Trondheim Islâmica

Craveiro Lopes dá ordens para colocar uma frota no Atlântico Sul, que começa em exercícios na zona.

Trondheim, no seu canal diplomático escreveu:É com todo o gosto que a República Democrática de Trondheim aceita uma troca de embaixadas com Athaulphia. O senhor Miguel Roibás poderá viajar para Georgeville assim que desejar. Enviaremos o diplomata Genaro Gianni.

Quanto à representação para as outras repúblicas de Trondheim, não sabemos até que ponto os a República Islâmica poderá encarar essa acção de forma negativa, pelo que aconselhamos que enviem um diplomata independente para lá.

O Governo Athaúlphico decide não enviar, ainda, um embaixador ao Trondheim Islâmico. Embora os islâmicos estejam no "lado dos nossos" com a URS e a FUS, e o Governo Athaúlphico considere que Portugal e a Entente estão a provocar deliberadamente com as suas frotas, os athaúlphicos não gostam deles. Athaulphia gosta é do Trondheim democrático, mas existe uma importante corrente de antipatia contra o Trondheim Islâmico em Athaulphia (apesar da sua aliança com a RDT): o pessoal da direita sempre teve simpatia por Portugal, enquanto os do centro e da esquerda não gostam do carácter teocrático do governo islâmico. A actitude de cata-vento do Imã também contribui a esta antipatia: no principio quisse ser aliado dos portugueses, e agora pretende ser seu pior enemigo, inclusive adoptando represálias contra civís portugueses*, facto que repugna especialmente aos athaúlphicos. Além disso, há uma suspeita geralizada de que o Imã está detrás dos ataques jihadistas aos portuguesas, apesar de que ele o nega.

*OOC: não tenho seguido moito este RP e estou um bocado perdido, mas lembro que inclusive o Imã ameaçou com executar uns portugueses. Executou-os afinal?

O Comando Militar destaca mais 30.000 militares para Saint-Martin, que está transformada numa autêntica fortaleza. Um total de 150.000 homens aguarda agora por ordens. 700 bombardeiros enchem os aeroportos da ilha e o grande parte do tráfego aéreo é desviado para Madagáscar (ooc: a parte triestina). As forças de assalto anfíbias enchem os navios de transporte protegidos pela famosa frota de Savedra, a mais larga da Marinha da União. Segundo os generais starianos, é o suficiente para inutilizar e controlar Moçambique em poucos dias.

Mensagem do Conselho ao Imã

No seguimento do nosso apoio à vossa nação, julgamos necessário estabelecer alguns critérios de acção que deverão ser seguidos rigidamente, sem qualquer excepção, pela República Islâmica de Trondheim:

a) Deverão cessar quaisquer acções violentas ou opressivas contra cidadãos estrangeiros de qualquer nacionalidade.

b) Os ataques terroristas contra navios portugueses deverá cessar imediatamente.

c) A União necessita da total colaboração da vossa República nas semanas que se adivinham, a nível militar, político e civil. Serão exigidos sacrifícios à população da vossa nação, que terá que estar disposta a aceita-los, tal como a União fará sacrifícios por vocês.


Se um destes pontos for quebrado, a União das Repúblicas Socialistas retirará imediatamente todo o apoio diplomático e militar à República Islâmica de Trondheim. Uma situação de guerra pode estar eminente, e se o Conselho notar que a total colaboração e empenho da vossa parte não existe, as consequências serão graves e as relações entre os nossos países ficarão definitivamente destruídas.

Os jornais da noite em toda a União abrem com a notícia de que o alerta de segurança foi elevado para o nível máximo e que todos os reservistas estão convocados para se apresentarem nas suas bases locais num prazo de 48 horas.

Nos portos da União assiste-se a um movimento infindável de pessoal, logística, entrada e saída de navios. Todos os porta-aviões e navios militares de grande porte estão a ser preparados para acção imediata.

A população segue os protocolos de emergência, é anunciado o fecho de lojas de produtos secundários, e milhões de trabalhadores por toda a União são deslocados para a produção e distribuição de produtos de primeira necessidade. A princípio existem alguns protestos, mas assim que o Comando Militar acciona o sistema nacional de defesa anti-aérea e os sistemas de defesa e ataque de mísseis intercontinentais, a população apercebe-se de imediato que a situação é séria e uma onda de patriotismo varre o país.

Ver aviões militares passar sobre as cidades e vilas da União começa a ser rotina, a Força Aérea vê para si destacados 30% dos trabalhadores das grandes indústrias mecânicas nacionais.

900.000 militares iniciam a longa viagem desde as zonas mais interiores da União para as zonas do litoral. A tensão entre os soldados é enorme, pois nenhum exercício envolveria uma movimentação tão grande por parte do Exército da União.

Não existem ordens concretas nem informações oficiais, mas o slogan que mais passa nos media é a seguinte: "a União está sob perigo iminente, o povo é a União".

Nas televisões filmes acerca da revolução anti-fascista e filmes sobre conflitos militares repetem-se interminavelmente. O espírito belicista e de sacrifício tem que inundar todos os cantos de todas as repúblicas.

Jansen entra na sala do Conselho:

- Meus senhores, a União está prestes a enfrentar o seu primeiro grande teste!

Permanecendo nas coordenadas determinadas pelo Comando Naval de Santa Cruz, a a 1ª Frota Imperial vai recebendo as informações disponíveis. No Porta Aviões "Arcanjo S. Miguel", o Almirante João de Castro conversa com os seus Oficiais.

- São mais que as mães, meu Almirante.
- Sim, mas do que não há muito são profissionais. E ainda demoram a cá chegar. Meus caros, as nossas ordens são claras. Qualquer tentativa de ataque terrorista a navios da Entente deve ser detido. A livre circulação de pessoas e mercadorias é para manter. Esses cães islâmicos não tiveram ainda oportunidade de conheçer a nossa determinação.

O presidente Cardozo tremeu quando soube do alvoroço que se vivia na URS.

- Será que estão mesmo a pensar numa guerra?

- Parece que sim - responde o Ministro da Defesa.

Uma guerra significava que a Entente entraria em acção, e Cruz de Cristo estava mesmo ali ao lado, já para não falar na Australásia. Cardozo estava pálido só de pensar no que lhe poderia cair em cima.

São dadas ordens para as forças armadas estarem alerta máximo. Em termos públicos, nem uma declaração de membros do governo sobre a situação.

Na Citánia de Athaulphópolis, a Conselheira de Estado Helena Loureiro fala com o Chanceler Miranda após verem uns informes urgentes com as notícias da URS:

Miranda: Afinal, uma maldita merda em Trondheim.

Loureiro: Os portugueses e a sua maldita arrogância... afinal sempre sai o fascista sem cerebro que levam dentro

Miranda: E os starianos vão ir à guerra pelas bravatas estúpidas desse imãozinho... convocaremos gabinete de crise para ver o que havemos fazer.

Loureiro: Neutralidade absoluta e deixar que lá se matem, obviamente.

Miranda: Sim, mas esta guerra pode afetar-nos gravemente: agora que já fechamos o acordo com Lapália para participar em Suez, o canal pode ser militarizado... ou alvo de ataques, ainda pior. E isso põe em perigo nossos planos para comerciar com a União Soviética - Miranda olha para um mapa na parede - Que caralho, põe TUDO em perigo: podem fechar a ruta de Suez e vai haver porrada garantizada no golfo da Guiné, e pode haver guerra na zona da Indonésia... na práctica, não poderemos entrar no Índico... e também está a Irlanda! Mas estes starianos viraram malucos? Vamos ter guerra na porta! Merda de Entente e merda de Trondheim!

Loureiro: Mais um trabalho para nossos diplomatas mediadores?

Miranda: Não sei, não sei... eu gostaría é de manda-los a todos para o caralho, e aos trondheimianos os primeiros. Antes a Escócia, agora isto...

Aos generais old-school do Exército da União, era quase penoso ter que receber os militares da FUS na ilha. Foi oferecido aos scream_offenses qualquer material que necessitassem para os aviões, e apesar da cordialidade, muitos soldados olhavam de lado para os scream_offenses.

O Ministro da Defesa por seu lado estava radiante, tal como Sam Boyd. Não só veria a sua nação protegida mas já tinha argumentos para vencer as próximas eleições: estão a ver, nem nos podem proteger desde Ásia, precisam de mandar a FUS quando pensam em guerra e se apercebem que estamos do outro lado do mundo. Apesar da guerra iminente, Boyd via a sua carreira política rejuvenescida.

Cerca de uma dezena de caças vindos de Saint-Martin voam perto da colónia africana de Lapália. Uma pequena frota é colocada perto do canal da União Soviética. Todos os navios comerciais que passavam pelo Suez eram forçados a ver bem de perto a marinha stariana.

Os membros da Entente têm que sentir que se compactuarem com Portugal poderão ter uma surpresa desagradável.

O Presidente do Governo Colonial de Tanganica, Manuel Kwanza, ordena que todos os produtos comerciais em armazéns da colónia sejam imediatamente levados para a metrópole e o resto guardado em armazéns subterrâneos. Não se preocupa muito, mas prefere despachar os produtos do que os perder numa guerra. Alguns civis temem guerra, chegando até a mudar para Marrocos ou para a metrópole. A força aérea estaciona todo o equipamento da colónia nos aeroportos locais.
No canal, a atitude intimidatória não surte muito efeito para os navios comerciais.

O presidente Spinoza pede autorização ao Imã para colocar a sua força aérea no seu país, para ajudar à defesa. O Imã autoriza e vários bombardeiros levantam voo em direcção ao sul.

Num cenário coordenado, os bombardeiros republicanos despejam milhares de bombas sobre os aeroportos militares da República Islâmica, destruindo por completo a força aérea islâmica, largando o resto da carga nas fracas defesas anti-aéreas e armazéns de armas e munições. Nesse preciso momento o Exército Republicano entra em mobilização e avança para o sul. Passadas duas horas do ataque inicial, os soldados republicanos já destruiram os postos fronteiriços e avançam em território islâmico.

O Imã está furioso e declara jihad à República Democrática...

O caos internacional é assustador e Donets precisa de arrumar a casa. A presença naval perto de Timor Portuguesa é retirada, os navios e frotas enviados para Madagáscar retiram, e a Marinha tem ordens para que nenhum navio saia de águas nacionais. Uma espécie de recolher e fechar o país.

Donets decide ignorar Timor para já, eles que façam o que quiserem, mas Triestin não reconhecerá nenhuma independência e assim que a estabilidade regressar o território será tomado de assalto.

Donets é claro para os seus generais: "Trondheim e muçulmanos e portugueses e a URS e a FUS que se fodam todos, isto para nós acabou!".

Percival Fosquinho apresenta formalmente uma proposta para ser retirado o estatuto de aderente a Trondheim Sul na ATE.

Os generais do Exército da União pedem aos SSU que descubram que tipo de drogas experimentais anda Valderrama a consumir. Não é obviamente emitida qualquer resposta.

Ao largo de Trondheim os marinheiros starianos festejam a retirada portuguesa e nas televisões nacionais é anunciado que a pressão da União forçou os portugueses a retirar. "Humilhados!" lê-se na capa do principal jornal nacional.