Encontro Secreto URS/Athaulphia

O Secretário Jacques Givet viaja em visita oficial a Georgeville, onde oficialmente irá visitar as tropas da União antes que estas abandonem Trondheim. Oficiosamente o objectivo é falar com a Conselheira Helena Loureiro, e abordar o tema do Panamá, que desde a expansão portuguesa na América do Sul preocupa seriamente o Conselho.

Depois de cumpridos os seus deveres oficiais e públicos, chega ao principal hotel da capital de Trondheim, onde discretamente irá reunir com Helena Loureiro.

- Queres ver que ela não vem... - diz o secretário para os seus botões enquanto aprecia a cidade de Georgeville da varanda do hotel.

Depois de uma carregada mas pouco interessante agenda de actos com a representação athaúlphica na MINT, a Conselheira Loureiro chega ao local da reunião onde oficialmente vão tratar também de temas pouco interessantes... e extra-oficialmente coisas do máximo interesse.

- Boa tarde, senhor Givet, e desculpe a demora -

A seguir vieram a clássica salva de saudos de cortesia, "estamos muito contentes do bem que estão a correr as coisas em Trondheim", "noraboa pelo grande trabalho que fizeram", blablabla... "ó pá, havemos tomar qualquer coisa?" A seguir passam ao ponto interessante enquanto fazem como que vão a um lugar mais discreto, para tomar uma caipirinha e falar do tempo e de futebol.

- Bem, agora que estamos mais tranquilos e não há ninguém a olhar, falaremos do assunto dos portugueses nas Américas e o Panamá. No meu pais estamos realmente preocupados por esta escalada neocolonialista, mas as notícias que vêm de Portugal estão a confundir mais as coisas e não sabemos as consequências que isto pode trazer às Américas. Qué informação têm na URS?

Givet sorri ligeiramente.

- A única coisa que sabemos é que Portugal sairá desta situação mais fraco, seja qual for a facção vencedora. No entanto o que podemos concluir de toda esta bagunçada é que o que não faltam em Portugal e Espanha são personagens que agem independentemente das ordens dos seus governos e agem em qualquer parte do mundo, principalmente no continente sul-americano. O Conselho está bastante preocupado que algo género possa ocorrer no Panamá... Portugal não oferece estabilidade para estarmos certos que um dia não acordamos e um general qualquer nas Américas invadiu o Panamá. Já aconteceu nas Guianas e no Peru...

ooc: camarada Athaulphia...

- Sim, aquela sempre foi terra de aventureiros... quanto à situação actual do próprio Portugal, as conclusões dos nossos relatórios são que não nos devemos fazer ilusões: houve muita pirotécnia e muito sangue derramado, mas afinal tudo mudou para tudo continuar na mesma, e não é a primeira vez que acontece. Os relatórios de inteligência deixam ver que os novos dirigentes ibéricos são igual de imperialistas e têm a mesma tendência às políticas exteriores agressivas, e o mesmo desrespeito pela soberania e autodeterminação dos povos que não são os seus aliados, do que os anteriores dirigentes, e os anteriores aos anteriores. É uma coisa que está na mentalidade do país e tem pouco a ver com que governem os brancos ou os azuis ou os amarelos. Não sei o que vão demorar em se recuperar depois desta guerrota civil que tiveram, mas quando isso aconteça tememos que voltarão às suas prácticas de sempre.

Por isso compartilhamos a sua preocupação pelos seus movimentos nas Américas, e esse "revival" colonialista no que estão metidos. Aliás, os britânicos também têm esses seus conservadores malucos, e temos dúvidas de que o golpe palaciano que fizeram contra a Meredith và ir muito longe. Por isso estamos a estudar possíveis opções quanto ao Panamá, e estamos a trabalhar em duas... "dimensões", por assim dizer. Uma delas é a que podemos chamar "diplomático-administrativa", e estaria focada a dar entrada a outros países na administração do canal, como se fosse uma empresa por acções, de modo a compartilhar os riscos (e os lucros) com os nossos parceiros. Com isto, para possíveis invasores não seria o mesmo atacar a um do que atacar a vários. Naturalmente isto tudo estaria muito bem regulado jurídicamente para evitar que um país tentasse tirar vantagens militares da sua partilha do canal.

A outra dimensão é a puramente estratégica ou militar, se prefire: reforçar as defesas. Os nossos orçamentos militares são limitados, mas estamos preparados para fazer uma despesa extraordinária dos nossos pontos económicos para comprar material para o canal. Básicamente queremos estabelecer um sistema de "alerta temperá" para detectar e deter qualquer tentativa hostil: os melhores sistemas de detecção de ameaças por satélite e escutas submarinas, barridos nos sistemas de comunicação, mísseis de cruceiro, aviões e submarinos de caça... o pessoal da Entente gosta imenso das fardas e as espingardas dos anos 40, mas nós gostamos mais dos últimos avanços da tecnologia, e estamos dispostos à adquisição da melhor que houver no "mercado". Não sei qué opinam os senhores...

- O Conselho não tem particular interesse numa solução que oferecesse o controlo do canal a várias nações, pois tal estaria destinado a conflitos no futuro. Compreendemos também que a situação no continente parece mais calma, mas ainda assim o canal permanece um problema de longo prazo. Julgamos que a aposta se deve centrar na defesa do canal, e para isso queremos que o governo de Athaulphia saiba que terá sempre o apoio da União, seja qual for o agressor. Podemos celebrar um acordo mútuo e público de que a União garante defender o canal de qualquer agressão, ou então a nosso opção predilecta, a instalação de uma base militar da União na região do Panamá, obviamente com os números dessa força militar sempre autorizados pelo governo de Athaulphia. Nesse caso, qualquer ameaça ao canal seria uma acção de guerra contra a União, e isso com certeza dissduaria qualquer ideia de um ataque.

occ: Isto está ligeiramente desactualizado não está? É que passaram 3 meses.....

ooc: a importância do Panamá continua igual.