Cimeira MINT/SDN - Trondheim Norte

O Presidente Spinoza convida várias partes para uma cimeira em Georgeville, onde o foco estará no futuro político de Trondheim do Norte. Foram convidadas as seguintes entidades relevantes para a situação no Norte:

- Chefe de Diplomacia da MINT
- Um delegado de cada país da SDN
- Partido Democrata de Trondheim do Norte
- Partido Socialista de Trondheim do Norte
- General Máximo do Exército Democrata
(ooc: estes partidos controlam o Exército Democrata e a maioria das guerrilhas anti-nacionalistas, para além de gerirem provisoriamente o país)
- Os 4 governadores das regiões do Norte que tinham o cargo antes da expansão nacionalista
- Partido Comunista de Siena
- Movimento Democrático Nacional de Padova
- Bispo de Padova

Spinoza começa por dar a palavra ao Chefe de Diplomacia da MINT.

- A MINT deve ter imensas dúvidas que sem dúvida os presentes poderão esclarecer. Julgo que será o melhor ponto de partida para esta cimeira.

Domingos Vila, antigo Secretário Geral da SdN e agora Alto Comisionado da MINT, vai tomar a palavra. Antes de começar, olha ao seu arredor e pensa: "Raio, boa asneira na que me metí! E além disso estão todos cá metidos, suspeito que esta reunião vai ficar em nada, com mais barulho do que em uma capoeira. Eu gostava mais de me reunir com cada um deles por separado... melhor não pôr demassiadas esperanças nisto e aguardar às reuniões posteriores. Espero que comecem cedo a insultar-se, assim acavaremos cedo."



- Senhoras e senhores, representantes, autoridades, senhor Presidente Spinoza: agradeço-lhes que decidissem acudir a esta reunião, e agradeço especialmente ao Presidente Spinoza por te-la convocado.

Na minha chegada a Trondheim Norte tive ocassião de falar com um velho camponés que sobrevivia numa aldeia cheia de entulhos. Contou-me que faz uns anos chegaram os soldados de Aquila, dizendo que haviam fazer uma pátria grande, que iam criar um império glorioso... mas daquilo o único que ele e a sua familia obteram foi que levaram ao seu primeiro filho para o exército e lhe atiraram as galinhas. Depois vieram os mesmos soldados, fugindo do contra-ataque, mas vinham sem o seu filho, ao que nunca mais viu. Nesta ocassião a aldeia foi bombardeada e ao homem atiraram-lhe as galinhas.

Depois, com a queda de Aquila, vieram políticos de todas as cores predicando a redenção, mas nenhum deles solucionou nada. Aliás, esses políticos consideraram que as suas ideologias e os paraísos que eles predicavam eram mais importantes do que arranjar o país real, e recusaram-se colaborar. Depois, vieram mais soldados, desta vez em nome dum homem chamado Cavani. Disseram-lhe que a culpa das suas desgraças era duns homens aos que ele mal conhecia, mas que eles haviam extermina-los e "limpar o país". Desta vez levaram ao seu segundo filho e atiraram-lhe as galinhas.

Depois chegaram mais soldados e guerrilheiros de todas as cores, disparando-se enquanto a aldeia ficava entre eles. A sua casa foi destruida e ele e a sua mulher tiveram que viver no galinheiro. Neste já não havia mais galinhas, apenas ele, a sua mulher e o seu último filho, porque do outro nunca mais ouviram. E depois das bombas chegaram homens com espingardas e alto-falantes, prometendo a redenção, dizendo que haviam limpar o país dos culpáveis de toda aquela destruição... e pedindo-lhe que o seu terceiro filho fosse com eles a "salvar" qualquer coisa.

Este homen já nem lembra quém eram uns e quém eram os outros, nem lembra o qué lhe prometeram nem em nome do qué. Da única coisa que ele tem certeza é de que vieram muitos homens levando armas, prometendo soluções mágicas e predicando a exterminação dum inimigo, culpável de toda a morte e toda a destruição sufrida pelo seu povo... mas os únicos aos que ele e os seus vizinhos viram destruindo e matando foi, precisamente, a esses homens, em todas as ocassiões em que os viram.

Senhores, Trondheim Norte tem sofrido imenso por causa do fanatismo. Essa é a explicação, e ésse é o problema. O extremismo ideológico das facções em luta tem superado com muito a qualquer fanatismo religioso do tempo das cruzadas. A inflexibilidade dos dirigentes, incapazes de aceitar a simples existência de pessoas com diferentes idéias, tem levado a milhares e milhares de cidadãos à morte e à miséria. E isto deve ter fim. Não repetam os erros do passado. Não peçam o máximo das suas ideologias: procurem o mínimo que todos podam compartilhar. Pensem vocês, antes de qualquer outra coisa, em quántas pessoas morreram já. Pensem também, antes de exigir qualquer objetivo "irrenunciável", em quantas pessoas teriam que morrer para impo-lo. É o momento da flexibilidade e do pragmatismo. É o momento da sensatez.

Aquele homem com o que falei não percebia de política nem de ideologias, nem queria saber. Para ele, essas coisas apenas lhe atiraram dois filhos e destruiram a sua casa e o seu sustento. Ele apenas queria viver e paz, e isso foi o que me pediu. E isso é o que devemos procurar, acima de qualquer outra coisa.

O Chanceler do Brasil do Norte D. Antonio Imbassahy questiona:

- Qual seria a melhor solução para o fim do conflito, o Brasil do Norte poderia enviar soldados a MINT, mas sempre recebem o Brasil do Norte com desconfiança...

O representante do Reino da Acádia solta uma pequena gargalhada enquanto rapidamente tapa o seu microfone, e comenta para o seu colega do lado:
-Porque será, será do Guaraná?

-Hahahahaha...conards..

- Julgamos importante saber qual a capacidade actual do Partido Democrata de Trondheim do Norte e Partido Socialista de Trondheim do Norte em coordenar referendos ou eleições. Que nível de controlo possuem sobre as estruturas organizativas políticas do país?

URS escreveu:- Julgamos importante saber qual a capacidade actual do Partido Democrata de Trondheim do Norte e Partido Socialista de Trondheim do Norte em coordenar referendos ou eleições. Que nível de controlo possuem sobre as estruturas organizativas políticas do país?

Coligação PDTN/PSTN - Os nossos partidos seriam capazes de organizar referendos e eleições livres em Bari e Castelo Nero. Em Siena e Padova necessitariamos da colaboração das forças políticas mais fortes nas respectivas regiões.

PCS - O Partido Comunista de Siena está disponível para qualquer acto eleitoral que permite ao povo expressar-se democraticamente.

O representante do Movimento Democrático Nacional de Padova permanece sentado e em silêncio.

O ex-governador de Castelo Nero pede a palavra:

- Na minha opinião o plano de acção que devemos ter mais em conta é o da unificação de Trondheim. Conhecendo o povo da minha região, não hesito em afirmar que num referendo esta opção venceria. Ao longo dos séculos as duas nações interligaram-se culturalmente e economicamente ao ponto de terem demografia quase idêntica, cultura religiosa, língua e costumes iguais. Partilhamos inclusivé o mesmo nome. O que nos manteve separados foi a ambição autoritária dos antigos governos fascistas. Depois da queda de Aquila deveria ter sido este o rumo de acção, e todos os partidos aqui presentes devem assumir a sua culpa por tal não ter acontecido.

PCS - Se os refrendos forem a nível regional, e o povo de cada região decidirá por si o seu futuro, não temos qualquer oposição.

Spinoza acrescenta:

- A RDT preferiria um referendo nacional, oferecendo a Siena e Padova estatuto de autonomia, como acontece com o Sahara e as 5 regiões da ex-República Islâmica, com poder para implementar medidas mais de esquerda ou de direita, conforme a vontade popular.

Os membros do PCS e do MDNP fazem uma careta à ideia, mas para já não comentam. Spinoza continua.

- Se a unificação acontecesse, a RTD compromete-se a aderir à SDN e permitir que exista uma supervisão por parte da comunidade internacional para garantir que o governo central não quebraria qualquer poder das regiões autónomas.

O Imperador Gabriel Bertochi I interrompe preocupado com as exportações de droga de Trondheim ao Brasil do Norte:

- A recente descoberta da venda de drogas para o Brasil do Norte é preocupante e torna ainda mais evidente que a participação militar do Brasil do Norte na MINT é cada vez mais necessária, os malditos guerrilheiros, estão querendo financiar o conflito as custas do tráfico ilegal de drogas, viciando a nossa juventude, destruindo nossas famílias, querendo com o dinheiro proveniente de atividade ilegal em outros países, eternizar um conflito que não pode mais se arrastar, esse bando de guerrilheiros devem ser caçados e extirpados da face de Trondheim, esses guerrilheiros devem ser ANIQUILADOS, devemos acabar com a rede mundial de tráfico que esses guerrilheiros querem formar, para financiar o conflito, aniquilemos essa peste antes que provoquem um mal maior!

A intervenção do Imperador não ajuda ao relançamento desta região, que já tem demasiadas dificuldades para resolver...

- O Presidente Spinoza ofereceu níveis de autonomia que nos parecem aceitáveis, e está na altura dos movimentos políticos de Siena e Padova se chegarem à frente e demonstrarem perante todos os presentes que estão aqui com disposição para trabalhar para a paz e estabilidade de Trondheim. Um referendo para a unificação de Trondheim é o único rumo aceitável neste momento. Tudo o resto não será mais que um cessar fogo temporário, pois já ficou demonstrado nas últimas décadas que existem facções em Trondheim do Norte incapazes de fazerem o país prosperar. Lamento se as minhas palavras são demasiado agressivas para alguns dos presentes, mas o Conselho está a investir em Trondheim do Norte dinheiro, capital diplomático, e acima de tudo as vidas dos nossos soldados, e como tal não aceitaremos que este tremendo esforço seja corrompido por este tipo de disputas regionais.

A Posição da FUS espelha a da URS...

- A União Soviética concorda com a posição da URS acerca da realização de um referendo nacional acerca da unificação de Trondheim. Mas aproveitamos para dizer que caso a unificação não aconteça e se porventura Siena e Padova adquirirem independência, iremos junto do Conselho de Segurança da SDN pedir que seja garantido, por via militar se necessário, que estes dois possíveis países não possam desenvolver capacidade militar ofensiva. A comunidade internacional está fortemente empenhada em Trondheim e por isso teremos que garantir que os nossos esforços não sejam em vão. Não podemos permitir a fanáticos ideológicos minarem toda a segurança regional do norte de África.

Os reparos feitos pela delegação soviética são subscritos pela delegação scream_offense.

A delegação athaúlpica apoia as posições adoptadas pela URS, a FUS e a US (que além de concordar fazem rima). Domingos Vila não acredita o que está a acontecer e suspeita que em qualquer instante alguém vai estraga-lo tudo.

O representante da Burgolavia está estupefacto com o rumo positivo da conversa, mas aguarda a inevitável tomada de posição extremista dos comunistas e fascistas de Trondheim que levará tudo pelo cano abaixo.

Os Partido Democrata de Trondheim do Norte e Partido Socialista de Trondheim do Norte acabam por concordar com o sugerido pela URS e US. Os níveis de autonomia prometidos por Spinoza fariam com que mantivessem a sua influência nas suas regiões de origem e ao mesmo tempo acabariam de vez com o MDN e com a esquerda mais radical de Siena.

O General Máximo do Exército Democrata comenta:

- Todo o processo eleitoral seria extremamente perigoso nas regiões de Padova e Siena, prevejo ameaças e violência por parte de grupos terroristas, e se por acaso a unificação vencesse, necessitariamos de uma forçpa militar permanente durante pelo menos 10 anos até estabilizar a situação. Conhecendo os guerrilheiros fascistas e comunistas como conheço, não nos dariam descanço durante anos.

O representante do Partido Comunista de Siena vê-se cada vez mais isolado, nem a URS nem a US parecem dispostos a defender um estado de esquerda em Trondheim, e após um diálogo com os seus parceiros lá diz resignado.

- O PCS está disposto a aceitar a solução apresentada pelo presidente Spinoza. No entanto não podemos concordar com o que foi dito pelos nossos amigos soviéticos. Se o povo de Siena quiser a independência não nos podem ser impostas leis vindas do exterior, isso seria uma ofensa à nossa soberania.

Já a delegação do Movimento Democrático Nacional de Padova observava atónita o que se passava, estavam prestes a ser legalmente anexados pela RDT

- Esta proposta é um ultraje. Os povos de outras regiões decidirão o futuro de Padova? Que lógica tem isso?

Spinoza esperava agora uma posição de força da SDN contra Padova. Castelo Nero e Bari estavam no bolso e até os comunistas de Siena se estavam a render à ideia. Isto estava a correr bem melhor do que ele pensara.

- Lembro-lhe à senhora representante do MDN que qualquer processo de unificação passaria por um referendo popular - intervem Domingos Vila. E engade - Aliás, esta assembleia quer melhor conhecer a sua posição, não como representante de uma região (para isso estão cá os governadores), mas como representante do seu partido político, pois foi convidada como tal. Como todos sabemos e por simples lógica, nem todos os nacionalistas são padovanos, nem todos os padovanos são nacionalistas.

Trondheim (Qua Dez 15, 2010 10:51 pm) escreveu:
O General Máximo do Exército Democrata comenta:

- Todo o processo eleitoral seria extremamente perigoso nas regiões de Padova e Siena, prevejo ameaças e violência por parte de grupos terroristas, e se por acaso a unificação vencesse, necessitariamos de uma forçpa militar permanente durante pelo menos 10 anos até estabilizar a situação. Conhecendo os guerrilheiros fascistas e comunistas como conheço, não nos dariam descanço durante anos.

- Julgo que todos na SDN estarão de acordo em continuar a garantir a segurança dos cidadãos de Trondheim durante e após o referendo, obviamente com uma transferência gradual de responsabilidade para as forças de segurança da RDT.

O delegado stariano comenta depois baixinho para os seus colegas da MINT, durante um pequeno intervalo:

- Vamos mas é avançar com o referendo e o MDN que se lixe, já temos 3/4 do país prestes a aceitar a unificação.

Domingos Vila responde ao delegado stariano, também baixinho, no intervalo:

- É um bocado triste a história dos nacionalistas trondheimianos. Começaram a lixar isto tudo com Aquila, porque ele queria unificar Trondheim baixo o seu comando, porque quería um império... e afinal vai haver um Trondheim unificado, mas contra eles. E o maior paradoxo é que eles agora querem estar separados desse Grande Trondheim e até do Tondheim Norte, que era o que tinham no princípio. Se não se tivessem mexido teria sido tudo muito melhor para eles, e para todos. Agora, os que queriam um "Grosstrondheim" grande e imperial, querem fazer tudo o contrário daquilo no que creiam e fazer uma pequena republiquinha separatista, apenas para sobreviverem. É bem triste. Na minha terra dezimos que "quem tudo quer, tudo perde".

- É precisamente pela existência desse orgulho irracional que não devemos permitir que continuem separados e livres para tentarem outra guerra daqui a uns anos.

Durante esta pausa os partidos políticos, líders militares e ex-governadores reunem para formalizar a sua posição, que comunicam aos presentes da SDN e MINT, individualmente, sem os outros presentes na sala. Os ex-governadores tomam a palavra, sozinhos, para evitar novas discussões:

Castelo Nero

- A posição dos principais partidos é consensual. Um referendo para integração da RDT deve ser o caminho a seguir e temos quase a certeza que o SIM vencerá sem problemas. O povo de Castelo Nero já viu as vantagens de integrar um Trondheim forte e unido e a opinião pública, com o apoio que já aqui me foi garantido pelos Partidos Democrata e Socialista a esta causa, resolverá nas urnas esta questão.

Bari

- A nossa região encontra-se com Padova de um lado e Siena de outro e por isso existe uma grande preocupação de uma destas regiões se tornar independente. Os partidos regionais estão dispostos a aceitar um referendo à integração em Trondheim e mais importante que isso, a apoiar o SIM, mediante obviamente das garantias de autonomia do presidente Spinoza se mantiverem (Spinoza acena afirmativamente quando ouve esta frase). No entanto temos que reforçar a ideia que Siena e Padova independentes serão sempre uma ameaça à estabilidade na região.

Padova

(O ex-governador entra cabisbaixo na sala)

- Infelizmente o MDN não aceita qualquer das propostas aqui apresentadas e insiste em que se mantenha a integridade territorial de todo o Trondheim do Norte. Temo que um referendo, mesmo que se realize, dê uma vitória à independência na região, e já vimos que Omaha parece estar disposto a colaborar com eles. A meu ver são ingredientes para um conflito futuro. Limpar a ideologia nacionalista cristã do povo de Padova pela força também será uma tarefa dificilima.

Siena

- O Partido Comunista estava prestes a ceder ao referendo nacional, mas as notícias de que Triestin está preparada a oferecer 100 pontos para reconstruir e desenvolver a região fizeram-nos voltar atrás, e neste moento insistem num referendo regional. Integração na RDT ou independência, contando apenas os votos dos habitantes de Siena e não das outras regiões. Não me parece que os comunistas de Siena tenham ideias expansionistas, mas quem sabe o que acontecerá com a influência de Triestin. A nível popular, as pessoas dificlmente aceitarão uma posição de força que não passe por um referendo.


Depois dos ex-governadores falarem, Spinoza dirige-se aos representantes da SDN. Os vários representantes do Norte aguardam fora da sala para se poder debater o que os governadores disseram.

- Como vemos, Castelo Nero e Bari estão com pé e meio na RDT, e por muito que me custe colocar as minhas convicções democráticas de lado, Padova e Siena devem ser integradas pela força se necessário na RDT. Caso contrário estaremos aqui dentro de alguns anos a ter uma conversa semelhante. Infelizmente a RDT não tem poder militar para tal, dependerá de vós...

Domingos Vila rosna baixinho na sua lingua: "me cago no carallo que os fixo panda de mamalóns voume ter que cagar na nai que os pariu...", pero apenas é ouvido pelos seus colaboradores, ao seu lado.

Finalmente, contendo o desgosto, pergunta:

- Poden-me arranjar uma reunião em privado com esses... esses senhores do Partido Comunista de Siena?

OOC: esta é a reunião que queria fazer no topic de "Situação em Siena"

EDIT: esqueçam, não tinha visto o de "Situação em Siena". Vila vai esperar a ter notícias de essa reunião.

Os delegados da União estavam numa posição difícil. Compreendiam o perigo da situação em Siena, mas agir contra um povo que queria optar democraticamente por uma nação socialista iria inclusive contra a Constituição da União.

- Senhor Spinoza, temos que ter mais calma e pensar nas implicações do uso de força contra uma população civil.

Depois aguardam que os restantes membros comentem.

- E sugiro que avancemos para os referendos em Castelo Nero e Bari antes das outras regiões, visto que todos os envolvidos parecem estar de acordo em que este é o destino inevitável para estas duas regiões. Uma integração pacífica até poderia ajudar a convencer os povos de Siena e Padova das vantagens de integrar uma República estável. Não vejo razão para arrastarmos a situação nestas duas regiões.

Segundo os ex-governadores e os partidos presentes, Castelo Nero e Bari estão preparados para um referendo.

Mas na sala ninguém parece ter ideias para Padova e Siena e Spinoza começa a desesperar. Comenta para um dos seus secretários baixinho:

- Daqui a nada fazemos como fizemos aos islâmicos, invadimos aquilo e acabou-se, essa gente sabe lá o que é a democracia e este pessoal da SDN é só idealistas...

Depois de tirar os óculos e esfregar os olhos, o senhor Vila começa a falar com voz cansada:

- As coisas não são assim tão simples. Ainda temos todo Trondheim Norte e parte do Sul cheio de acampamentos de refugiados. Temos milhares, centenas de milhares, sei lá... de pessoas que tiveram que deixar as suas casas para fugir de combates ou de perseguições ideológicas, e que agora estão acolhidas provisionalmente em outras regiões. E essas pessoas têem direito a volver às suas casas e a sua terra. Em todas as regiões há casas baleiras de pessoas que por serem de ideologia diferente à dos vizinhos tiveram que fugir com as suas famílias, e deixar atrás casas, terras, possesões, trabalhos, negócios, familia, amigos... há mil histórias dessas. Também há pessoas destas que foram para regiões mais "amigas" e ocuparam casas e possesões de outros que fugiram. Até há muito pessoal de organizações partidárias que se deslocou seguindo estratégias das suas organizações, ocupando o lugar de populações expulsadas para concentrar em determinados lugares as forças e os apoios da sua facção. Autêntica limpeza étnica baixo motivos supostamente ideológicos.

Se queremos fazer um referendo em condições justas, os refugiados devem ter direito a regressar e a sua voz deve ser escutada na sua terra. Para isso, antes de fazer referendos regionais devem regressar os refugiados de cada região e reverter todos os deslocamentos de populações à situaçao antes da guerra. Se há présas por fazer o referendo, este deverá ser nacional para que a vontade dos refugiados também conte sem a interferência destes deslocamentos de guerra; e deveremos contar também com os votos dos que fugiram ao exterior, para que seja tudo justo.