O Nascimento de uma nação

Norte

As tropas estrangeiras começam a enfrentar as primeiras manifestações populares de desagrado. O afastamento de alguns políticos dos seus cargos geram protestos violentos em algumas vilas, e a não previsão de datas para eleições geram desconfiança por parte do povo. A maioria dos presidentes de junta e de câmara fascistas pedem aos militares da FUS para manter os cargos de forma a evitar estas revoltas, comprometendo-se a abandoná-los assim que existirem eleições marcadas.

Tonetto mantem-se afastado de qualquer actividade militar e trabalha por trás das cortinas com os seus homens de confiança dentro do Partido Fascista. Uma mudança de nome para um ataque às eleições está na ordem do dia, mas para já mantém-se longe do olhar público. O Exército de Unidade Popular é oficialmente dissolvido e os militares entregam a segurança do país aos estrangeiros. Tonetto não quer que se levante a mínima onda.

No Sahara, a população inicia uma fuga geral, estima-se que mais de metade da população tenha saído do território controlado pelos portugueses, o que deterioria a situação humanitária no Norte já fustigado pela guerra civil. No entanto vários grupos de resistência continuam a operar no território, recorrendo ao terrorismo para combater os portugueses. Nas cidades do litoral, a população manifesta-se na rua contra a ocupação portuguesa. Como Tonetto e o Partido Fascista são encarados como traidores por os terem abandonado aos portugueses, começam a surgir vários grupos clandestinos democratas, independentistas e até socialistas que começam a ganhar algum apoio popular.

Na capital Boklub as reservas alimentares e energéticas são apreendidas pelos militares e a população civil começa a enfrentar sérias condições de vida, a energia está cortada durante quase todo o dia, e existe água canalizada apenas uma hora por dia. As manifestações populares são raras e quando ocorrem são destruidas com extrema violência, os homens de Aquila não hesitam em disparar sobre os manifestantes e o clime geral é de medo. Os elementos anti-Aquila preferem tentar fugir da cidade do que lutar lá dentro, apesar da maioria serem capturados e fuzilados.

As forças defensivas de Aquila ainda não sentem quaisquer efeitos da falta de bens essenciais e a estratégia de misturar civis e militares em pontos defensivos e estratégicos continua. As centrais de energia, silos militares, fábricas e armazéns são habitadas por civis, e estas imagens continuam a ser enviadas diariamente para os generais da FUS e URLC. A fortaleza mantém-se de pé.


Sul

Spinoza inicia uma viagem pela nação, onde é sempre recebido com enorme entusiasmo pelo povo. Nos seus discursos ficam sempre vincadas as mesmas ideias: os parabéns ao povo e aos militares pela forma como combateram contra a invasão, o agradecimentos aos países que interviram e às brigadas internacionais, palavras de ordem contra os portugueses, e a promessa de que dentro de 3 meses realizarão novas eleições como estava previsto antes da guerra, e que ele será candidato.

As tropas estrangeiras no terreno são tratadas como se fossem do Exército Republicano e a ajuda humanitária conquista a população. A República Democrática está rendida aos ideais das democracias estrangeiras.

O apoio por uma reunificação total de Trondheim começa a ganhar mais apoiantes, mas Spinoza recusa esse cenário enquanto a instabilidade no Norte se mantiver.

Zona Islâmica

O Rei português demora em divulgar o conteúdo da reunião com Muhammad. Nas cidades reclamadas pelos portugueses, os líderes religiosos tentama todo o custo evitar manifestações, mas a inquietação cresce todos os dias. A ideia de uma guerra religiosa contra os cristãos europeus transforma a zona litoral do país num barril de pólvora.

Muhammad envia um telegrama ao rei português:

"Vossa excelência, é necessário que as forças portuguesas retirem das zonas não essenciais e que nos territórios cedidos seja vincada por vossa excelência a importância dos líderes religiosos locais, caso contrário a situação não poderá ser controlada".

Norte

No Sahara é formada a CPS, Coligação do Povo do Sahara, apoiada por quase todos os grupos de centro e esquerda. São organizados vários atentados contra as forças portuguesas.

Em Boklub, as tropas de Aquila disparam vários tiros de artilharia contra as tropas da FUS que estavam ao alcance dos canhões. Dezenas de equipas de filmagem esperam pelo contra-ataque para filmar a destruição de civis e usar isso como propaganda a ser divulgada no resto do país.


Sul

Spinoza conferencia com os responsáveis das Brigadas Internacionais e pede que retirem as tropas da Australásia, pois a publicidade do país neste momento é péssima e Spinoza não quer surpresas. Num gesto populista, declara públicamente que enquanto a situação na Papua não estiver esclarecida, o podido de adesão à ATE está suspenso.


Zona Islâmica

A situação acalma e Muhammad inicia uma viagem pelo país para acalmar o povo.

Sahara

Milhares de pessoas continuam a sair do Sahara. É formado o Comissariado do Povo do Sahara para os Refugiados (CPSR) e Martino Doni é eleito porta-voz. Decide enviar um pedido de ajuda à FUS e URLC:

Doni: O povo do Sahara está lentamente a ser expuslo do seu território, existem milhares de mortos civis devido a confrontos extremamente desiguais contra as tropas portuguesas, incomparavelmente melhor equipadas. Solicitamos ajuda para recuperar a nossa terra e realizar eleições que mantenham o Sahara livre tanto dos portugueses como dos fascistas.


Sul

A reacção de Nova Londres choca Spinoza, que decide enviar um telegrama secreto ao novo primeiro-ministro:

Spinoza: Vossa excelência, a nossa acção destinou-se apenas a evitar criticas a nível interno, que durante o processo de estabilização poderiam ter efeitos graves na ordem social. A República Democrática de Trondheim não desejou em nenhum instante alienar a vossa nação.

O surgimento de manifestações de populares contra forças da coligação, não agradam aos dirigentes scream_offenses no território. O risco da missão era elevada, e os trondheinanos que estavam a receber a liberdade sem terem lutado muito por ela, estavam a exigir melhoria do dia para a noite. O país ainda não estava todo sobre comando da coligação militar ou da APTN, e já falavam em eleições. Para contornar isso, a APTN lança uma campanha extensiva de esclarecimento, tanto em tv's, como em rally's, nas cidades e vilas, a explicar que democracia não era apenas o acto de votar, mas sim, o acto LIVRE de votar, e que para isso, seria necessário que houvesse segurança, mas tambem, que a população se começa-se a organizar pela via democrática. Quanto aos pedidos de fascistas, tiveram pouca sorte. A purga aos fascistas feita pela Coligação, e pela recem criada Divisão de Informações da APTN, estavam a capturar todos os que tinham culpa em qualquer tipo de atrocidade ou pacto com Tonetto ou Aquilla.
A APTN, no entanto, iniciou o processo de despedimento de milhares de pessoas que se acham serem comprometidas com o antigo regime porem, são abertos concursos para cerca de 50mil postos de trabalho para substituir e aumentar a força e presença do estado nestes momentos. Os principais alvos desta purga inicial, foi a policia, mas tambem as escolas, uma vez que não se tolerará a continuidade de ensinamentos anti-democraticos.
A APTN criou uma grande escola de policia, para renovar a força, e que entrará em funcionamento em breve, assim como, a Coligação Militar, preparava aquilo que seria o futuro das forças armadas de Trondhein Norte, tentando criar uma academia militar, e uma escola pratica.


No que toca à Capital os ataques precipitaram a entrada das forças na cidade. No entanto, ao contrário do que poderiam esperar, cerca de 70mil soldados scream_offenses e centricos, das unidades de especial, altamente treinados para assalto e guerrilha urbana, não entraram em força. Começaram por suburbios e apenas em três frentes, e estão em luta rua a rua, bairro a bairro. A ideia basica é sufrer o minimo de baixas possiveis, mas tambem, impedir a morte de civis.
O General Petraues, está preparado para que o assalto à capital dure semanas, talvez meses, para não correr riscos.

Doni: O povo do Sahara está lentamente a ser expuslo do seu território, existem milhares de mortos civis devido a confrontos extremamente desiguais contra as tropas portuguesas, incomparavelmente melhor equipadas. Solicitamos ajuda para recuperar a nossa terra e realizar eleições que mantenham o Sahara livre tanto dos portugueses como dos fascistas.

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Departamento da Diplomacia: Encontraram em Trondheim Norte não colonizado, uma escapatória para liberdade e segurança, no entanto, enquanto Trondheim Norte não estiver devidamente pacificado, nada poderemos fazer com o Sahara...

A centena de homens que tinha ido para África decide regressar à Burgolávia. O Sul parece estar seguro e como as Brigadas não participam no Norte, a sua presença não parece ser necessária.

A instabilidade civil mantém-se no norte. O povo ressente a presença estrangeira e a falta de líderes locais, que sempre foram a base da estrutura política. Alguns rumores do que se passa no Sahara levam as pessoas a pensar que o país vai ser retalhado.

Na capital (ooc: desculpem lá o roubo da ideia, mas pareceu-me bem maquiavélica) Aquila inicia a plantação de explosivos e mísseis por toda a cidade. Ele e os seus oficiais sabem que a probabilidade de saírem do cerco com vida são quase nulas, e pretendem sair deste mundo em grande.

A estratégia da Coligação estava a resultar, haviam baixas, mas não muitas, e tentava-se salvar o máximo de civis. No entanto, e como esperado, a entrada estava a ser lenta, e do resto do país começava-se a sentir farto da ocupação scream_offense, e vem então a ordem, ao mesmo tempo que chegam 50mil novos soldados a Trondhein Norte, e directos à capital.

No total, estavam agora quase 180 mil soldados scream_offenses e centricos, e 100mil estavam a participar ou a preparar-se para o assalto final.

A Ordem veio do Comandante General da Coligação Petraues. Entrada total e completa. O Objectivo era uma entrada em 24horas, e abater todos os inimigos que ofereçam qualquer tipo de resistência. Se era guerra que Aquilla queria, era guerra que lhe seria trazida.

100mil altamente qualificados soldados entram então a matar, seguindo ordens para avançar a todo o vapor. O assalto dá-se por todos os lados.
Em Águas Santas os Generais sabiam que iam contar com várias centenas de mortos, mas estavam confiantes na quantidade dos seus soldados.


A APTN entretanto anuncia o aumento de ordenados da função publica, especialmente, dos funcionários com menores rendimentos. Os subsídios a idosos e pobres, estão a ser lançados por todo o país. Cerca de 50mil milhões vêm directamente do Governo Federal, para a APTN gerir, mais para breve.
A APTN começa também a montar o sistema de eleições, contactando diversos observadores internacionais, a fim de preparar eleições livres. São montadas por todo o país, sessões de esclarecimento politico, em que estão a ser convidados voluntários de todos os países a virem dar palestras sobre os seus sistemas politicos, a fim, dos trondheineses poderem vir a ter uma maior percepção de politica.
A APTN está também a preparar o inicio do ano lectivo, suspendendo no entanto, boas partes dos programas de história, ciencia politica, e retirando todos os textos fascistas.

ooc: imaginem que efectivamente quem quiser pode enviar pessoal para a APTN os por nas palestras, e ensinar politica.

Da União de Kalmar vão vários finalistas de Ciência Política para Trondheim Norte, através de uma iniciativa promovida e financiada pelo governo, assim como outros kalmarenses a título individual.

Também vão de Athaulphia vários membros de organizações não governamentais, fundações privadas e universidades para participar nas "aulas de política" em Trondheim Norte. Ainda que o Governo não está por trás desta iniciativa, dá-lhes o respaldo diplomático e logístico necessário para deslocar-se ali e permanecer o tempo necessário.

A URS envia ao governo de Spinoza uma doação de 500 milhões de euros para reconstrução de infraestruturas.

Boklub, capital do Norte

Só se ouvem o som das sirenes de alarme e de explosões por toda a cidade. O avanço das tropas estrangeiras tem como resposta uma resistência quase suícida por parte dos soldados leais a Aquila. As ordens são para ninguém se render, lutar até ao último homem.

A resistência veste milhares de civis com uniformes militares e solta-os nas ruas quando existem tentativas de resposta por parte do que resta do Exército de Unidade Popular, o que faz com que o inimigo abata imensos civis por engano no meio dos tiroteios.

Os poucos tanques que ainda restavam a Aquila avançam num último ataque suicida, mas são detruídos em pouco tempo. Vários depósitos de munições e armamento são feitos explodir com civis no interior, supostamente trabalhadores inocentes, e a máquina de propaganda Aquila ordena a filmagem dos mortos e as imagens são enviadas para apoiantes dispersos no resto do país. Aquila ainda acredita que o fascismo possa renascer e planta por isso as sementes do ódio à FUS e URLC.

Sem capacidade de usar misseis de forma efectiva, estes são feitos explodir em zonas comerciais, em estações de energia, tratamentos de esgotos, centrais eléctricas e tudo o que possa reduzir à nulidade o funcionamento da cidade. Os museus, bibliotecas e edifícios do governo são postos em chamas na última hora da batalha.

Aquila tenta chegar ao aeroporto, mas o sei veículo é atingido na fuga e o ditador fascista dá o seu último suspiro no meio da cidade em chamas. Os soldados de Aquila dedicam a última hora de batalha a destruir indescriminadamente tudo o que possa ser útil ao futuro da cidade, quer através de explosões das suas próprias bombas ou pegando fogo a edificios importantes, como os registos com os nomes de todos os que faziam parte do Exército ou membros do partido local. A reconstrução da mesma custará ao futuro governo uma soma de dinheiro absolutamente exorbitante.

Aos poucos a resistência dissipa-se, os poucos soldados restantes começam a trocar os seus uniformes por roupas civis. Sem registos do exército e no caos da guerra a maioria conseguirá escapar aos crimes que cometeu. O som das bombas e dos tiros diminui e a população começa a sair às ruas e a tentar de forma arcaica apagar os enormes fogos que devastam a cidade.



Quando a noite começa a cair os tiros deixam de se ouvir. A resistência de Aquila desapareceu, mortos ou escondidos por entre os civis. Alguns são reconhecidos por populares e linchados publicamente, mas a maioria sobreviverá à derrota.

O choque na população é terrível e ninguém quer saber se soldados estrangeiros tomam conta da cidade, o importante é tentar salvar o que for possível e levar os familiares mortos a enterrar.


Dados de perdas humanas:

Soldados de Aquila: 8.000
Civis: 24.000 (16.000 directamente resultantes da estratégia de escudos humanos usada por Aquila)

A cidade está practicamente destruida, as zonas residênciais são as únicas em condições decentes, mas tudo o que seja bens essenciais foi propositadamente destruido (hospitais, água, electricidade, esgotos, polícia, bombeiros... não existe nada).

Mensagem para a APTN

A União pode disponibilizar 300 milhões de toneladas de ajuda alimentar, 30 milhões de toneladas de medicamentos e enviar cerca de 600 militares da área médica, desarmados, caso trabalhem sob a protecção das vossas forças.

Depois do apelo de Annan, o Conselho autoriza uma campanha de angariação de voluntários dispostos a participar na reconstrução do país, e a União pagará as despesas a estes voluntários. Estima-se que o número total atinja a dezena de milhar, que começam aos poucos a viajar para África.

A Marinha triestina afastasse dos territórios portugueses de Timor Portuguesa e Moçambique e abandona os planos contra Portugal. A situação em Trondheim está a descambar para mais um estado capitalista e Putin perde o interesse na situação. Os navios concentram-se agora na zona entre Timor e a Papua, para ajudar a dizimar os poucos piratas que ainda ousam desafiar as marinhas socialistas.