Cimeira de Valtland

Valtland acorda com uma agitação fora do normal. Algumas ruas cortadas, aumento de policiamento, exército nas zonas circundantes ao Edifício do Conselho da União, onde a circulação de pessoas também é encerrada por algumas horas. O objectivo era evitar o menor protesto e a menor distracção que pudesse por em causa o bom funcionamento da cimeira. Thorvald havia sido o principal critico à saída da União da SDN e uma das suas promessas eleitorais foi a de tentar revitalizar esta organização. Tinha sido arriscado deixar países vistos como pouco democráticos e belicistas de fora, especialmente Triestin, que ficava mesmo ali ao lado, mas Thorvald olhava para estes países como a causa do mau funcionamento e falhanço anteriro da SDN.



Aos poucos foram chegando ao Edifício do Conselho da União os representantes dos vários países:

- Charles Logan, Presidente da Federação Unida de Scream_off
- Xosé Antonio Vázquez Valcárcel, Presidente da República de Athaulphia
- Adolfo Miranda, Chanceler da República de Athaulphia
- Domingos Vila, Secretário Geral da Sociedade das Nações
- König Roderik IX, Kanzler da República de Chapim
- Fábio Ribeiro, Presidente da República Democrática de SpMky
- D. João VIII, Rei de Lapália (ooc: se o rei caiu não foi ninguém convidado para o substituir)
- Domingos Cardozo, Presidente da Federação Socialista da Burgolavia
- Afonso de Albuquerque, Ministro dos Negócios Estrangeiros da União de Kalmar
- Mihail Samsa, Delegado da União Soviética para os Assuntos Exteriores

Thorvald havia chegado ao local quase de madrugada para poder receber convenientemente cada representante de estado ali presente.

O rei D. João VIII chega cedo à cerimónia e cumprimenta os presentes.

O Presidente Charles Logan já está em Valtland, acompanhado de uma grande comitiva.

O Kanzler Pontes da Viga Sapata do Königreich Chapim chega a Valtland confiante que as negociações possam ter uma aplicação positiva para melhorar a situação mundial. Apesar disso, toda a comitiva do Chapim está muito fechada em si própria, não comunicando muito com os outros participantes da conferência antes desta começar.

O facto de Kalmar ser o único país a não levar o representante máximo do Estado, significa algo. A importância que a UK dava a esta cimeira não era a maior, muito menos por esta estar a ser liderada pela URS. A ideia de limitar os poderes soberanos do país a uma organização supranacional não agradava a Fosquinho, assim como o hipotético sucesso do renascimento da SdN pelas mãos da URS.

Afonso de Albuquerque chega acompanhado por uma pequena comitiva, um pouco depois da hora anunciada.

ooc: Acho que a US não tem chefe de estado ou o que lhe valha. Se tiver, considerem a UK o único para além...

Kalmar escreveu:
ooc: Acho que a US não tem chefe de estado ou o que lhe valha. Se tiver, considerem a UK o único para além...

ooc: de facto não tenho chefe de estado.

ic: Samsa chega ao local da cimeira e cumprimenta os presentes, aproveitando para congratular Thorvald pela iniciativa. No entanto, apesar de não o demonstrar, Samsa não acredita que os grandes países consigam funcionar juntos para o bem comum.

Vázquez, Miranda e Vila chegaram depóis de um par de dias agitados. Estavam celebrando a festa nacional do 1º de Abril quando foram alarmados pelas notícias de Lapália, que afinal eram uma piada... esta visita não foi muito publicitada em Athaulphia, pois todos estavam desconfiantes do que podia sair dela.

Com vontade de tornar a SdN numa verdadeira força mundial, Fábio Ribeiro chega a Valtland preocupado com a propaganda do Império Britânico, que pode atirar a Entente para um canto isolado do resto do mundo.

A Burgolavia havia abandonado a SDN depois do episódio com a Australásia, que ainda era o responsável pelo corte de relações entre os dois países. Cardozo estava por isso satisfeito com a ausência dos britânicos, mas também dos portugueses e triestinos. "Assim pode ser que isto ande para a frente!" pensou ao chegar ao edifício. Cumprimentou todos os presentes e aguardava impacientemente pelo inicio das conversações.

ooc: Estamos à espera do quê para arrancar com isto?

Kalmar escreveu:ooc: Estamos à espera do quê para arrancar com isto?

ooc: preguiça, mas ainda hoje avança.

ooc: Ah ok, ok... Um razão tão boa como outra qualquer. Leva o teu tempo. Pensei que tivesse sido por esquecimento ou por pensares que ainda faltava alguém.

ooc: isto não afecta directamente nenhum outro rp, por isso podemos fazer com calma, com o tempo que for preciso.

ic:

Quando todos os convidados chegaram, Thorvald deu inicio ao encontro na sala de reuniões do edifício e tomou a palavra.

- Quero voltar a agradecer a presença de todos nesta cimeira. Espero sinceramente que seja um fórum de diálogo produtivo. Não vou perder mais tempo com palavras de circunstância, pois temos muito que debater. Gostaria de ouvir todos pronunciarem-se sobre que pontos fundamentais devem reger o funcionamento de uma organização como a SDN. Deixo primeiro a nossa posição, que se baseia em 4 pontos fundamentais:
a) fim a tradicional saída da organização só porque as coisas nos correm mal diplomaticamente. A URS compromete-se a não abandonar a organização seja qual for a circunstância, se de facto esta reforma avançar
b) ser intransigente na proibição de entrada de nações que não sejam universalmente reconhecidas como democráticas. Este deve ser um valor fundamental da SDN
c) manter de fora nações que incorram sistematicamente na agressão militar contra outras nações sem motivos válidos
d) criação de um fundo da SDN para manter activas acções militares de protecção aos estados membros ou forças de manutenção de paz.
Relativamente aos pontos b) e c), deixar claro que todas as nações poderão ser convidadas a participar em reuniões e debater os problemas connosco, apenas não como membros efectivos. Estes são apenas alguns pontos que coloco na mesa, a União está aberta a discuti-los todos e a ouvir quaisquer sugestões. Passo agora a palavra a vossas excelências.

- Parecem-me boas sugestões, especialmente a primeira, que foi o que sem dúvida levou à deterioração da SDN. Gostaria no entanto que desenvolvesse o ponto d), e se a participação seria proporcional à capacidade económica ou militar de cada país.

A comitiva kalmarense aguarda por mais declarações para tomar o pulso à sala. Especialmente das delegações da FUS e de Athaulphia.

A sua primeira sugestão deve ser mais que uma sugestão aos países aderentes, deve ser um principio fundamental. A festa de desistências a que assitimos cada vez que existia uma disputa internacional retiraram qualquer capacidade de acção à SDN. Já com os pontos b e c, tenho de discordar, são precisamente os países não-democráticos e imperialistas que vão ser o foco da maioria das discórdias, não os ter presentes também não ajudará à resolução de contendas.

- Eu não estou a dizer que quero ou não a presença de todos os países, mas a manutenção do statuos quo, não tornará tudo exactamente como estava antes?

Burgolavia escreveu:- Parecem-me boas sugestões, especialmente a primeira, que foi o que sem dúvida levou à deterioração da SDN. Gostaria no entanto que desenvolvesse o ponto d), e se a participação seria proporcional à capacidade económica ou militar de cada país.

- A participação seria obviamente proporcional à capacidade económica e militar de cada país.

União Soviética escreveu:A sua primeira sugestão deve ser mais que uma sugestão aos países aderentes, deve ser um principio fundamental. A festa de desistências a que assitimos cada vez que existia uma disputa internacional retiraram qualquer capacidade de acção à SDN. Já com os pontos b e c, tenho de discordar, são precisamente os países não-democráticos e imperialistas que vão ser o foco da maioria das discórdias, não os ter presentes também não ajudará à resolução de contendas.

- A nossa sugestão é de que sejam incluídos como participantes honorários ou observadores, mas dependendo da opinião geral, estamos dispostos a ceder.

Scream_off escreveu:- Eu não estou a dizer que quero ou não a presença de todos os países, mas a manutenção do statuos quo, não tornará tudo exactamente como estava antes?

- O ponto d) prevê a criação de um fundo, onde cada país contribuirá com x pontos anualmente. Acredito que até agora não havia intervenção militar pois ninguém queria dar o primeiro passo e arcar com as consequências económicos. Se os custos forem pagos por este fundo construído por todos, a motivação para agir em caso de conflito deverá ser maior.

A União de Kalmar olha com bastantes reservas para a criação de um fundo de reconstrução dos países. Não vemos porque devemos ser nós os responsabilizados pelos estragos de alguns países que julgam que a melhor maneira de fazer valer as suas opiniões é destruirem-se uns aos outros.

Discordamos do ponto b) sobretudo. Não seria suposto a SdN ser uma organização internacional da paz? Qual é o critério para excluir nações? Considerando a existência de ditaduras no mundo (situação que parece não acontecer actualmente), não seria até a entrada nesta organização uma forma de levar esse país a uma abertura internacional? Se a SdN excluir membros sem critérios consistentes, Lapália não apoiará esta organização.

Quanto à criação do fundo, propomos que este seja opcional, já que ninguém deve ser forçado a contribuir para ajudar outros países.

Kalmar escreveu:A União de Kalmar olha com bastantes reservas para a criação de um fundo de reconstrução dos países. Não vemos porque devemos ser nós os responsabilizados pelos estragos de alguns países que julgam que a melhor maneira de fazer valer as suas opiniões é destruirem-se uns aos outros.

- As minhas desculpas por não ter sido claro. O fundo não será destinada à reconstrução de países afectados pela guerra, mas sim a pagar as acções militares levadas a cabo por países membros da SDN que estejam actuar sob mandato da SDN.

ooc: cada quinzena cada paós mete x pontos no saco, e depois os pontos que gastar em acções militares são reembolsados, ou seja, saem do saco da SDN em vez da economia individual.

Lapália escreveu:Discordamos do ponto b) sobretudo. Não seria suposto a SdN ser uma organização internacional da paz? Qual é o critério para excluir nações? Considerando a existência de ditaduras no mundo (situação que parece não acontecer actualmente), não seria até a entrada nesta organização uma forma de levar esse país a uma abertura internacional? Se a SdN excluir membros sem critérios consistentes, Lapália não apoiará esta organização.

Quanto à criação do fundo, propomos que este seja opcional, já que ninguém deve ser forçado a contribuir para ajudar outros países.

- Não seria uma exclusão directa, seria apenas uma proibição de serem membros regulares enquanto não se regerem pelos princípios que regem as nações aqui presentes. Encorajaria até a sua mudança de políticas internas.

Fábio Ribeiro levanta-se. Finalmente tinha algo a dizer


A alínea b) é, no mínimo, perniciosa. Haverá no mundo algum país considerado universalmente como democrático? Para mais, esses países que essa alínea exclui são os que deveríamos ter mais próximos, para que a diplomacia fosse mais eficaz. Se não os aceitarmos como membros de facto, podem sempre virar-nos as costas e os canhões.

Quanto ao excelentíssimo representante de Kalmar: tenho a dizer-lhe que caso a sua nação estivesse sob ataque, certamente desejaria um força colectiva poderosíssima a defendê-lo. A SdN precisa deste fundo, caso contrário esta cimeira perde todo o sentido de existir.