, Miguel Bombarda olhava unicamente em frente.

-Então e agora camarada Miguel Bombarda? - perguntava, baixinho, Crisóstomo enquanto chegavam ao topo da escadaria.
-Pppppttt...não sei. Vamos esperar que venham falar connosco, isto é grande, vamos fazer-nos de parolos!

O secretário de Thorvald convida a comitiva liderada por Bombarda a entrar para a sala de reuniões onde normalmente se reuniam os líderes dos estados membros. Quando estes entram Thorvald vem à porta para os cumprimentar:

- Sejam muito bem vindos a Valtland, camaradas! Façam o favor de se instalarem, espero que tenham feito boa viagem...

- Ora muito boa tarde, camarada! (ooc: ou noite, tanto faz) Fizemos boa viagem, sim...aaahhh - geme enquanto se senta - ...isto é porreiro pah!
Miguel Bombarda estava aos saltinhos no sofá, Crisóstomo esfregava os olhos em desespero.

-Bem, vamos ao que realmente interessa, camarada! Estamos muito lisonjeados pelo convite que nos foi feito pela Internacional Socialista, é uma verdadeira honra estar aqui consigo.

- A honra é toda nossa, a Internacional vê sempre com bons olhos revoluções socialistas. Eu mesmo lutei pela minha nação numa luta extremamente semelhante à que se viveu em Chapim. No entanto sei que o vosso governo é provisório, e antes de debater a entrada da vossa nação na Internacional é necessário saber mais sobre o futuro da jovem república do Chapim e quais a vossas intenções para o futuro político do país.

-Bem, para já o objectivo principal é assegurar que o processo democrático chega ao fim. Vamos utilizar um processo único que será melhorado ao longo do tempo, para já o importante e escolher uma assembleia verdadeiramente representativa, onde qualquer pessoa (bem...menos os antigos patrões) tenha direito de expor as suas ideias e de apoiar/ser apoiado por outros. Obviamente que isto implica que trabalhadores que não sejam afectos ao movimento Marxista possam ter lugar na Assembleia Nacional, e pode mesmo haver o risco de haver uma maioria não-Marxista, mas estou esperançado que isso não acontecerá. Pelo que vi das reacções populares, a adesão a ideologias simpatizantes com o nosso modelo é francamente grande, e uma entrada na IS iria reforçar isso ainda mais, espero, pelo menos a reacção nacional a uma possível entrada na IS foi bastante positiva.

Findado este processo prosseguiremos rumo a uma sociedade mais justa, mas não queremos apressar o movimento, quem dá passos maior que as pernas, acaba por cair. Não iremos cair nesse erro, mesmo que isso implique que tenhamos de tolerar uma economia de mercado moldada numa social democracia durante uns tempos, antes de atingirmos o Socialismo com a economia devidamente planificada. Isto é um pouco difícil para nós porque não temos os meios suficientes para a auto-sustentação, somos um país pequeno, temos algumas limitações, mas faremos aquilo que pudermos.

ooc: vou ter de tirar o João Crisóstomo daqui, preciso de alguém forte do regime em casa para tratar de assuntos internos importantes enquanto o Bombarda fica na sede da IS a "tratar da papelada."

Thorvald escuta com atenção e depois todos na sala seguem as notícias dos resultados eleitorais em Chapim. "Estes tipos vieram aqui fazer-me perder tempo..." pensa Thorvald antes de falar.

- Bem, parece que o povo se manifestou, e que o vosso pedido de adesão à Internacional sofreu aqui um sério revés...

Miguel Bombarda atira as mãos à cara em desespero.

-Isto é terrível..tanta militância pelo MACC durante e após a ditadura para chegarmos a isto...bem ainda há esperança, o Governo não está decidido ainda, terão de haver listas que irão a votação a menos que a Assembleia decida mudar o sistema de forma integral.
Para além disso visto não existir necessidade de os Sovietes seguirem a linha do movimento que os projectou.. *olha para a listagem de ideologias*
...temos de puxar os Sociais Democratas para o nosso lado..
Bem camarada, isto foi algo atípico, mas terei de voltar a Helingrad rapidamente. Há muito trabalho para fazer, muita mentalidade para mudar....ainda não perdemos!

- Bem, camarada, toda a ajuda que precisar, a Internacional estará cá para apoiar qualquer movimento socialista ou comunista no país. Desejo-lhe boa sorte.