O Nascimento de uma nação

O enviado muçulmano está apreensivo. Vê que Portugal está com dificuldades em lidar com as potências estrangeiras e se aceitar um acordo teme que os democratas avancem sobre eles:

"O Imã Nazr Muhammad aceita uma aliança com o Reino de Portugal mediante duas condições: garantia de protecção contra qualquer ofensiva de Trondheim Sul e que os territórios costeiros cedidos a Portugal não ocupem mais que 20% da nossa costa. Temos acordo?"


Os democratas perdem a paciência, as negociações na SDN não avançam e Spinoza emite um ultimato aos portugueses:

"Vossas excelências aceitam a retirada total e incondicional das vossas tropas de território de Trondheim Sul, restabelecendo-se as fronteiras pré-guerra e o consequente acordo de cessar-fogo?"


No Norte, a situação é caótica, os fascistas já pouco ligam à frente de batalha com o Sul e está instalada uma revolta geral contra os portugueses. Tonetto volta a insistir, já que começa a perder apoios devido às enormes baixas em todo o país:

"É agora ou nunca, ou entramos em negocições imediatas ou os apoiantes de Aquila retomarão o controlo sobre as forças armadas"

O nível de alerta das Forças Armadas é subido e é reforçada a frota do Atlântico. Assiste-se com muita atenção e expectativa a movimentação das tropas aliadas da FUS. Ordens são para estarem preparados para agir de imediato, caso seja necessário.

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A 2ª campanha para recrutar voluntários não é tão bem-sucedida como a 1ª. Os 2 mil voluntários preparam-se para se juntar às Brigadas Internacionais no terreno.

A Marinha Triestina prepara-se a todo o vapor. Se estalar a guerra na Europa, Putin pretende controlar o Pacífico e o Indico e exterminar a presença portuguesa.

Em Trondheim Sul o ambiente é de festa assim que os portugueses retiram para o Norte. Em Georgeville, Spinoza discursa perante uma multidão anunciando que o território de Trondheim Sul está novamente sob controlo do Exército Republicano.

As ordens do Exército e o conselho à população é de que colaborem no que for preciso com a força internacional liderada por Kalmar.

Os combatentes muçulmanos regressam à sua nação, no entanto, o facto dos portugueses ainda controlarem alguns pontos na costa, o que não acontece no território democrata, origina algum descontentamento. Corre o rumor de que o Imã viajou para Portugal e todos esperam que regresse com notícias da libertação total.

No norte o caos continua, os fascistas não se rendem e as baixas são imensas, apesar dos apelos de Tonetto ao cessar-fogo. O Exército de Unidade Popular está desfeito: alguns lutam por Aquila, outros rendem-se aos portugueses e outros obedecem ao cessar-fogo negociado por Tonetto, mas a maioria luta agora uma guerra de guerrilha e a população recusa obedecer ao cessar-fogo, não reconhecendo autoridade a Tonetto.

O jovem líder vê a libertação do Sul como o falhanço final da ideologia de Aquila e apercebe-se agora de que é a sua nação que sofrerá as consequências. Num gesto de humilhação nacional, na ultima tentativa desesperada de salvar a integridade territorial do Norte e terminar a guerra civil, envia um comunicado ao líder kalmarense:

"Necessitamos de auxílio imediato para terminar com a guerra civil no Norte. Se tal suceder, comprometo-me a negociar a nível interno a realização de eleições em Trondheim Norte assim que a situação estiver pacificada"

De seguida envia uma mensagem aos portugueses:

"Os portugueses podem ver que depois da sua traição ao ideal que prometeram defender no inicio da guerra, o povo de Trondheim Norte exige a sua retirada do país, esperamos que cumpram coma sua vontade e que os ataques contra a população civil cessem de imediato".

As mensagens de Tonetto caem que nem uma bomba no seu do Partido Fascista. Ocorrem demissões em massa por todo o país. É decretada lei marcial por Tonetto, mas não existem estruturas que a façam cumprir. Grande parte do território é neste momento uma terra de ninguém.

Os voluntários starianos decidem integrar voluntariamente a força internacional liderada por Kalmar.

Tonetto não tem escolha, a situação é insustentável. Reune os generais ainda leais ao Partido e decidem aceitar as exigências portuguesas.

Mensagem aos portugueses:

- Aceitamos as exigências portuguesas em relação aos territórios e a ajuda para combater Aquila. Pedimos compreensão para com a população nos territórios cedidos, é provável que exista resistência popular.

De seguida o anúncio é feito ao país. Parte do Exército de Unidade Popular pára de combater os portugueses à espera e ver a retirada. No entanto Tonetto não controla grandes partes do país e tem poucas possibilidades de controlar o terreno. Na capital a luta é agora entre apoiantes de Aquila e Tonetto.

Nos territórios cedidos a revolta popular é imediata, os portugueses são vistos como traidores, e apesar do Exército de Tonetto retirar conforme acordado, os militares pró-Aquila continuam as suas operações de guerrilha.


Já no Sul, o cenário é completamente diferente. A estabilidade parece ter regressado, inclusivé milhares de refugiados do norte entram no sul. Spinoza dá ordens para que sejam criados campos de refugiados nas cidades perto da fronteira. Os cidadãos do sul começam a regressar às suas cidades natais e a encontrar as vítimas dos massacres efectuados pelos fascistas durante a invasão. Comtabilizam-se até ao momento 140.000 mortos civis e 30.000 militares em Trondheim Sul.

Os soldados e a ajuda humanitária da FUS são recebidos pela população com enorme alegria. Apesar do governo democrata não se atrever a mencionar isto, existem muitos apoiantes ao nível do estado que defendem que se deveria efectuar um forcing final e tentar libertar o norte do fascismo com a ajuda das forças internacionais.

O oficial acena aos Portugueses e grita: Que venham os espiritos que tambem lhes metemos uns tiros, não discriminamos quanto ao chumbo....e todos vamos morrer algum dia, mais vale ser pelos espiritos que pelos selvagens, tenham um resto de boa viagem! sorri amigavelmente e acena outra vez.

-Supersticiosos estes tugas não são?

-Bah, não sei se serão, já vi muita coisa estranha a acontecer na Papua, coisas dignas de loucura e do sobrenatural.....já ouviu falar de Ah-long-Kay e a famosa ponte?

-O cu do mundo?

-Sim, o cu do mundo, mesmo no meio da Papua, ainda hoje um horror, os nativos lá parecem quase como figuras sobrenaturais, e quando atacam.......é dia e noite, até destruirem a ponte, para nós depois reconstruirmos, e isto repete-se sempre, podem passar semanas, meses ou anos, mas eles regressam sempre.

Acende um cigarro

-Os soldados elouquecem, os animais viram-se contra nós, o rio muda de cor para vermelho, e os nativos são quase imbativeis, todos os elementos da natureza se viram contra nós, dia e noite, gritos, de homens, animais, selvagens , e alguns sem explicação, sem forma de serem replicados.........sinceramente, quem lá esteve, ou acredita que aquilo está amaldiçoado, ou está num hospicio mental.....ou morto como a maioria claro.....

Dentro das selvas meu caro, existe sempre algo escondido que não quer ser encontrado, e nem sempre é humano, gostava de ter tomado um copo com os tugas para saber o que aconteceu lá dentro, mas se eles dizem que existe algo, então existe algo.......

Mas sorriam rapazes, stiff upper lip, vá lá, encarem sempre a morte com um sorriso, se existirem espiritos, encham-nos de balas, se não funcionar, sei lá, convidem-nos para um copo de chá, vá, tudo a andar para os helicopteros, vamos lá, vamos lá.

Tonetto assina o que os portugueses querem e com as novas armas à sua disposição inicia ataques brutais contra as posições de Aquila. Aquila depende agora de algum apoio dos militares que estão contra as cedências feitas por Tonetto.

A República de Trondheim está literalmente dividida: em termos territoriais, em termos de capacidade militar e em termos de apoio popular.

Esta divisão leva a imensas lutas de guerrilha em cidades por todo o país, o que provoca vaixas civis avultadas. Tonetto tenta evitar isto ao máximo e conquistar o apoio popular, mas a campanha de Aquila centra-se no orgulho nacional e no sentimento anti-português.

Tonetto sabe que para eliminar Aquila e a sua capacidade militar, terá que levar a cabo uma guerra contra o seu próprio povo...


Na República Democrática, os muçulanos retiram para o seu país, e lentamente os sistemas de saúde e alimentação começam a regressar ao normal nas zonas atacadas pelos fascistas. As tropas estrangeiras têm pouco para fazer. O apoio interno a Spinoza é total e a ameaça do Norte é nula.