Encontro secreto URS / Portugal

Na República Socialista de Treviso a vida é calma e pacífica. As suas vilas remotas e localização estratégica tornam-no o local ideal para a maiores operações secretas dos SSU. É em Treviso que se realizam os principais testes militares da União, é em Treviso que espiões estrangeiros estão detidos, entre outros detidos famosos como o infame General Donets e é lá que se realizam os encontros secretos directamente autorizados pelo Conselho.



A pequena vila de Sertsun, à beira do lago com o mesmo nome, bem no coração do território gelado do interior, é uma vila onde habitam as famílias de cientistas que trabalham nas instalações nucleares de Inzinato, perto dali. Hoje chegou Krunoslav Anic, director dos Serviços Secretos da União. Os portugueses haviam requisitado um encontro secreto, o que obviamente havia gerado enorme interesse por parte do Conselho. Anic estaria em contacto permanente com Valtland durante este encontro.

A segurança era apertada e o enviado português e seus secretários haviam sido autorizados a levar consigo apenas uma mão cheia de homens para protecção pessoal. Já o Comando Militar havia destacado uma segurança com mais de 1000 homens para a duração da visita. Isto também funcionava como intimidação, para onde quer que olhassem nas instalações, existia sempre um militar armado a observar,



Em contraste, no interior do edifício que funcionava como Junta de Freguesia de Sertsun, o ambiente era acolhedor, e depois de algumas horas para descansar da viagem, o encontro tem finalmente lugar na sala de reuniões, onde Anic vê pela primeira vez os portugueses.



- Seja bem vindo a Treviso, Intendente, vamos passar a negócios...

OOC: Intendente Corleone!

As duas delegações sentam-se e os guardas são dispensados da sala.

Anic: Diga então de vossa justiça, Sr. Corleone, estamos intrigados pelo vosso convite para este encontro...

Anic entendia perfeitamente, mas não iria ser ele a abri o jogo.

- Com certeza para vir aqui terá algo concreto em mente.

- Pondo então subtilezas de parte, talvez me queira explicar porque anda Portugal a financiar rebeldes em Madagáscar e Timor. Parace-me uma contradição à sua proposta de entendimento...

- Recuso acreditar que não seja possível dar-lhe um puxão de orelhas a partir de Lisboa... é que os meus superiores dificilmente aceitarão qualquer entendimento enquanto Portugal ou alguém ligado a Portugal esteja activamente a sabotar as nossas intenções para os territórios triestinos. Por muito que custe a alguma velha guarda politica portuguesa, esses territórios foram conquistados com o sangue dos nossos soldados, não serão uns guerrilheiros na mata que mudarão isso e por isso esse apoio tem que cessar. Depois destes pormenores - porque sejamos realistas, estas ilhotas são pormenores no que toca à verdadeira estratégia mundial - estarem resolvidos é que poderemos discutir assuntos mais sérios, nomeadamente a América do Sul.

- Também existem muitos revolucionários que querem fechar o Índico tomando as Flores e Moçambique para a União, mas o bom senso é-lhes enfiado na cabeça, nem que sejam precisas algumas pancadas para ajudar... Quanto à América do Sul, estamos muito preocupados com o facto de Portugal não conseguir ter mão naquela gente, não passa um mês em que não hajam mudanças de governos, políticas nacionais ou conflitos internos ou internacionais.

- O que o povo brasileiro faz é lá com eles, só me preocupa a aparente facilidade com que se dá uma revolução por essas bandas, mas desde que não salte nada cá para fora para nós é como se não existisse.

Quanto ao que interessa... seria uma idiotice tremenda começar uma guerra por causa de um avião, se os brasileiros consideraram seriamente essa hipótese, então ainda são mais loucos do que eu os considero. E como estamos aqui sem rodeios, diga-me lá para que foi aquele espectáculo dos treinos militares mesmo ali ao lado? É esse tipo de imprudências que ainda nos vai arrastar todos para uma bronca das antigas.

- A diferença é que nessas ilhas vamos lutar contra badamecos mal armados, o Exército da União dá conta deles em três tempos. Já a Burgolavia tem mais poder que os outros países americanos todos juntos. Temos um barril de pólvora nas mãos e ninguém o está a levar a sério.

- A Burgolavia não avança sem o nosso apoio, isso é certo. Consegue-me dar a mesma garantia em relação aos brasileiros ou baianos? É que são um povo impulsivo, basta ver o fiasco do porta-aviões com Omaha... e aparte disto tudo a tensão tem que acabar e os dois lados terão que fazer cedências, tão simples quanto isto.

- Tentaremos então apaziguar os burgolavos. Quanto a África, terá que ser mais concreto, pois como sabe o Conselho pretende anexar Madagáscar a Saint-Martin, e a verdade é que a vossa ajuda aos franceses não está a ajudar.

Anic fica intrigado...

- Anexações? Estamos a falar de que territórios?

Anic sabe que o Conselho não tem pretensões expansionistas e fica mais intrigado com o que quererão os portugueses.

- E Portugal, que interesses expansionistas tem em África? Não me diga que não vai deixar os trondheimianos respirar?